CAPÍTULO 25 - LOLLA

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Mantenho a pose de fina. Ana ri de mim e eu não consigo ficar séria. Ela me dá a mão para que eu me acalme. Por mais que tenho vontade de gritar de medo.

Imagino milhares de vezes esse helicóptero caindo e eu não vivendo todo o sucesso que me espera. Seria trágico e injusto.

Jaime está na frente com o piloto. Eu, Ana e Marquinhos atrás. Ao contrário do que pensei, só nós quatro estamos indo nessa viagem.

Assim que o helicóptero parece descer um pouco, sinto o frio na barriga e fecho os olhos por um momento.

— Chegamos! — diz Ana ao meu lado. Ouço pelo fone que Jaime me entregou assim que entrei aqui. — Olha!

O mar cristalino e o sol não nos decepcionam. Só vejo água.

Ana olha para mim e aponta para baixo.

Não era uma casa, não uma simples casa. É uma mansão dentro de uma ilha.

Pousamos no jardim e Henrique conta animado que a casa na ilha é da família Soares, Henrique e ele haviam comprado antes mesmo de conhecer Catarina.

— No outro lado da ilha é mar aberto, perfeito para pegar onda — comenta ele, animado.

Eles dois tratam de mostrar toda a ilha para mim e o Marquinhos. Perco as contas de quantos empregados sou apresentada.

A mansão é rústica por fora, mas por dentro é extremamente moderna contrastando com a madeira. Toda aberta em vidros, fico encantada com tamanho luxo. Fora o fato de ser com os pés na areia. Isso é coisa de filme! Sorrio por dentro.

Jaime e Ana me indicam um quarto para que eu coloque minha pequena bolsa. Acho engraçado quando Jaime coloca Marquinhos no quarto mais afastado do da Ana.

Coloco meu único maiô laranja fluorescente, óculos escuros no rosto, protetor solar e uma canga presa na cintura.

Assim que saio, vejo uma mesa farta de café da manhã.

— Precisamos ficar fortes para um dia agitado, não é? — brinca Ana já com roupa de banho, me chamando para me juntar a ela e seu namorado.

Jaime também aparece e está diferente. Sinto um certo nervoso.

Ele está de bermuda clara e uma camiseta e sorri quando me vê, me dando espaço para que eu vá primeiro.

— Sua mãe sempre diz que é errado comer e ir pra água — conta Jaime, mas não com um tom condenatório. Ele está feliz também.

— Podemos pegar um solzinho antes, Ana! — sugiro e Jaime me dá uma piscadinha.

— Perfeito.

Após a refeição, pegamos sol já no outro lado da ilha e percebo que dará para brincar nesse mar. Enquanto isso Jaime parece bater um papo com Marquinhos sentados um pouco distantes.

Ana fica só observando.

— Marquinhos vai fugir de mim depois disso. Ele vai falar besteira pra ele, Lolla.

— Não vai. Seu tio se faz de durão, mas por dentro é um... um príncipe.

Ela me olha.

— É. Ele é mesmo. Só que mesmo assim eu estou com medo.

— Fica tranquila. Prometo que não vai acontecer nada ruim.

— Tem certeza?

— Tenho.

Sabia que Jaime não iria ser escroto com o garoto. Já tínhamos conversado sobre isso.

Pouco tempo depois, eles se juntam a gente com sorrisos.

AGORA OU NUNCA (Spin-off de Tudo ou nada)Onde histórias criam vida. Descubra agora