Capítulo 33

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BÉLGICA

Abro os olhos com certa dificuldade ao ouvir as batidas insistentes na porta de entrada. Calebe continua dormindo tranquilamente e mesmo que seja cedo eu não quero acorda-lo. Por isso me levanto tomando muito cuidado e visto uma camisete branca dele que encontro.

Desço as escadas e a pessoa parece desesperada do outro lado, já que insiste nas batidas.

— Já vou!

Abro a porta e me deparo com uma mulher de cabelos preto, muito bonita. Ela esta nitidamente bêbada, não só pelo seu corpo em vai e vem. Também pelo cheiro de álcool que sai dela.

Ela me olha de cima abaixo.

— Quem é você? — pergunta com a voz enrolada.

— Acho que sou eu quem deve perguntar quem você é.

— Ah! — ela resmunga. — Calebe esta trazendo putas para casa de novo?

Ela me chamou de puta?

Encaro-a e por mais que suas palavras pareçam ser de uma esposa ou namorada eu sei que ela não é a esposa dele. Eu nunca a vi, mais sei que não é.

— Onde esta ele? — ela tenta passar por mim, mas me coloco em sua frente. — Saia da minha frente.

— Pilar?

A voz de Calebe me faz desviar o olhar e o ver, ele me faz também perceber que a conhece.

Ela aproveita a minha distração e passa por mim, batendo seu corpo no meu e ignorando minha presença.

— Meu amor! — ela gruda no pescoço dele tentando beija-lo.

Ela esta mesmo fazendo isso na minha frente?

— Pilar — ele a afasta. — Por que esta aqui há essa hora e nesse estado?

— Como assim? Eu senti sua falta, você nunca vai me ver então eu vim.

A todo o momento ela se atira para ele. Tudo bem que ele não da lado, mas me sinto tão incomodada que meu rosto esta queimando.

Pigarreio para tentar mostrar que estou na sala. Os olhos de Calebe parecem preocupados com o que vou pensar.

Pilar então me olha.

— Alias quem é você e o que faz na casa do meu homem?

Homem dela? Ela acabou de dizer isso?

Eu nunca fui competitiva quando se trata de homens, mas agora estou sentindo essa vontade.

Cruzo os braços delicadamente.

— O seu homem, passou a noite comigo. Não sabia?

Ela parece indignada e encara-o.

— Isso é verdade?

Observo-o e não sei decifrar o seu olhar.

— Pilar, senta aqui. — ele a coloca sentada.

Em seguida se dirigi para mim.

— Desculpe por isso, mas acho que vou ter que leva-la para casa.

— Claro. — minha voz sai ríspida. — Quem é ela?

— É a filha do Fernández, trabalho na fazenda deles como veterinário.

— Entendo. — não quero dar um chilique, por isso disfarço a curiosidade de perguntar se ele já saiu com ela alguma vez. Prefiro me segurar. — Leve ela, eu cuido de Darcey.

Paixão No TexasOnde histórias criam vida. Descubra agora