Capítulo 6

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 Waverly Earp

Entrei na delegacia pisando firme e muito irritada, bastante molhada pois sentei no carro da Haught que só sabe me irritar. Sem contar aquele tal de Robert Swan super estranho e que eu nem pude comentar. Resolvi deixar a Dra. Nicole Haught pra lá e voltar ao meu trabalho.

Eu não tinha roupa neste laboratório, obviamente, e iria ficar molhada por um tempo, o que me deixava mais irritada. Lavei minhas mãos e me arrumei para voltar ao processo de análise dos ossos do corpo que estava a minha frente. Me distraindo da raiva do momento anterior, apesar de eu ter notado o comportamento um tanto estranho da Dra. quando me aproximei. Não entendi a sua reação.

Um tempo depois escuto passos e tiro meus olhos do corpo a minha frente, a chuva lá fora só se intensificou. Quando vejo a Haught entrando... perco meu foco por um tempo. Ela estava muito molhada, sua roupa estava grudada em seu corpo, realçando seus seios e suas curvas, o que a deixava mais HOT que qualquer outra coisa. Ela vestia uma blusa branca, jeans, cinto e all stars. Sua blusa estava praticamente transparente realçando seu sutiã. Eu me perdi por uns instantes nela, sendo atraída pelos pensamentos libidinosos em que estavam se construindo em minha mente... até que fui interrompida da minha visão, quando ela falou:

- Bem... obrigada pela ajuda. Falou já indo em direção ao vestiário se trocar.

Eu nada respondi com palavras, fiz apenas um sinal com a cabeça e voltei ao meu trabalho, um pouco desconcentrada, porém, rapidamente voltando ao foco. Eu estava observando o corpo número 2, era uma mulher. Suas vestes estavam em frangalhos. Resolvi pegar o gravador para gravar as descrições do caso que posteriormente iriam para o relatório. Ainda um pouco desconcentrada devido à visão maravilhosa que tive ainda pouco, eu tive que admitir pelo menos pra mim. Apesar dessa doutora me irrita na maioria do tempo, alguma coisa nela me atrai, além de ser bonita confessei.

Como Jeremy não estava aqui tive que fazer a parte que normalmente ele ficaria encarregado, iniciar retirando os tecidos que antes poderíamos chamar de roupas da vítima número 2. Comecei a retirar os tecidos e em seguida peguei o gravador para relatar o que via.

Corpo número 2, mulher, aproximadamente 25 a 30 anos. Possui osteossarcoma estágio 2. Mulher com vestimenta elegante, não tinha calçados, aparentemente sem traços de joias, vestia calça jeans... blusa de viscose branca...

Automaticamente, lembrei das roupas da Dra. Haught... e me peguei pensando alto ainda com o gravador ligado.

Haught... muito sexy...

Neste exato momento a Dra. Haught já estava na sala, eu claro, não a vi chegar, mas ela escutou seu nome e o que eu disse, com certeza. Fiquei sem reação quando ela chegou mais próximo a mim, agora de jaleco e devidamente vestida, aparentemente, sem sua blusa, pois estava molhada, me olhando com um olhar indagador de quem sabe que me pegou no flagra. Um olhar um tanto desafiador, um tanto divertido... ela não se segurou e perguntou:

O que você disse? Falou com um ar de divertimento, me deixando mais irritada por ter sido pega no flagra e por não ter segurado minha língua e meus pensamentos onde eles deveriam estar.

Eu não sabia o que responder... comecei a me desconsertar. Ela estava a literalmente um passo do meu corpo, me olhando com aqueles olhos castanhos que pareciam sorrir para mim. Decidi desconversar... afinal, eu sou ótima em discursos.

Eu disse que a mulher possuía uma roupa elegante, estava de jeans e camisa branca, sem sapatos ou joias. Resumo, sabendo que não era isso que ela queria ouvir e um tanto nervosa, mas tentando disfarçar. Nem percebi que o gravador ainda estava ativado gravando tudo.

Não era isso que perguntei, quero saber sua última frase. A que continha meu nome... Ela disse.

Seu nome? Hummm... não me recordo... Eu disse fazendo cara de quem estava refletindo... Meu coração estava acelerado, bombeando como se estivesse em uma corrida ou assustada.

Ela firmou seu olhar sobre mim e para minha má sorte, ela percebeu que o gravador estava ativado e não se dando por satisfeita, decidiu pegá-lo - como uma criança muito esperta tem uma ideia instantânea - mas eu fui mais rápida e peguei antes dela. Nossas mãos se tocaram por breves segundos, o que foi o suficiente para trazer aquele arrepio por todo o meu corpo chegando ao meu ventre com maior intensidade. Escondi todas as reações do meu corpo dela e falei com a voz mais firme que consegui.

- O que você pensa que está fazendo? Isso aqui é o meu relatório, não e brincadeira. digo com certa indignação

- Eu estava apenas buscando a confirmação do que eu acredito ter escutado... disse irritada e acrescentou - Já que nitidamente, você está fingindo  não se recordar. diz levanta sobrancelha com certa arrogancia

- Olha, você não me conhece para fazer tais afirmações, e quer saber? Não te devo satisfações. E sinceramente, irei me recolher. Já que está tarde e o que preciso, não parece ter aqui.

Sai sem dar tempo que ela respondesse. 


Olá pessoas lindas espero que estejam gostando da história a muito tempo estava com a ideia de escrever algo assim, mas estava sem tempo. Mas a partir da semana que vem só vou publicar capítulo novo nas sextas feiras por causas das minhas aulas da faculdade que tem sido exaustiva, agradeço a todos a compreensão e muito obrigado por cada leitura e cada voto sou muito grata um abraço a todos e fiquem seguros.

Wayhaught (Ossos da discórdia ) EM REVISÃO DOS ULTIMOS CAPITULOSOnde histórias criam vida. Descubra agora