Richard Green é o cara temido, sedutor e antissocial que mora no pequeno condado da Pensilvânia. Ele não frequenta os colégios burgueses e nem sequer convive com os outros adolescentes de sua idade. O motivo? Ninguém chega perto de Richard pois dize...
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— Acha que dará certo? — pergunto com receio me referindo a ideia que o Richard teve de me vestir de homem. Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e coloco um boné do Richard. Estou vestida com um moletom dele por cima do meu top branco.
— Talvez, Princesa. Só não pode levantar muito a cabeça, senão irão perceber que é mulher pelos seus traços delicados — diz tirando meu salto — Calça meu tênis_faço o que ele diz — Iremos sair do quarto e procurar pelo livro, beleza?
— Hunrum, temos que enganar a polícia também — digo e me levanto da cama. Meu olhar se direciona a minha mala jogada no chão — Não podemos sair com ela, é muito pesada para ficarmos andando com a mesma — falo pensativa.
— Pensei nisso também, temos que deixá-la aqui. Na minha mochila tem algumas roupas, e posso te emprestar — aceno positivamente e faço um bico olhando para minhas roupas espalhadas pela mala — Depois compramos roupas para você, Zara.
— Eu uso as suas, temos que economizar grana — mordo meus lábios nervosa. Olho para o Richard que segura meu rosto com as mãos e beija meus lábios novamente.
Eu ainda estou atordoada de um jeito bom com o meu beijo com o Richard. Claro que já beijei outros carinhas, mas nada comparado ao Richard. Ele me deixa de pernas bambas, coração acelerado e me faz bem. Odeio e amo ele por me fazer sentir essas coisas apaixonantes.
— Vamos sair agora, com a festa rolando podemos nos disfarçar entre os outros — seguro na mão dele e saímos do quarto silenciosamente. A festa continua rolando, creio que a polícia ainda não entrou no prédio.
— O que está fazendo? — indago em um sussurro para o Richard que está pegando a chave do carro de um moço que está se agarrando com uma mulher.
— Precisamos de um carro bom, Princesa. Esse playboy aí tem cara de ter um carrão, vai ajudar na nossa fuga. Estamos apenas pegando emprestado, é temporário — droga, é tão errado roubar, mas nesse momento é necessidade — Por aqui — ele me puxa até um corredor. Escuto o barulho da porta do apê sendo arrombada e vários polícias invadem o local — Cacete!! — xinga me puxando para um cômodo. Entramos em um closet pequeno para nos escondermos.
O Richard se encosta na parede, o abraço encostando minha cabeça no peito dele. Fecho os olhos me sentindo culpada por estarmos nessa situação.
A culpa é minha. Deveria ter aceitado o que o Richard havia falado, de irmos embora daqui. Como fui burra, ingênua!
— Acha que foram embora? — pergunto sussurrando para o Richard.
— Vou ver — sussurra inclinando a cabeça para olhar entre as brechas do closet. De repente, o closet é aberto me fazendo ofegar assustada ao ver uma arma apontada para o Richard.
— Solte a garota!! — um policial manda — Sou o delegado Penny, senhorita Campbell. Não se preocupe, iremos levá-la em segurança para casa! — que merda!
