A Magnata e O Babá

Capítulo 17

Axel Amon

Amanda não saiu do banheiro, eu fiquei preocupado para caramba mas deduzi que ela precisava ficar um tempo sozinha, fiz comida para ela e tudo mais mas depois de horas lá dentro deduzi que ela não ia sair tão cedo. Deixei tudo separado para ela não esquecer de comer quando saísse de lá, avisei a secretária que ela não ia trabalhar hoje e levei o Jhone para minha casa com algumas roupas que ela pediu para ele. Aviso para mãe dela que vai ficar com os meninos por mais um dia ou dois e tento muito não ligar para Amanda e implorar por uma notícia, eu avisei sobre tudo isso e que ela ficou sozinha em casa é claro mas precisava de uma notícia, não consigo parar de me culpar mas tento pensar que foi a sobrecarga emocional que colaborou para isso, tento mesmo. Só que eu sei que ela enfrentou nós últimos dias cuidando do Jhone, ser abraçada, beijada e apertar mãos naquela festa. Eu me arrependo de ter chegado tão perto dela, de ter tocado mesmo sabendo que ela não gosta, e foi isso que eu deixei registrado na carta, prometi que jamais ia encostar nela de novo a não ser que fosse estritamente necessário, e talvez nem isso. As chances de ela precisar de mim de novo são mínimas e se ela precisar vai se sentir mais confortável vindo de outra pessoa, alguém mais íntimo.

"Oii Amanda, disse que ia resolver tudo para você então apenas relaxe porque está tudo certo. Fiz todas as suas ligações para você e avisei que não vai ir no trabalho, os meninos estão na sua mãe e Jhone vai ficar comigo, quando os meninos precisarem de novo de mim é só chamar. Não vou mais ficar sozinho com você, chegar tão perto nem nunca mais toca-la. Eu prometo que nunca mais vou chegar tão perto, meu trabalho nunca envolveu chegar perto de você e depois de todas as asneiras que disse nos últimos dias vai ser bom me afastar de você. Nosso contato vai ser extremamente profissional a partir de agora e qualquer coisa que você queira conversar comigo pode ser no escritório, cada um de um lado da mesa. Sei que foi minha culpa por não respeitar seu espaço e prometo, de todo meu coração, nunca mais fazer isso de novo. Também não quero que se aproxime de mim, se tentar fazer isso só vai piorar as coisas para nós dois, somos melhores separados e quando você estiver com as crianças vou me ocupar com a casa e vice versa, não vamos mal encontrar um ao outro a não ser em dias que fomos sair com elas, se preferir eu me mantenho mais afastado para evitar conflitos, vou pensar em todas as soluções práticas para que eu não tenha que me aproximar de mais de você. Sou apenas um empregado como qualquer uma das babás que você demitiu anteriormente, e se quiser fazer isso eu vou entender."

-Axel

Eu não queria ter dito nada daquilo, me doeu pensar eu nunca mais chegar perto dela, de ouvir a sua risada sendo direcionada para alguma coisa ridícula que eu falei, conseguir ouvir sua respiração calma enquanto ela dormia no meu ombro e do outro lado da cama era relaxante, ser amigo dela foi uma das melhores coisas que me aconteceram até agora. Mas eu fiz errado em tentar criar amizade com ela, ela é minha chefe e não pode ser nada mais que isso, minha patroa. Sinto um aperto no peito sem motivo aparente ao me imaginar nessa situação, não ter permissão para ver a Amanda divertida e com roupas mais casuais, de não ter permissão para me dirigir a ela para nada que não seja racionado aos filhos dela, não ter mais o direito de fazer surpresas de comida quando ela passa o dia todo no escritório com pouco tempo para comer e nem tirar ela da tela quando ela exagera na dose. Eu gostava de ter de certa forma uma amizade com ela, mas eu estava sendo incoveniente.

Jhone fica uns 20 minutos encarando o meu quarto e analisando, me pergunto como uma criança de 6 anos veria meu apartamento e tento enxergar nos olhos dele, sem sucesso me atrevo a tentar perguntar mas antes que possa ele me interrompe.

-Eu adorei! -ele da umas voltinhas super animado com o lugar apesar de pequeno.

-Só tem um quarto, você se importa de ficar comigo?