Capítulo 50

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BÉLGICA

Belchior me avisa mais tarde que Calebe vem vindo. Tento manter a calma e não fazer nenhuma loucura.

Desço as escadas e Austin junto de Darcey ficam perto de mim, se agarrando.

— Não quero ir com ele. — choraminga Darcey.

— Podemos ficar com você? — Austin pergunta.

Nesse momento Calebe entra e Belchior da às boas vindas.

— Como você está?

— Bem. — ele olha para mim e em seguida para as crianças. — Oi crianças.

Eles não respondem e por mais que eu tente alguma coisa não vai funcionar, estão feridos e assustados.

— Como se sente? — pergunto finalmente.

Ele dá de ombros.

— Como eu deveria? — me lança um olhar triste porem vazio. — Acho que estou perdendo tudo que amo.

Meu coração se quebra ao ouvi-lo falar tão violentamente sobre essa dor que ele carrega.

— Ah, crianças por que vocês não vão para cima jogar? — eles me olham aflitos. — Tudo bem podem ir.

Eles saem juntos dando uma olhada triste para o irmão.

Imagino a dor de Calebe, queria pode abraça-lo.

— Eu vou fazer um chá. — avisa Belchior saindo da sala.

Vejo Calebe fitar os pés todo sem jeito.

— Você disse que os tiraria de mim e parece ter falado serio. — comenta com certa frieza na voz.

— Eu não os tirei, vieram até mim e eu os aceitei. O que eu poderia fazer?

Ele sorri torcendo os lábios e se senta no sofá de cabeça baixa.

— Desculpa. O meu problema não é com você.

Sou ousada e quebro a distancia entre nós, me sentando perto dele.

— Calebe? Você pode falar comigo, sabe disso não é? — ele me olha. — Não precisa passar por isso sozinho, eu vou estar sempre aqui. — seu olhar me lança um brilho. — Como sua amiga, claro.

— Eu não estou com ela.

— O que?

— Nora, não estamos juntos. Ela só vai ficar até achar uma casa, tudo pelo meu filho.

Eu poderia sorrir de emoção ao vê-lo dando satisfação para mim, estou vibrando de alegria.

— Ah, entendi.

— Bélgica? — olho para ele. — Eu disse que não estou com ela, eu não vou voltar com ela. Você entende?

— Eu não...

— Eu sei que foi embora porque descobriu que ela ia voltar, entendo você. — olho para a mão dele e vejo que ele não se livrou da aliança. — Quando eu a vi tudo que senti foi apenas gratidão por ela estar trazendo meu filho de volta, nada mais que isso. Meu coração está livre.

— Por que está me dizendo isso?

Ele sacode a cabeça devagar.

— Só caso você queira saber.

Não me olhe assim, por favor, desvie seu olhar Calebe.

— O café está servido. — Belchior chega com as xicaras. — Tenho que discutir um assunto com você Calebe.

Paixão No TexasOnde histórias criam vida. Descubra agora