vinagre

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Eu mal conseguia respirar de tanta dor que sentia por causa dos chutes, mas eu tinha plena consciência de tudo oque aconteceria comigo quando o Harry me prendeu em uma espécie de mesa giratória que estava presa a parede. Eu tinha algemas em meu pulso e estava com uma venda nos olhos. Eu não sei o porque de estar vendada ja que o prazer dele era ver o medo e a dor em meus olhos.

- pronta para a segunda parte do seu castigo baby? - ele perguntou bem perto de mim e eu pude sentir sua respiração quente em meu rosto, eu apenas acenti já que irritá-lo só iria piorar as coisas e eu já estou farta de apanhar dele. Ele não sabe se controlar, uma vez que começa a me bater já não consegue mais parar até que eu esteja inconsciente ou quase isso. - a partir de agora você me chamará de Mestre, entendeu?

- sim, mestre. - disse seca.

- vejo que começou a me obedecer, mas se acha que isso vai amenizar seu castigo, hahaha está totalmente errada Maestrine.

Naquele momento eu congelei. Ele sabia quem EU era. Eu não fui pega por acaso.

- como tu sabe quem EU sou? - gritei nervosa e logo senti um tapa em meu rosto.

- se gritar desse jeito comigo de novo, arranco tua língua fora vadia.

Depois disso eu não me atrevi a responder mais nada. Ele era louco e eu que não duvidaria que ele tem coragem pra arrancar minha língua fora. Um barulho alto e estridente de porta se fechando é escutado e de repente tudo fica mais escuro ainda. Eu estou sozinha. Mas isso é bom ou é ruim? Eu não fazia ideia. Eu fiquei acordada não sei por quanto tempo até que apaguei. Dentro daquele quarto nao tinha janelas ou qualquer coisa que indicasse se estava de dia ou noite.

Acordei com algo subindo em minhas pernas, se enrolando na verdade. Quando abri o olho, vi Harry com um sorriso perverso nos lábios olhando pra mim, quando olhei para baixo vi uma cobra enrolada em minhas pernas. Era uma jiboia. Meu coração quase saiu pela boca. Ela estava esmagando minhas pernas.

- aaaaaaah. Tira ela Harry por favor aaaaaah. Ela está esmagando minhas pernas. Harry pelo amor de Deus aaaaaaaaah- eu só sabia gritar e implorar pra que ele tirasse aquele animal de perto de mim.

- calma querida, ela não faz mal a ninguém. Sabe, ela estava muito sozinha e você também, pensei que pudessem se conhecer. - disse aumentando o sorriso perverso nos lábios e eu ja estava a chorar. Ele se divertia com meus gritos se pavor e eu o implorava para que tirasse ela de perto de mim.

- eu vou te fazer umas perguntas e se você me der as resposta que eu quero, eu a tiro de perto de você combinado?

- sim, pelo amor de Deus tira logo.

- primeira pergunta. Quem é Matt? Que tipo de relação vocês tinham?- Matt? Será que ele estava falando do meu vizinho, Matthew Robin?

- de que Matt você está falando? Eu não sei nada dele.

- do seu vizinho sua vagabunda burra.

- Matthew era apenas meu vizinho, o máximo que ja falamos um para o outro é "bom dia" e "boa noite" . Eu não o vejo a muito tempo, ele se mudou, nem adiantar perguntar porque eu não sei onde ele está.

- você sabe quem vivia no apartamento PD1?

- PD1? Nunca vi ninguém nesse apartamento. Esteve sempre fechado desde que cheguei lá.

- agora a última e mais importante. Porque mesmo você sendo uma mulher adulta e já na faculdade, você continuou virgem até ontem? - ele disse parecendo realmente interessado e eu só conseguia sentir raiva dele por me lembrar dos momentos de horror que ele me fez passar no jardim.

- eu queria me casar virgem, como minha mãe se casou com meu pai. Mas você, um nojento psicopata louco, não deixou eu cumprir minha promessa. - disse cuspindo aquelas palavras cheia de ódio. Eu comecei a chorar igual uma criança que perdeu seu brinquedo favorito no shopping.

Ele se aproximou e se abaixou retirando a serpente que saiu com certa dificuldade,

- agora que já sei oque queria saber, vamos dar continuação ao castigo- disse com os olhos brilhando- entendeu vadia?

- sim mestre.

Ele colocou a venda em mim novamente e eu não conseguia ver nada. Escutei apenas alguns barulhos e logo o sinto andando em minha direção. Logo ele para e sinto que está a me observar.

- se você for uma boa garota. Serão apneas 7 .

- está fal... aaaaaaaaah- eu não consegui terminar a pergunta. Ele me bateu com algo do tipo chicote de couro mesmo.

- eu disse pra ser uma boa menina- disse e começou a me chicotiar incessantemente. Ele batia nos mesmos lugares duas, três, quatro, cinco vezes seguidas. Eu ja sentia meu corpo encharcado de sangue. Aquilo doida demais. Eu tentava pensar em algo bom, mas nada dava jeito. Ele parecia ter mais raiva e prazer a cada chicotada.

- para.. para. PARA eu não aguento mais... - disse aos prantos. Aquilo era desumano. Ele tirou minha venda e eu mal o conseguia ver de tantas lágrimas que caiam dos meus olhos. Aquilo doía até na minha alma.

Ele ficou a me olhar com uma expressão indecifrável no rosto e eu só chorava e gritava de dor. Ele saiu da sala, mas logo retornou com um balde que me parecia ter água. Ele se aproximou e jogou por todo o meu corpo e aquilo ardia como se eu estivesse pegando fogo. Não era água e sim vinagre.

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