Capítulo 33

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Angeline Stewart

– F-Francis... – o chamei com a voz falha devido aos tremores do meu corpo, olhei em sua direção com os olhos semicerrados e vi que ele parou o soco antes de acertar o rosto desfigurado do maldito Antonye. Que ele queime no inferno e se torture com sua culpa!

– Angel... Eu sinto... Muito. – ouço a voz grossa e assustadora do Francis e olho em sua direção. Nikolai está desmanchando todos os nós que estão me prendendo, assim que ele termina eu sinto os ardores nos pulsos e tornozelos.

Assim que sinto o abraço apertado do Nikai, me desabo em um choro doloroso e aperto o seu corpo, escondendo o meu rosto no seu peito.

– Está tudo bem... Nós achamos você. – ele murmura antes de beijar o topo da minha cabeça e fazer um leve carinho nas minhas costas. – Nós amamos você.

– Dessa vez... eu tive uma salvação. – digo entre um soluço e sinto seu abraço me apertar mais.

– Angel... – ouço a voz do Francis próxima de mim – Não me olhe. Eu perdi o controle na sua frente, entendo caso você esteja com medo do monstro que eu posso me tornar em instantes. – ele termina de dizer e eu tiro o rosto do peito do Nikai, olhando em sua direção e contendo um grunhido pelo estado que ele está.

Sua roupa está molhada e seus cabelos também. No seu rosto tem muitos respingos de sangue e suas mãos estão em um vermelho vivo, pela enorme quantidade de sangue. Parece que uma delas está mais machucada que a outra, já que escorre e goteja sangue desta, como se fosse um telhado com furos em um dia de chuva.

– Fran... Eu senti muito medo, mas você também me salvou. Você não é um monstro, eu amo você assim. – digo baixo, olhando em sua direção e dou um sorriso mínimo, sem mostrar os dentes já que eu estou com náusea.

– Agora vamos para casa? Precisamos de um bom banho e de dar muito carinho para essa beldade. – Nikolai diz e acaricia meu cabelo, segurando em minha mão em seguida e me puxando em direção a porta. Quando estamos saindo do enorme sótão, escutamos quatro tiros e quando olhamos para trás, Francis segurava duas armas em direção ao corpo sem vida do homem que me usou.

– Desculpe. Foi a força do hábito. – ele diz e guarda as armas na cintura, antes de vir até mim.

Os meninos cuidaram muito bem de mim quando chegamos em casa. Francis foi direto para um dos banheiros, já Nikolai me levou para outro e preparou um banho de banheira com vários sais para mim.

Ele me ajudou, lavou meus cabelos longos e meu corpo, em meio a muito carinho.

Após o banho, ele pegou uma roupa confortável para mim e disse que iria preparar algo para eu comer.

Me ajeitei na cama e me virei para o lado, apertando com força o cobertor e fechando os olhos por alguns segundos, até ouvir a voz do Francis.

– Angel... Eu posso? – ele pergunta, abrindo só uma fresta da porta.

– Sim. – respondo alto o bastante para ele ouvir e respiro fundo, para me virar para o lado dele.

Seus cabelos estão penteados para trás e ele veste roupa, aparentemente, confortável. Suas mãos estão enfaixadas e ele transmite insegurança.

– Venha cá, Fran. – o chamo e em instantes sinto seu corpo pousar ao meu lado. Faço um sinal para que ele se deite e ele logo o faz, ficando virado para mim, logo sinto o cheiro suave, embora marcante, do sabonete líquido que ele usa misturado com algo que ainda não consegui distinguir.

– Você me perdoou? – ele pergunta e eu reviro os olhos, por sentir seu hálito de cigarro misturado com menta.

– Estava fumando, Francis? – pergunto e ele concorda com a cabeça, desviando o olhar para baixo e eu posso perceber que ele olha meus seios.

– Não fume mais. – peço, me ajeitando na cama e retirando a minha blusa larga. Abro o sutiã pelo feixe da frente e chego um pouco mais para cima, deixando meu seio na direção dos lábios dele.

– Eu não mereço, amor. – Francis diz e eu belisco ele, que resmunga.

– Você merece o que eu quiser te dar. Agora fica quietinho. – falo baixo e ele concorda com a cabeça em silêncio, se aproximando mais do meu corpo e distribuindo beijos pelo meu seio, antes de sugar o bico com força e fechar seus olhos.

Acabo pressionando os lábios numa linha reta pela dor da forte sucção dele, mas não digo nada, apenas faço um carinho na sua bochecha coberta pela barba.

– Voltei, gatinha. – ouço a voz do Nikolai e olho em direção a porta do quarto, dando um sorrisinho.

– Vem mamar também, Nikai. Sinto sua falta. Você está distante, não sei dizer... – digo baixo, vendo ele colocar a bandeja encima da cômoda e vir até mim, para então se deitar ao meu lado.

– Francis, só um minutinho. – aviso, tirando meu seio da sua boca com certa dificuldade.

Me viro na cama ficando de barriga para cima e sinto os mesmos apoiarem o rosto no meu peito, para então começarem a sugar os bicos.

– É muito grande, amor. – Nikolai diz após tirar a boca do meio seio e distribuir beijos por ele todo.

– É por causa do leite, Nikai. Agora sossega. – digo, vendo ele voltar a sugar meio seio rapidamente e fechar os seus olhos.

– Eu amo vocês. – sussurro para eles e fecho os meus olhos. Os abro rapidamente pela lembrança de hoje mais cedo, mas me acalmo ao ver meus dois meninos sugando meus seios com gosto. Volto a fechar os meus olhos e dessa vez penso apenas neles, que me salvaram hoje como verdadeiros heróis. Agora eu tenho certeza desse sentimento. Eu os amo. Os amo como nunca amei ninguém, são minha família e eu jamais poderia viver longe deles. Após longos minutos imaginando meu futuro ao lado deles, consegui dormir.

~•~

Tolerem os errinhos, bês.
Capítulo mansinho, mas se preparem que vem muita confusão por aí e vocês não imaginam quem causará esta reviravolta!
Espero que gostem, até breve 💛

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