Capítulo 9

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Axel Amon

Está bem, vamos recapitular. Amanda me demitiu por nada e depois disso descobri que uma senhorita Butterman foi a causadora da perca do antigo emprego então tecnicamente fui demitido duas vezes seguida pela mesma pessoa. Em empregos diferentes!! Como pode? Já faz 15 dias desde a demissão, graças a Deus meu sobrinho esta bem mas as coisas apertaram para gente e meu novo emprego era ser garçom num restaurante chique com pagamento razoável. Tipo, escravidão assalariada então ou eu arrumava logo um emprego digno para durante o dia ou teria o suficente só para sobreviver e "sobreviver" não deixava sobrando para ajudar minha irmã.

Lá estava eu outra vez, vestido com um terno barato ouvindo reclamações de clientes chatos a horas e tentando só fazer meu trabalho, me ocupei limpando o balcão enquanto esperava um cliente chegar quando ela entrou pela porta deslumbrante num vestido azul marinho fantastico. Quas perdi o fôlego em ver ela arrumada daquele jeito, ok que ela ficava muito gata de terno e eu vi ela de pijama mas Amanda vazia questão se usar calças de pijama e esconder o máximo possível o corpo, agora ela estava.... perfeita. O cabelo, o cordão, os brincos, o vestido colado e os habituais saltos que por alguma razão desconhecida pareciam nunca doer nos pés dela. Me escondi.

Fui medroso sim mas não queria ser visto daquele jeito e não sabia se ela queria me ver, perder o emprego 3 vezes por causa da mesma pessoa é loucura. Enrolei e enrolei até que não desce mais e eu tivesse que ir atender ela e o senhor um pouco mais velho que se sentou com ela também muito bem vestido, parecia alguém importante e não falava nossa língua.

- O que vão querer? -perfuntei num tom profissional e Amanda desviou os olhos do cardápio e me olhou. Droga, o jeito que ela me olhou fez que eu sentisse que tinha feito tudo errado, que de alguma forma ela desprezava o que via. Subitamente voltei a realidade quando o homem murmurou palavras em uma língua que desconheço se dirigindo a Amanda para traduzir.

Ela o ignorou completamente e não parou de me olhar, encarou o senhor por alguns segundos e sem dar explicações levantou pegando a carteira dela e me puxando pelo braço. O coitado do senhor entrou em desespero todo perdido e eu achei que era alguém importante mas não conseguia me forçar a parar e pedir explicações para Amanda, afinal era Amanda. Do que ia adiantar? Ela me empurrou para fora do restaurante irada.

-O que você ta fazendo aqui? 

-Tr.. a balhando. -gagueijo sem perceber.

-idiota, nessa espelunca? -Olho para o restaurante chique sem entender. -Eles tratam os funcionários feiro lixo, não pagam nem metade do que merecem e o chefe odeia todo mundo.

-Não é verdade -mimto mas antes que possa continuar ela me imterrompe. 

-Eles trocam de funcionários quase todo mês! As vezes demora menos que isso, Axel. O que acha que vão fazer no primeiro deslize que você der? -Ela bufa irritada e me observa de cima a baixo -Você só tem isso de terno?

-Hmm, é uai. -ela fecha os olhos se esforçando para manter a calma e me deixando confuso. Porque ela estava tão irritada? Eu já não deveria ter apanhado a essa altura? Talvez eu quem devesse estar irritaso pela demissão sem motivo.

-Vamos.

-O QUE? Aonde?

-Você precisa de roupas dignas. -E quando percerbi estavamos dentro de um dos carros dela com um motorista no volante o que me deixava desconfortável lá atrás com ela. Me peguei observando ela de novo, gravando cada detalhe da roupa, do cabelo, a maquiagem, admirando um pouco de mais os cantinhos e detalhes do visual de hoje como se só pudesse ver ela assim uma única vez e que ainda sim precisava lembrar de como era.

A Magnata e O BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora