Capítulo 2

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Amanda Butterman

Ligo para o número do fixo de casa, deixei uma reunião antes do fim para um pouco de privacidade para ligar para casa antes de voltar para lá, fiquei presa e quando vi já estava atrasada e o pobre babá ficou sem notícias na minha casa durante todo esse tempo. Espero até que ela atenda e fico surpresa ao ouvir a voz infantil da minha filha.

-Oi.

-Oi lindinha, é a mamãe.

- Oi mamãe. É a mamãe! -imagino que ela tenha falado com o gêmeo. Onde diabos está babá que não atendeu ao telefone?

-Você pode avisar a ... -tento lembrar o nome da garota mas não consigo -senhorita Amon que fiquei presa numa reunião e vou atrasar um pouco mais?

-Tudo bem. Quem é senhorita Amon?

-A babá. -sempre fui melhor para lembrar sobrenomes, é o que importa no meu mundo.

-Pode repetir o que é para eu dizer mamãe?

-É só avisar que a sua mamãe vai atrasar ta bom?

-Tabom.

-Eu tenho que ir, daqui a pouco vou estar em casa. Amo vocês dois, beijo. -ouço ela fazendo um barulho de beijo e seguro o riso sorrindo, ela fez valer meu dia e com certeza me deu ânimo para voltar e encarar a reunião de cabeça erguida. Ela coloca o telefone para desligar mas não encaixa no gancho direito e consigo ouvir sua vozinha baixa do outro lado.

-Era a mamãe, ela disse que vai atrasar. -depois disso uma que tenho que voltar e desligo antes de ouvir a resposta.

Agilizo reunião o máximo que consigo, mesmo assim o atraso se delonga ainda mais e estou cansada mentalmente, completamente esgotada. Por isso peço a minha secretária para fazer um verificar no nome da nova babá para pagar pela hora extra, não ligo muito para o valor é ela quem me entregou a ficha então deve saber o nome dela.

-Quando acabar pode ir mais cedo, você ficou até muito tarde comigo ontem. Tire o dia de folga amanhã se quiser, obrigada. Sei que me esqueci de agradecer antes. -Ela sorri e me agradece pela folga. Eu posso ser rica mas não sou uma pessoa ruim e tenho plena confiança nos meus funcionários.

Da empresa pelo menos, porque o primeiro cheiro que em atinge quando chego a casa é de loção pôs barba. A babá trouxe o namorado? Em horário de serviço? Com os meus filhos em casa? Ah eu vou matar essa mulher! A se mato. Ela vai se ver só comigo.

Porém ao chegar à sala sinto cheiros diferentes, produto de limpeza e comida, uma mistura gostosa e prazerosa, o chão está totalmente limpo e não há qualquer poeira nos móveis ou meus enfeites de vidro. Isso me confunde mas não estou minha raiva apesar da minha mente ter variado em pensamentos bem mais amigáveis, "talvez ela não tenha e o namorado só veio lhe buscar do trabalho". Imagina minha surpresa ao chegar à copa e ver a mesa posta é incrivelmente arrumada, tudo já tampado apesar de não ter nenhum prato sujo, procuro sinal de alguém na cozinha e vejo os restos de comida na lixeira e os pratos na lava louças. Não sei o que ela fez mas o cheiro está divino e talvez ela tenha ganhado uns pontos comigo.

Quando subo ouço uma voz masculina, calma e passiva vinda do quarto dos meninos, quando entro vejo um homem lindo, musculoso, os cabelos castanhos escuros desengrenhados pelo dia de trabalho. Ele lê calmamente a história de um livro e quando termina eles já estão dormindo, ele vira para trás e sorri quando me vê, ainda estou completamente atônita e saio do quarto para não acordar os meninos andando rapidamente para o meu escritório é pegando do alto uma bebida forte e jogar no copo, minha mente deve estar realmente pesada depois de uma reunião tão longa. Mandaram um homem? Para fazer serviço de baba? Deus meu.

A Magnata e O BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora