Capítulo 18

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CALEBE

1 ano atrás

   Aqui. — Belchior me entrega um copo de café que esta quente.

   — Obrigada. — pego o café e bebo um gole. Ele desce amargo e quente.

Estou envergonhado demais para encara-lo.

  — Não se preocupe — ele toca meu ombro. — Ele vai ser liberado daqui algumas horas.

  — Sei que um obrigada jamais pagará o que tem feito por mim, pela quinta vez. — falo constrangido.

  — Não — me lança um olhar carinhoso. — Você é um bom homem Calebe, eu sei reconhecer boas pessoas.

  Meu pai está preso de novo depois de causar uma confusão na cidade. Feliz Belchior é um ótimo advogado e me ajudou. Mesmo que ele insista em dizer que eu sou um bom homem, eu ainda me sinto envergonhado pelos atos do meu pai. Desta vez ele quebrou uma estátua antiga e ameaçou se matar na frente de várias pessoas.

  — Devo lhe pagar assim que eu chegar na fazenda. — aviso.

  — Não se preocupe com isso. Ao invés de me.pagar com dinheiro, eu gostaria de te pedir uma coisa.

A voz suave e os olhos carinhosos me fazem pensar em muitas coisas. Jamais imagino Belchior pedindo alguma coisa e se ele pedir eu jamais poderei negar.

  — Claro! Do que se trata?

  — Sabe, eu tenho uma neta — essa confidência me deixa curioso. Jamais imaginei que ele tivesse netos. Escuto atento. — Ela é meio travessa, já passou por muita coisa e precisa de alguém ao lado que seja como você. Alguém alegre, destemido, simples e de bom coração.

Sorrio sem jeito com o assunto.

  — Esta tentando me casar?

  — Não agora. Sei que passou por muita coisa e respeito isso. Não estou falando de casamento, mais talvez, quando ela vier até aqui você possa faze-la se tornar uma pessoa melhor. Ela só precisa de um empurrão e além do mais ela é linda.

  As palavras saem como apelo dele. Belchior não estava me pedindo dinheiro e sim ajuda com uma neta que eu não sabia da existência até agora mesmo. Eu não sei que tipo de pessoa ela é ou o que faz da vida, mais tenho esse senhor como meu amigo e sem ele meu pai poderia estar em maus lençóis. Eu jamais recusaria qualquer pedido dele.

  — E onde ela está? — pergunto curioso.

  — Um dia ela virá, não se preocupe. Esqueça as dividas comigo e só me prometa que a ajudara ser uma boa moça?

  — Claro! — respondo tão rapidamente que não paro para pensar que tipo de pessoa ela deveria ser para ele me pedir ajuda.

  — Obrigada Calebe.

    Aperto os olhos vendo a fumaça do café subir na caneca. Como eu não raciocinei direito que essa mulher era a neta dele?

Paixão No TexasOnde histórias criam vida. Descubra agora