Leon sentiu suas boas intenções indo para o espaço no momento em que a tocou, Manuela fazia isso com ele, despertava sua libido, acendia seu desejo e mandava para a estratosfera até a última gota de seu juízo, não era seu objetivo ataca-la dessa forma quando organizou o jantar no terraço, pretendia ir devagar, no mesmo ritmo que ela, respeitar seu tempo, tentar entender seus receios, mas antes que se desse conta já a estava tocando, beijando e perdendo a cabeça.
Só conseguia pensar em arrancar suas roupas e toma-la, torna-la sua, marca-la como só um homem movido pelo desejo é capaz de fazer, precisava fazer isso, tinha que fazer isso, seus instintos gritavam enquanto sua língua se enroscava na dela, suas mãos percorrendo as costas delgadas em um trajeto descendente até apertarem as nádegas carnudas, ela gemeu agarrando a frente de sua camisa como um naufrago se agarra a uma boia.
Manuela sentiu o coração disparar no peito no instante em que Leon tocou seus lábios, a boca firme devorando a sua com aquele jeito único que ele tinha de beijar, que era ao mesmo tempo uma entrega e uma invasão, sua pele se arrepiou quando as mãos grandes de dedos longos deslizaram por suas costas e agarraram sua bunda apertando os globos macios, pressionando-a de encontro ao membro entumecido.
Gemeu dividida entre a excitação e o medo, o desejava com uma força que a assustava, mas temia o que viria depois de se entregar a ele, seu corpo estava mais do que disposto a aceitar as delicias oferecidas por Leon, sua mente suplicava que resistisse, o que aconteceria quando finalmente se tornasse amante daquele homem? Que sofrimentos essa decisão poderia lhe trazer? Ainda tinha uma lembrança enevoada daqueles dias de dor e sofrimento que sucederam o ritual, achou que não sobreviveria a tanto tormento e às vezes duvidava que a mulher que havia despertado ao fim daqueles dias terríveis era a mesma.
Externamente permanecia igual, na aparência ainda era a mesma mulher, internamente, no entanto sentia que estava se tornando uma pessoa que desconhecia, não sabia se isso era resultado do ritual ou da presença de Leon em sua vida, precisava pensar antes que se deixasse guiar pelo impulso e tomasse uma decisão que a fizesse se arrepender ainda mais.
Jogou a cabeça para trás interrompendo abruptamente o beijo, fazendo Leon fita-la com o cenho franzido.
- Por quê? – Ele se limitou a perguntar.
- Preciso pensar. – Sussurrou sem fôlego.
- Pensar em que? – Segurou-lhe a nuca firmando-lhe o olhar. – Pensar é a última coisa que precisamos agora. – Beijou-lhe o pescoço arrancando-lhe um suspiro. –Se permita sentir. – Mandou com um sorriso insinuante. – Deixe o seu instinto falar.
- Da última vez que me deixei guiar pelo impulso me vi presa a você. – Declarou em tom de reprovação, apoiando suas mãos firmemente ao peito dele para mantê-lo a um braço de distância. – Não vou me colocar em suas mãos de novo sem saber exatamente o que vai acontecer comigo e com as pessoas com quem eu me importo.
Leon a soltou dando um sorriso cansado.
- Quando acho que dei um passo adiante... A minha companhia é tão terrível a ponto de considera-la uma espécie de armadilha? – Questionou ofendido. – O que pensa que vou fazer com você e os seus?
- Esse é o problema, eu não sei. – Confessou amargurada. – Eu não conheço você, não sei quais são suas intenções...
- Achei que uma mulher moderna não se preocuparia com esse tipo de coisa. – Comentou em voz baixa, olhando-a especulativamente. – Então esse é todo o nosso problema?
-Não sei do que você está falando, mas não saber o que você pretende é uma pequena parte do problema. – Concordou séria.
Leon sorriu aliviado segurando a mão dela e levando-a aos lábios depositou um suave beijo na palma macia.
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EM SUAS MÃOS
RomanceJá dizia o velho ditado: Cuidado com aquilo que deseja, você pode conseguir. Manuela Cavalcante descobriu tal verdade ao se ver como alvo do desejo de um homem extremamente belo, sexy e poderoso. Um homem cheio de mistério, movido por uma paixão obs...