Richard Green é o cara temido, sedutor e antissocial que mora no pequeno condado da Pensilvânia. Ele não frequenta os colégios burgueses e nem sequer convive com os outros adolescentes de sua idade. O motivo? Ninguém chega perto de Richard pois dize...
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Para o meu amor, Richard Green...
Eu não sei nem por onde começar a escrever essa carta para ser sincera....Mas preciso escrever, não é?
Tudo começou quando eu fui a um lago no meio de um passeio com a turma do colégio. Estava irritada, com raiva e comecei a tirar as minhas roupas. Entrei no lago nua e escutei um barulho.
Foi naquele momento que eu te vi, Richard. Caído no chão, pedindo ajuda. Não sabia quem era você, mas já tinha ouvido falar.
O cruel, o horroroso Richard Green, o filho da bruxa. Era o que eu ouvia de você diariamente, mas era tudo mentira.
Você não é nada cruel e nem horroroso, pelo contrário, é a alma mais pura e a pessoa mais bela que tive o prazer de conhecer.
E é a minha alma gêmea, o meu amor.
Naquele lago. O lago em que escrevemos nossas inicias na árvore, onde você me amou por inteiro, onde me entreguei de corpo e alma a você. Foi neste lago em que tudo começou.
Tive que deixar os meus pais, meus pais tão incríveis. Eu os amo com todo meu coração e sou grata por tudo que fizeram por mim.
Nós tivemos que deixar o condado Richard, a nossa família para salvar a todos. Encontrar a profecia e acabar com o Deathmon e seus demons.
Embarcamos em uma aventura, viajamos no tempo. Arábia Saudita, África e a Pensilvânia no século XIX. Lugares totalmente diferentes, e em cada um deles nós nos amamos. Conhecemos pessoas maravilhosas e tivemos que deixá-las para encontrarmos a salvação.
Cada segundo, minuto e hora que passei com você foram as melhores da minha vida. Você me amou, eu te amei.
Quando voltamos da Arábia Saudita, sua mãe veio falar comigo. Disse que era pra mim escrever uma carta, uma carta de despedida para você.
E aqui estou eu, em uma praia da Grécia escrevendo, enquanto você dorme lindamente perto do Acrópoles sem saber do que está por vim. Escrevo essa carta faltando poucas horas para minha morte, para que me esqueça.
Esse tempo todo eu fui a profecia. A razão de tudo. A calmaria e a tempestade.
Nem sei se vai ler esta carta, mas se ler, saiba que eu te amo, mesmo que não lembre.
Você irá se esquecer de mim, foi o pedido que fiz. Desejei que a Beth apagasse cada memória, momentos que tivemos da sua mente. O motivo? Você iria ser infeliz, sofrer a cada segundo achando que foi o culpado da minha morte. Por isso meu amor, que irá me esquecer. Mas tudo bem, tudo bem.
