DAMN PILOT *•°||YOONSEOK/SOPE||°•*

»CAP44«

JUNG HOSEOK

Busan, Coreia do Sul;
19 de Dezembro de 2020;

***

Fazia algumas semanas desde a festa de bodas de ouro dos meus pais, desde então, Jungkook tinha sumido das nosssas vidas, Yoongi saiu da empresa dos pais, já que o pai havia se recuperado da operação e felizmente o inglês havia voltado pra europa, lugar de onde nunca deveria ter saído.

Pensei em ir confrontar a mãe do Yoongi em relação a Hope, entretanto, desisti disso em consideração ao meu noivo, não queria um novo conflito familiar.

Felizmente Yoongi e eu não tivemos uma só discussão nesses últimos tempos, contrariamente, à cada dia nossa relação se fortalecia um pouco mais, sempre um respeitando o espaço do outro. Pensei que seria um pouco mais complicado viver uma relação sem sexo, no entanto, estava me saindo muito bem, os banhos gelados sempre antes de dormir e acordar que o digam, não mencionando a masturbação matinal e noturna, só pra me estimular e garantir que quando Yoongi estivesse pronto pra mim, eu não falharia.

Estávamos vivendo como um casal e eu gostava muito da ideia de dividir a vida com o meu, aliás, com meus dois pequenos.

- Amor, acabou de chegar essas caixas. - Ouvi Yoongi gritar da sala, já que eu estava terminando de me arrumar no quarto, pra ir trabalhar.

- Não pode abri-las. - Gritei de volta, me atrapalhando todo com a gravata, como dizia o meu pai: "gravatas são como sutiãs", o pensamento me fez rir. - Será uma surpresa. - Gritei mais uma vez, já no pé da escada, me apressando em descer os degraus, impedindo-o de me desobedecer e, consequentemente, estragar a minha surpresa. - Não seja curioso, amor. - Tirei as caixas das suas mãos pequenas e as levei até o quarto, voltando rapidamente para a sala.

- Surpresa, hm! - Me puxou pela gravata até o sofá e se sentou no meu colo, me dando um selinho demorado. - Não vai trabalhar hoje, por favor, fica aqui comigo. - Parecia um gato quando quer a atenção do dono, se enroscando todo em mim.

- Hoje acordou mais manhoso que o Hope. - Lhe provoquei, cravando minhas mãos naquela silhueta fininha dele. - Vem cá, me deixa te mimar um pouquinho. - O sentei no meu colo como se ele fosse um bebê, acariciando seus cabelos dourados que tanto amava. - Estava pensando em nossa lua de mel.- Pensava naquilo constantemente. Costumava dizer que seria nossa fuga. - Podemos ir para o Havaí. - Sugeri o destino.

- Detesto os Estados Unidos. - Tinha esquecido esse detalhe; ri da minha desatenção.

- Cancún? - As praias de lá pareciam lindas quando fui ao México a negócios, então sequer tive a chance de conhecer o lugar, ficando confinado naquele hotel.

- Gosto do México. - Estávamos avançando quanto ao destino da nossa lua de mel. - Hope vai com a gente? - Questionou, subindo aqueles olhinhos curiosos para os meus.

- Amor, é nossa lua de mel, um tempinho só nosso. - Disse sem pensar no que ele pensaria, ficando mal quando seu semblante se tornou tristonho e eu sabia o motivo. -
Hey, não é isso que está pensando. - Não que eu não pensasse em sexo, só queria externar que pra mim, uma "lua de mel", não se resumia unicamente à sexo. - Só precisamos descansar e esquecer um pouco todos os problemas, será nossa fuga, lembra?.

- Ainda está em tempo de desistir de se casar comigo. - Detestava quando ele falava daquela forma, como se quisesse me fazer desistir dele, ou pior, não se julgava ser o suficiente pra mim.

- Não sou louco. - Inclinei minha cabeça e tasquei-lhe um beijo gostoso, bem demorado. - Não vou abrir não de você nunca. - Repetiria isso até que ele se convencesse que estava falando sério. - A gente pode sair mais tarde, que tal? - Nem eu mesmo estava acreditando na minha proposta, porque geralmente eu era caseiro.