Capítulo 12

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Rodrigo: Natty? —A menina levantou a cabeça e arregalou os olhos.— Acho que a gente precisa conversar, ne?

Natty: Sai daqui, por favor. —A garota voltou a se cobrir com o edredom quando Ike foi até a sua cama e sentou-se na beirada.

Rodrigo: Não pode ficar me dando um gelo pra sempre... —O maior puxou o edredom forçando Natalia a se sentar na cama também.— Quando você descobriu?

Natty: Acho que foi quando você levou a Stacy para o baile de inverno... Eu sempre tive ciúmes na amizade, mas naquele dia eu simplesmente quis enfiar a cabeça da Stacy dentro do ponche por que era ela o seu par e não eu... —Natty desviou o olhar quando ouviu a risada do amigo.

Rodrigo: Você escondeu por todo esse tempo? —O garoto se aproximou da menina que dobrou as pernas na frente do corpo.

Natty: É... Rodrigo: Sinto muito, Natty. Eu não fazia ideia de que você se sentia assim. —ergueu as sobrancelhas e balançou a cabeça cinicamente. - É, deu pra perceber.

Rodrigo: Eu nunca quis te magoar, você sabe. —Observou a garota concordar com a cabeça. Ninguém disse nada por um tempo, até que o Ike sussurrou - Vou terminar com a Lia. —Natty arregalou os olhos.

Natty: O que?! Por que? Rodrigo você não pode simplesmente parar de se envolver com as pessoas por minha causa!

Rodrigo: Não quero te deixar chateada, e eu já me decidi.

Natty: Para, ike! Você é meu amigo acima de tudo, eu prezo pela sua felicidade. E além disso, vocês ficam bonitos juntos... A Lia é muito gata. — Os dois sorriram e depois se abraçaram. Passaram o resto do dia juntos e se divertiram bastante como nos velhos tempos.

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Bárbara saiu do campus e começou a distribuir seu currículo em todas as lojinhas que via pela frente. Em algumas, ela até conseguiu falar com o proprietário e eles avisavam que ligaria se surgisse alguma vaga.

Quando estava voltando para casa, Babi passou pela cafeteria que ficava a algumas quadras. O lugar era pequeno, porém muito reconfortante. Passou pela porta e sorriu com o barulho do sininho, foi até o balcão e pediu o de sempre. O café estava uma loucura, tinha muita gente pra um só atendente... Talvez aquilo fosse uma boa coisa, né?

Babi: Oi, com licença. —Babi se aproximou do atendente que estava recolhendo o lixo da mesa.— Você é o dono?

Xxx: Não. Sim. Basicamente.—Sorriu— O meu pai é o dono, mas ele aparece pouco por aqui... Babi: Ah entendi... Será que vocês estão precisando de uma ajudinha? Eu estou desesperada por um emprego e eu não sei fazer café, mas eu posso aprender super rápido!

Xxx: Uh, uma ajudinha seria maravilhoso! Eu vou falar com o meu pai e eu posso entrar em contato pra te informar sobre. —O menino estendeu o celular e Babi discou seu número.

Babi: Ok! A propósito, me chamo Bárbara. —Estendeu a mão que prontamente o menino apertou.

Xxx: Sou o Marcos, mas prefiro Mob.

Babi: Oi, Mob. —Sorriu— Espero sua resposta, então... —Mob acenou quando Babi se despediu e saiu do local com o café nas mãos.

Babi chegou em casa sorrindo e se assustou quando Carolina pulou na sua frente.

Carolina: Você demorou... Fiquei preocupada! —Babi sorriu para o rosto preocupado da maior enquanto sentia seu coração bater mais rápido e suas bochechas começarem a esquentar.

Babi: Não consegui te avisar, me desculpe. —Passei por ele e tirei meu casaco jogando-o sobre o balcão.— Fui distribuir alguns currículos por ai. —Sorri pro empadão em cima no balcão intocável e peguei um prato pra por um pedaço.

Carolina: Currículo? Seu? Tá procurando um emprego? — Sentou no banquinho do balcão com o cenho franzido.

Babi: Hurum! —Cortei um pedaço do empadão e me servi. Estranhei a sua curiosidade repentina e olhei em sua direção. Carolina estava com o olhar distante, parecendo pensar em mil coisas.

Carolina: Eu... Eu estou te atrapalhando? —Franzi a sobrancelhas e fui em sua direção.

Babi: Não! Já disse que você não atrapalha... —A maior mordeu o lábio inferior e tentou sorrir. Ri de seu sorriso torto enquanto engolia mais uma garfada do empadão.— Por que não comeu? —Apontei pro pedaço no meu prato.

Carolina: Resolvi esperar você chegar.—Sorriu.— Não queria ser mal educada com a minha anfitriã, né? —Sorri enquanto voltava pro balcão da cozinha e servia um pedaço e levava pra ele.

Babi: A senhora Hill é uma velhinha que mora sozinha aqui no ap da frente. Ela é muito atenciosa e cozinha MUITO bem. Foi ela que me deu o empadão.

Carolina: A parte que ela cozinha bem, meu Deus não dá pra negar... —Revirou os olhos e falou com a boca cheia.

Muitos pedaços depois, Carolina repousou a mão na barriga e gemeu satisfeita.

Carolina: Isso tava tão bom. —Concordei enquanto pegava nossos pratos e colocava na pia. Senti o olhar dele queimar nas minhas costas a todo momento.— Maratona de filmes hoje? —Sorriu quando me virei pra olhá-lo. Me senti mal por ter que acabar com a sua animação.

Babi: Uh, não posso, as provas finais estão chegando e eu preciso mesmo estudar... —Sorri de lado enquanto Carolina testava esconder o desapontamento.

Carolina: Tudo bem. —Fui até o banheiro pra tomar banho e depois meti a cara nos livros. Provas finais, ai vou eu...

Narradora on

Algumas semanas se passaram. Babi conseguiu o emprego da cafeteria dos Dias e estava super animada. Enquanto não estava aprendendo a fazer vários tipos diferentes de café, estava com a cara nos livros, estudando freneticamente. Seu relacionamento com a sua nova parceira de apartamento esfriou bastante, eles só conversavam o essencial e eram conversas super curtas. Carolina não podia negar a sensação de solidão que o perseguia dia e noite. A menina não tinha ninguém pra conversar... Não via seus amigos a um bom tempo e não conversava muito com Babi. Se bem que o clima entre eles não ajudava muito... Carolina gostava de tudo na menina, tinha uma enorme admiração sobre a forma que ela cuidava de sua coelhinha, como ela realmente ia atrás daquilo que queria, adorava o jeito que ela enrolava a ponta do cabelo e mordia o lábio enquanto estudava... A menina começou a gostar até dos pijamas super engraçados e mirabolantes que a menor insistia em usar, e isso não conseguia deixa-la menos bonita, se é que isso era possível... Tudo estava razoavelmente tranquilo para os garotos, mas do outro lado, não estava tanto assim.

Xxx: Já descobriram aonde a vadia da Carolina está?! —O homem bateu na mesa enquanto encarava os empregados negando com a cabeça enquanto estavam tremendo de medo na sua frente. O homem se irritou e gritou: EU PAGUEI UMA FORTUNA PRA VOCÊS SIMPLESMENTE DESCOBRIREM ONDE AQUELA FILHA DA PUTA ESTÁ E NEM ISSO VOCÊS CONSEGUEM FAZER! —O homem estava em fúria quando empurrou todo o material de cima da mesa e começou a caminha pelo local.

Xxx: Podem sair, e não voltem mais! —Apontou para a porta e os três capangas saíram praticamente correndo. PlayHard entrou no local logo depois.

PlayHard: Você não para de colocar medo neles né? —Sorriu enquanto se sentava na cadeira em frente a mesa do chefe.

Xxx: Preciso que você encontre a Carolina. Quero que entre nesse caso com tudo. Vigie aquela faculdade 24horas por dia, siga aqueles amiguinhos e veja até onde eles o levam, e se for preciso, invada a merda da casa! Ela não pode ter ido muito longe... Ela não vai escapar dessa.

DYNASTY - BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora