O dia que o mundo de Jeongyeon parou

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Autora pov's

Jeongyeon estava tão desanimada, e nem sabia o motivo, ela apenas acordou daquela forma. Já tinha se passado meses desde a internação de sua irmã. A coreana praticamente largou totalmente seus estudos para se dedicar 100% no tratamento da caçula.

Era cansativo? Muito. Correr pra cima e pra baixo com Chou, fazendo exames, quimios, tomando remédios e mais um monte de coisas era á deixava exausta, mas o amor que sentia pela menina era muito maior. 

Tzuyu ocupava um espaço tão grande no coração que quase não cabe mais ninguém. Era uma coisa que não podia— e nem queria — evitar.

Havia passado a noite com a irmã no hospital, Chou não gostava de ficar sozinha lá, e também preferia que Yoo ficasse consigo do que seus pais. As vezes a mãe das duas ainda á visitava sempre que podia, depois ou antes do trabalho. Porém a pequena não parecia gostar muito da presença da mulher ali. 

A criança ainda insistia que a mais velha dormisse na pequena e apertada maca junto de si, abraçava a irmã com toda a sua força — que naquele estado tão delicado que estava, já não era muita.

Uma enfermeira entrou no quarto, para deixar a primeira refeição do dia de Tzuyu. Deixou sobre uma cômoda próximo a cama. Não se falaram muito, a enfermeira tinha muitos lanches para entregar por todo bloco.

A coreana suspirou e balançou a irmã de leve na tentativa de acorda-la.

— Zuzu.. Acorda vai, vem comer

Um de seus maiores medos, era quando Tzu dormia. Temia que ela nunca mais acordasse. Durante a noite, acordava frequentemente para ter certeza que sua bebê ainda respirava.

A pequena coçou os olhinhos e sorriu para a maior e sentou na cama dando um beijo na bochecha da maior.

— Bom dia, Seong —disse sonolenta.

— Bom dia, princesinha — abraçou-a — Vem comer?

A menor assentiu e teve o copo com um suco de goiaba junto de um pãozinho com queijo em suas mãos.

A coreana fazia cócegas na barriga  da criança, acariciava seus cabelos e fazia de tudo para  ver o sorriso tão contagiante da menor.

— Olha o meu chapéu, Tzu — disse colocando o copo vazio na cabeça — Gostou?

Seong — disse entre risadas — isso não é um chapéu, sua bobinha! É um copinho.

— Copinho?! — indagou com uma falsa indignação — Mas como pode? Eu achei que fosse um chapéu!

Pegou o travesseiro da cama da irmã e fez o mesmo teatrinho, arrancando gargalhadas sinceras da menor.

Aquele era mais um dia que não iria para escola, mas sempre tentava fazer pelo menos uma ou duas tarefa. A sua diretora entendeu a situação, e resolveu da um desconto nas tarefas que passavam para ela.

Tzuyu tossiu um pouco no meio de suas gargalhadas. Yoo já ficou desesperada apenas com aquilo. Sabia que por conta do tratamento, a imunidade dela ficava tão fraca quanto um bebe

— Você  tá bem??

— To sim, Seong.. Só minha gargantinha que tá dodói.

— Ela tá doendo? Coçando? Ardendo? — segurou as bochechas da menor — O que você tá sentindo, amor?!

— Só uma dorzinha... e uma falta de respirar aqui ó — apontou para seus pulmões.

[...]

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