AGORA OU NUNCA (Spin-off de Tudo ou nada)

CAPÍTULO 15 - LOLLA

Acordei cedo. Acho que nem dormi direito de ansiedade.

Liguei para Minga ontem à noite e ele chorou no outro lado da linha quando contei que Jaime tinha aceitado me empresariar. Falei que a noite de hoje seria nossa. Comemoraríamos.

Depois eu e Aninha escolhemos assistir Ratatouille quando os gêmeos sentiram o cheiro da pipoca e se juntaram a gente.

Ainda não tinha assistido esse filme e me diverti com as crianças.

Ana ainda está dormindo quando levo a roupa que Catarina me emprestou para o banheiro.

Tento fazer o menos de barulho possível para não acordar a casa inteira.

Pego minha bolsinha e desço as escadas sem os sapatos.

— Bom dia! — Catarina diz, colocando café na mesa com a ajuda de uma senhora.

O cheiro do café é maravilhoso.

— Bom dia. — A senhora também me cumprimenta.

— Bom dia — digo, para as duas, com um sorriso.

— Esse vestido ficou ótimo em você. Melhor do em mim. Fique com ele de presente.

— Que isso, não. Eu...

— Presente não se nega, Lolla.

Faço que sim, agradecendo com um sorriso.

— Obrigada.

— Dona Marli, a senhora termina de colocar a mesa do café? Vou ajudar Lolla a terminar de se arrumar.

Catarina me leva, pela mão, de novo para cima.

Eu apenas penteei meu cabelo, sei que bonito ele não está.

— Ainda é cedo, Lolla, vamos deixá-la ainda mais linda.

Vamos?

Ouço a campainha lá embaixo tocar.

— Pode deixar que já está autorizado a subir. Érico cuidará do seu cabelo e da maquiagem?

Ela me coloca sentada na penteadeira do seu closet e logo um rapaz moreno entra com uma maleta.

— Pronta, Lolla? — diz Catarina.

O homem faz um verdadeiro milagre no meu cabelo, deixando-o ondulado e armado de um modo chique, mas nada clássico. A maquiagem que ele faz é também é incrível.

Ana acorda e ajuda dando pitaco nas cores do batom que devo usar.

Vermelho!

— A cara da Lolla e vai combinar com a tiara — diz ela, colocando na minha cabeça.

Em uma hora eu sou uma outra mulher.

— Nem sei como agradecer.

— Não precisa agradecer — fala, Catarina com um sorriso nos lábios ao me ver.

— Agora, coloque esse sapato. Quero te ver com o look completo — pede Ana e eu coloco e me levando.

— Que tal?

— Coitado do tio. — Ana fala alto e tampa a boca com a mão.

— Menina! — Catarina a repreende.

— Olha para ela, mãe. Não só o tio vai babar, não. Você está linda, Lolla. Pode ir sem medo. Está poderosa!

Eu me sinto poderosa mesmo. Quem sabe assim Jaime me veja como uma profissional de verdade.