Paixão No Texas

Capítulo 28

BÉLGICA

Inspiro uma boa quantidade de ar enquanto olho de braços cruzados as diversas opções de roupas e sapatos sobre a cama. Pela primeira vez na vida eu me sinto como se não tivesse nada para vestir ou calçar. Sim, já é sábado e os dias passaram se arrastando para mim.

Respiro fundo, muito chateada com a situação.

— Entra. — falo depois de ouvir as batidas na porta.

Belchior entra e tenho que notar seu visual. Esta usando um terno preto muito chique e esta bonito.

— Então é assim que um juiz se parece?

Ele sorri timidamente.

— Parece que por aqui também se usam ternos.

— É. — sorrio de sua piada.

— Tendo problemas com o guarda-roupa? — pergunta na certa notando meu descontentamento.

— Pela primeira parece que sim — inspiro. — Na certa nenhuma das minhas roupas será apta para o evento de hoje, embora sejam todas de marcas.

Ele estende duas sacolas para mim que só venho notar agora. Ela tem uma cor escura.

— É por isso que eu trouxe isso.

— O que é? — pergunto curiosa.

— Abre. — sugere.

Abro a primeira sacola e tiro de dentro uma bota texana de couro branco e marfim, com detalhe a laser e bico arredondado. É tão linda e parece ser exatamente o meu numero.

Sorrio alegre porque já ganhei muitos presentes, mais um assim, jamais.

Vou então para a segunda sacola e dentro a um vestidinho chemise levinho e preto, vindo acompanhado de um cinto marrom.

— Sei que não é o seu estilo, mas pensei em te deixar confortável essa noite e...

As palavras dele são interrompidas por um abraço meu, que dou com muito amor. Ele fica quieto por um tempo, mas logo repousa seus braços em minhas costas, recebendo e me dando o carinho.

— Obrigada. — agradeço.

Me solto dele para ver uma lagrima cair. Há quanto tempo ele espera por esse abraço? Ou, há quanto tempo eu queria abraça-lo assim?

— Você deve se aprontar. Não podemos chegar atrasados.

Consinto e ele sai do quarto.

Não quero exagerar em nada, por isso visto a roupa e passo um batom vermelho nos lábios, sem abusar da maquiagem. Faço uma trança lateral no meu longo cabelo, passo um perfume e estou pronta.

Quando me olho no espelho eu quase não posso imaginar que eu esteja vestindo isso e que mesmo assim eu esteja tão bonita. Se Fernando me visse agora ele diria que estou louca.

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Finalmente a tal festa. Paramos em uma rua movimentada onde tem muitas caminhonetes e pessoas segurando a cerveja na mão. Eu juro que não sabia que teria tanta gente assim, não para um lugar como esse. A música toca alto e um estilo country bem alegre. A festa acontece em um lugar aberto e espaçoso onde montaram barracas e tendas grandes, com bastante luz e brinquedos para as crianças. Não posso negar que estou maravilhada com tudo isso. Em um fundo distante depois de umas arquibancadas bem montadas, esta um lugar fechado. Posso ouvir barulhos.

— O que tem lá? — pergunto alterando a voz por conta da musica.

— Lá é onde vai acontecer a montaria — explica ele. — Os cowboys vão se apresentar mais tarde. Você vai gostar.