Capítulo 38

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BÉLGICA

  Meus olhos se abrem com certa dificuldade e o lugar em que estou vai tomando forma. Aos poucos, vou percebendo que estou em um lugar familiar, conheço bem essas paredes marrons e quadros antigos, esse cheiro jamais passaria batido por mim.

  Meus olhos se movimentam um pouco e então o vejo, parado na janela com o sol batendo brilhante em cada parte do seu corpo, enquanto iluminam ainda mais o seu cabelo dourado.

  Fico tão apaixonada por essa imagem que meu coração dói. Não foi uma miragem, ele estava mesmo lá?

  Tento me sentar um pouco, porém a dor aguda me faz soltar um gemido.

  — Não, não se levante — Calebe se aproxima e me toca, me fazendo voltar ao travesseiro. — Você esta ferida, é melhor que fique deitada.

  Não questiono, apenas fico olhando para ele que parece bem mais bonito que antes. Seus olhos verdes me percorrem com certa preocupação.

  — Você foi mesmo na cidade por mim? — pergunto baixo.

  — Estou fazendo todo tipo de coisa por você mulher — sorrio. — Você não tem jeito.

  — Está zangado comigo?

  — Como eu poderia? — vejo suas mãos acariciar minha cabeça e quase me derreto.

  — Você disse que a gente ficava melhor se...

  — Não diga nada — ele pousa os dedos em meus lábios. — Me desculpa por ter sido um idiota e não ter olhado para você antes. Eu ando cometendo erros graves.

  — Não é verdade Calebe. Você é a pessoa mais doce do mundo para mim, eu jamais poderia pedir mais que isso. — acaricio o rosto dele. — Você é a coisa mais bonita que aconteceu na minha vida e eu serei paciente com você.

  Calebe me dá um beijo na testa.

  — Descanse agora.

  — Acho que descansei o bastante — Me sento. — Tenho fome.

  — E o que quer comer?

  — Carne, o melhor churrasco daqui.

Ele cemisserra os olhos.

  — Achei que tivesse gritado aos quatros ventos que jamais comeria a carne aqui.

  — Eu também disse que jamais me envolveria com você e onde estou? — ele sorri e passa a mão no meu rosto.

  — Você não é boa com prometer as coisas.

  — Quando se trata de você não.

Ele sorri de lado consentindo, pensando em algo que eu gostaria de saber o que era.

  — Certo. Então vamos comer carne.

Ele me ajuda a ficar de pé e mesmo sendo amparada eu sinto uma enorme fraqueza.

Percebo que estou com marcas de agulha e a alguns remédios sobre o criado mudo.

Paixão No TexasOnde histórias criam vida. Descubra agora