CAPÍTULO 8 - JAIME

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Algumas horas antes.

Mudanças de planos.

Olho para a mulher ao meu lado.

Celina é tudo o que eu havia sonhado por tanto tempo.

Sei. Sei que pensei assim muitas vezes, mas com ela é diferente.

Responsável, gentil, educada e carinhosa. A minha versão feminina.

Depois do nosso encontro no bar, não pude deixar de vê-la todos os dias do que se passaram.

No terceiro encontro à trouxe aqui em casa.

Nos encaixamos em um sexo maravilhoso e, desde então, nossos dias parecem apenas pertencer um ao outro.

E agora estou aqui, pensando que as ideias de talvez deixar o país já não fazem mais sentido. Pelo contrário, acho que agiria impulsivamente.

— O que está olhando? — fala Celina docemente, colocando o lençol sobre os seios, enquanto se senta na cama.

— Você é linda.

— Você diz isso o tempo inteiro, meu amor.

Meu amor? É a primeira vez que ela me chama assim. Meu coração se infla.

Eu não estou errado. Não tenho tempo a perder e Celina é tudo o que preciso. Com ela, meus sonhos de vida não são tão impossíveis

Pedi que ela dormisse todos os dias comigo e ter isso tão perto me dá a certeza de um futuro perfeito que quero para mim.

Ela pegou suas férias vencidas e isso foi importante para ficarmos ainda mais próximo.

Eu a amo! De verdade. Pensei muito sobre isso nessas últimas três semanas.

Era estranho. Talvez inesperado. Rápido. Porém, não podemos mandar no coração.

Se isso não é amor, não sei mais o que é?

Perderia isso? Jamais.

Ela é tudo o que eu pedi um dia.

Ela sorri para mim.

— Bom dia — diz, se despreguiçando.

— Bom dia, meu amor — repito seu gesto de carinho. — Como dormiu?

— Com você? Sempre como um anjo.

Sorrio e beijo sua testa.

— Eu preciso ir trabalhar — informa ela, levantando-se. — Primeiro dia depois das férias. Vou só tomar um banho, ok?

Faço que sim. Seu comprometimento e amor pelo seu trabalho me deixa ainda mais encantado.

Celina, mesmo de férias, era sempre chamada para resolver algum problema ou aconselhar sobre algo mais sério.

Levanto-me da cama feliz. Como me levanto há dias. Com propósito.

— Quer companhia? — pergunto enquanto ela caminha para o banheiro.

— Será um prazer.

Vou atrás dela que deixa cair o lençol mostrando seu corpo e pele branca como a neve.

Abraço-a por trás.

Acaricio seus seios e ela arfa.

— Assim vou me atrasar — solta um sorriso.

— Não vou deixar isso acontecer — sussurro em seu ouvido.

Ligo o chuveiro e a água morna nos molha.

AGORA OU NUNCA (Spin-off de Tudo ou nada)Onde histórias criam vida. Descubra agora