36. Jake

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Ganhamos mais um jogo. Isso significa que os Fierce Tigers estão classificados para as finais, e eu não poderia estar mais feliz. Esse é o último campeonato de futebol americano que irei participar no ensino médio, e não tem nada melhor do que sair dele vitorioso, porque nós vamos ganhar. Sei que vamos. Não importa quanto o time rival também seja ótimo, mas no fim, seremos nós que levaremos a vitória. Chame isso de otimismo ou excesso de confiança, mas para mim, já é um fato.

Saio do vestiário junto com o time e o treinador e mais uma vez somos aclamados pela torcida que restou. Um número grande de alunos, professores e até mesmo desconhecidos vem nos cumprimentar e parabenizar, mas não estou prestando muita atenção neles. Só tem uma pessoa que me interessa no momento, e estou tentando localizá-la no meio de toda essa multidão. Corro meus olhos pelo mar de gente, focado, e quando finalmente a acho, não penso duas vezes antes de ir em sua direção.

Os torcedores vão se dispersando a medida que me aproximo dela, deixando o caminho livre. E merda, como ela consegue ficar mais bonita cada vez que a vejo? Essa mulher só pode ser surreal! Seus cabelos negros estão soltos e esvoaçantes por conta do vento e ela veste uma calça jeans que delimita muito bem todas as curvas que agora eu conheço com a palma da minha mão - literalmente -. O busto está coberto por um top preto, e em cima dos ombros está o casaco do time que eu lhe dei.

— Nós vamos para as finais! - Grace grita entusiasmada, e quando finalmente estamos proximos o suficiente, ela pula em cima de mim, enlaçando os braços em meu pescoço.

Sorrio largamente com sua animação e abraço sua cintura, apertando-a contra meu corpo e girando Grace no ar. Depois, dou um selinho demorado em sua boca avermelhada e a ponho de volta ao chão. É claro que queria bem mais do que isso, mas Grace não gosta de beijar em público. Sinceramente, não me importo muito com isso. Mas, estou disposto a fazer o que ela quiser.

— E vamos ganhar. - Completo, plenamente convicto.

— Acho bom mesmo, porque apostei cem dólares em vocês e não estou afim de perder. - Ela eleva às sobrancelhas, e eu dou uma risada.

— Você apostou? - Pergunto incrédulo. Bem, não tanto. Vindo de Grace, isso não me surpreende.

— Sim, mas só porque sei que vamos ganhar. Afinal, nós temos o melhor quarterback de todos. - Ela pisca para mim, e os cantos da minha boca elevam-se em um sorriso.

— Concordo plenamente.

Passo o braço direito sobre os ombros de Grace e ela o esquerdo por minhas costas, repousando a mão em meu quadril. Então, andamos abraçados até o estacionamento, onde está o meu Jeep.

— Você não vai comemorar com o time? - Pergunta, curiosa.

— Não. Prefiro comemorar com a minha garota. - Respondo tranquilo, girando a chave do carro nos dedos.

Ela para de repente e me encara com às sobrancelhas elevadas. Porém, não parece estar brava, apenas um pouco surpresa.

— Sua o quê? - Indaga, e só então me dou conta do que falei.

Eu me declarei para Grace apenas quatro dias atrás, mas desde então, nunca a chamei de algo do tipo. Não conversamos sobre nossa relação e eu não queria assustá-la ou pressioná-la de qualquer forma que seja. Mas, dizem que a boca fala o que o coração está cheio, e acho que é verdade. Não quero dividir Grace com mais ninguém, quero que sejamos exclusivos.

Giro o corpo para ficar de frente para ela e descanso as mãos em sua cintura. A encaro bem nos olhos e repito:

— Minha garota.

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