Capítulo 27

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Axel Amon

Ok. Ok. Eu estava enganado. Passar vergonha com estranhos ainda é PASSAR VERGONHA.

Jéssica tevê motivos para rir da minha cara por horas e no fundo acho que era a meta dela, me fazer passar vergonha e virar piada.

-Vai lá e arrasa Axel. -Ela disse assim que eu saí de casa para ir em um clube.

Nenhuma mulher parecia meramente interessante e eu estava desconfortável demais no meio daquelas pessoas, avisei para minha irmã que não ia conseguir e fui embora. Mas é claro que ela me mandou várias mensagens dizendo que eu deveria pelo menos tentar e quando percebi que a motorista do carro era mulher pensei que não teria problema. No máximo ela tentaria me jogar para fora do carro. Fiquei batendo no telefone e reclamando que o aplicativo tava dando erro até ter coragem de falar.

-Você pode me ajudar? Meu celular tá com um problema.

-Que problema?

-Ta faltando seu número nele.

-Olha, eu entendo de celular menos do que você e se não tá aparecendo no aplicativo pega aqui meu cartão. -Ela me entregou o cartão de motorista e eu fiquei vermelho como um pimentão. Tinha sido tão horrível assim?

Passei o resto da viagem encolhido esperando chegar logo em casa enquanto morria de vergonha, então minha irmã me forçou a tentar de novo e disse que se eu não estava pronto para uma boate podia tentar em lugar casual como um café. Lá foi o idiota tentar de novo.

-Oii. Tudo bem?

-Tudo. -A mulher que assistia alguma coisa no notebook tirou ou fones de ouvido e pausou para me ouvir.

-É. Eu vi que você gosta de assistir programas. Me chama de série e vem maratonar. -Ela sorriu e demorou um pouco para entender antes de me responder piscando.

-Eu tô vendo documentário, mas se você quiser posso te ensinar mais sobre acasalamento. -Eu obviamente surtei, corei, tomei meu café todo de uma vez e com a garganta queimando arrumei uma desculpa para ir embora e disse tudo gaguejando.

Depois de uma desculpa sobre ser falta de sorte lá fui eu tentar com outra pessoa. Minhas esperanças já tinham ido por água a baixo quando ela apareceu, linda, baixinha, parecia meiga e sorridente. Me senti mais seguro de falar com uma pessoa tão aberta e me aproximei pronto para tentar.

-Posso tirar uma foto sua? Eu preciso mostrar para o papai Noel o que eu quero de presente.

-Eu queria te dar um presente de natal mas ainda não aprendi como embalar meu beijo. Me chama de polícia e deixa eu te prender na minha vida bebê. -Ela riu me olhando de cima a baixo e eu sorri.

- Eu não lembro de ter comprado ingresso para ver esse espetáculo.

- Queria ser escritora, mas escritora não posso ser. Porque se eu for escrever o que na minha cabeça só vai dar você.

-Qual seu número de candidata? Porque você parece um bom partido -Ela riu e começou a anotar o número em um papel. Fiquei surpreso, ela terminou e me entregou junto com a caneta.

-Caneta você pode me devolver da próxima vez que a gente se vê. Me liga. -Ela beijou minha bochecha e saiu. Fiquei lembrando de um livro onde o cara e a menina faziam algo do tipo, toda vez que ele ia embora ele levava o objeto consigo porque assim eles sempre iam voltar a se ver.

-Eii, espera. Você não pegou meu número. -Ela me entregou o próprio celular esperando eu salvar o contato.

-Axel. Nome bonito. O meu é Pilar.

A Magnata e O BabáOnde histórias criam vida. Descubra agora