A Magnata e O Babá

Capítulo 21

Amanda On

Eu estava amando viver com o Jhonatan. Ele era uma criança incrível, esperta, inteligente, fofa e basicamente tudo de bom com qualidades que nem se espera de uma criança. Vai ser complicado separar ele dos meus filhos que agora já brincam como se fossem família e tem leves brigas de "o controle é meu". O que pode caracterizar mais uma família do que brigas?

Axel tem se disposto a trocar comigo e em dias mais cheios ele leva o Jhone para casa, ele já está no sistema de adoção mas nenhum dos dois parece preocupado em quando ele vai embora, na verdade nenhum de nós 5. É claro que como alguém que acabou de perder os pais ele não fica feliz o tempo todo e lembranças ainda doem, mas sinto que ele está feliz e que tem se tornado mais feliz, posso ter certeza de que perto de mim ele está seguro e saber que ele tem uma cama para dormir e comida para comer me conforta. Eu poderia estar julgando a mãe dele mas não muda o fato de como as coisa aconteceram e estar com ele, cuidar dele, essa parte quem faz são os que realmente querem ajudar. Criticar alguém que nem está mais ali só atrapalha.

Penteio aquele cabelo lindo com cuidado como sempre, ele toma banho sozinho mas eu amo a parte de lavar o cabelo e pentear. Virou meio que uma coisa nossa onde eu enrolo pelo menos uns 20 minutos a mais para passar um tempo com ele ou conversar, gosto de ter essa ligação com ele e depois de tudo que ele passou merece todo o meu amor e carinho.

-Eu pedi para o tio Axel pesquisar. Só 2% da população mundial tem olho verde, é super raro.

-Você não calculou 2% de 7 bilhões de pessoas. Então ainda é mais difícil achar um cabelo como o seu.

-Ou talvez você só gosta do meu cabelo.

-Talvez. -beijo o cabelo dele terminando de ajeitar. -Mas é terapêutico arrumar um cabelinho assim.

-O que é "terapêutico"?

-Hmm. Faz eu me sentir bem. Terapia também serve para isso.

-Terapia ajuda então?

-É. Algumas pessoas acreditam que só quem sofreu traumas, gente "louca" e doentes mentais precisam de terapia. Mas somos todos feitos de traumas e todos precisamos de terapia.

-Você faz terapia?

-As vezes. O engraçado é que quem tem dinheiro para pagar não tem tempo. E quem tem tempo não tem dinheiro. Nunca se esqueça de valorizar os dois.

-Ok. Eu vou tentar não esquecer tia. -sorrio e beijo a bochecha dele.

-acabei. -Ele se vira para mim passando os bracinhos ao redor do meu pescoço, retribuo o abraço apesar do susto.

-Eu te amo tia. -ele me aperta mais e sinto meu olho encher de água, o aperto mais com medo de machucar

-Eu também te amo Jhone. Muito. -limpo o rosto rápido quando sinto que ele começa a sair do abraço mas ao ver seu rostinho manchado de lágrimas não consigo evitar as minhas. O puxo par perto abraçando com a cabeça dele em meu peito. -Você é uma das crianças mais fofas do mundo. Não sei lidar com isso

Ele ri e olha para cima me encarando.

-Você também é fofa sabia? -Quase morro de tanta fofura e aperto as bochechas rosadas dele secando seu rosto.

-Vocês estão... -Axel começa a perguntar e para sorrindo ao olhar para gente. Sorrio para ele que pega o Jhone no colo um pouco mais preocupado ao notar que ele chorou -Que rosto manchado é esse? Pq tava chorando?

-Porque eu gosto muuuuuito de vocês dois tio. -O Axel faz uma carinha fofa e beija a bochecha dele

-Ah é? Muito, muito, muito?