Abro a boca sem ter o que dizer. Olho para Nikolai e este está do mesmo jeito que eu. Me afasto do seu corpo na mesma hora e sinto meus olhos arderem. Como assim os meninos tem um filho?
– Isso só pode ser um engano! A última vez em que... estivemos juntos foi a uns 2 anos! – Nikolai tenta argumentar e logo Francis está ao seu lado.
– Exatamente, baby. – ela diz e então eu respiro fundo. Ok, eles não me traíram. Como se tivéssemos algo tão sério assim...
– E onde está ele? – Francis pergunta, cruzando os braços e em seguida olhando pra mim, expressando culpa no olhar. Ele parecia pedir perdão com seus olhos.
– Bem, eu deixei no carro e... – eles a interrompe.
– Mas que tipo de vadia louca você é? – Nikolai pergunta e ela o entrega as chaves.
– Se resolvam enquanto eu vou lá buscar o filho dela, volto logo. – eu digo, pegando a chave da mão dele e ouvindo a tal Katherine murmurar um "boa sorte" para mim. Deduzo que seja para achar o carro.
Assim que cheguei no estacionamento, passei por todos os carros enquanto apertava o botão preso a chave. Nada de encontrar.
Decido então descer para o estacionamento do subsolo, minhas pernas já estavam começando a doer um pouco. Passei por vários carros e depois de uma eternidade, encontrei um carro vinho, parecia muito com marsala. A janela estava um pouco aberta, então me aproximei já apertando o botão da chave. Abro a porta do carro, temendo ter uma bomba dentro. Mas o que eu vejo é uma criatura linda brincando com os dedinhos, parecia estar lutando contra o sono.
– Oi. – digo baixo, me aproximando para soltar o cinto que o prendia na cadeirinha.
O menino sorriu com poucos dentes e esticou os bracinhos para mim. Dei um sorriso de lado pela inocência dele e o peguei no colo, arrumando o cabelo comprido dele em seguida.
Sinto meu celular vibrar e o pego no bolso da minha calça social. Olho para o ecrã do aparelho e o desbloqueio, vendo a mensagem do Francis. Ele pedia para que eu levasse a pequena bolsa com algumas coisas do menino.
Coloquei o celular no bolso e peguei a bolsa, a pendurando no ombro e fechando a porta do carro.
Ao chegar na sala, vi Francis transtornado e Nikolai conversando com ele em russo. Katherine estava perto da porta e parecia medir pouco caso, de acordo com seu olhar.
– Tudo bem? – pergunto, entrando na sala com o bebê no colo.
– Francis como sempre está surtando. – a mulher diz e eu a ignoro, indo até os meninos. Quando Francis vê o menino, ele parece se acalmar um pouco e se levanta vindo até mim.
– Брат, у него гетерохромия. (Irmão, ele tem heterocromia.) – Francis fala com o irmão e eu me sinto um pouco incomodada por não entender o que ele diz.
– Eu preciso ir. Meu vôo é em algumas horas e eu não quero perdê-lo. Devo ficar fora por bastante tempo, mas não se preocupem, não irei sentir saudade. – a mulher diz e sai da sala, sem mais ou menos.
– Ela está brincando, né? – pergunto, colocando a bolsa encima da mesa e arrumando o bebê no colo, que insistia em puxar minha blusa.
– Não. – Nikolai diz e vem até mim. – Nós sentimos muito. Não sabíamos disso.
– Tudo bem, vamos ver o que podem fazer, certo? – dou um sorriso de canto. Não sou uma pessoa tão fresca, embora eu tenha ficado chateada.
– Você está magoada, Angel. Sinto muito, não queria que você passasse por isso. – Francis diz.
– Eu sei que vocês deram dinheiro para ela. – digo vendo Nikai guardando um bloco de cheques em uma gaveta. – Mas não tenho nada haver com isso. Ela disse o nome do bebê, pelo menos?
– Timothée. – Francis diz e eu entrego o bebê para ele, que começa a tremer em seguida. – A-Angel, pega ele. Meu Deus, pega ele logo. Eu nunca peguei uma criança.
~•~
Sem revisão pessoal, tolerem os errinhos 💛
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Brothers Must Divide
Fiksi PenggemarNa qual uma garota nova em Los Angeles acaba se esbarrando com os gêmeos Gorky Petrov. Mal sabia ela que eles seriam a sua perdição, mas também a sua salvação.