AGORA OU NUNCA (Spin-off de Tudo ou nada)

CAPÍTULO 27 - LOLLA

Sinto o arrepio em todo o meu corpo. Não sei se é de medo, de frio ou de tesão.

Ele me tentou com seu olhar, com seu toque, com o carinho. Tem tantos pontos contra, tantas regras, coisas que eu poderia pôr tudo a perder... por isso, a cabeça proibiu, mas o corpo desobedeceu.

Paro de me contrariar. Eu sempre fui atrás de tudo que eu quis. Ele é o meu desejo no momento. E não há nada que me faça parar.

Jaime me beija. Não é um beijo comum. Expressa tanta coisa. É forte, ardiloso, desesperado.

Seguro os seus grandes braços enquanto ele brinca com meus seios. Jogo a cabeça para trás sentindo todo o delírio que aquilo pode me provocar e a chuva cai em meu rosto.

Quero tocá-lo. Quero sentir na mão o que estou sentindo tocar na minha barriga.

Ele volta para mim e me olha como se fosse me devorar. E eu quero.

Eu já o queria antes. Agora era em todos os sentidos.

Ele toma minha boca mais uma vez, para e parece buscar ar.

Estamos encharcados de água da chuva. Encharcados de desejos à flor-da-pele.

Um trovão me assusta e ele me abraça forte.

— Eu estou aqui. Eu cuidarei de você — fala em meu ouvido.

Ele desgruda seu corpo do meu e imediatamente sinto sua falta.

Como isso é possível?

Jaime coloca minha blusa no lugar sem tirar os olhos de mim e me guia de volta para a mansão de mãos dadas. Antes de chegarmos ele parece sentir o mesmo do que eu: falta do nosso corpo junto.

Ele me beija mais uma vez. Louco. Quase desmancho em seus braços, mas ele me segura forte. Ele não deixaria isso acontecer.

Ele segura minha mão novamente e recomeça o trajeto.

Quando chegamos, antes de entrar, ele me joga na parede da casa e me aperta contra ele. É delicioso. Sinto ainda mais sua excitação.

Seguro com força a sua nuca em um beijo avassalador.

— Lolla... minha Lolla... — Sua voz é entrecortada. — Quero você na minha cama.

Quero dizer que sou sua, mas me falta voz, me falta fôlego.

Ele me coloca para dentro de casa e me leva para o seu quarto. Não consigo nem ver o local direito porque logo me ataca com toda a ganância que seu desejo lhe permite.

Jaime me abraça novamente, suspirando no meu pescoço.

Aperto-o contra mim, colocando com afinco as minhas unhas em suas costas e logo tenho a ideia de tirar sua blusa com pressa. Na praia, tive a visão perfeita do seu peitoral, agora eu quero sentir. Quero tocar.

Ele parece receber pequenos choques quando toco seu peito. Aliso da mesma forma como ele me tocou. Sem cautela, colocando para fora apenas o prazer.

Ele me olha de lábios entreabertos, profundamente, sem hesitar.

Jaime faz o mesmo comigo e retira as alças da minha blusa.

A falta de luz não é um problema, com a mansão toda em vidro, a claridade dos relâmpagos me dá a visão perfeita do seu atraente corpo e rosto.

Deus, isso só pode ser um sonho!

Ele me dá mais um dos seus beijos de me tirar o ar, como se me provasse que não, não é um maldito sonho erótico. Está acontecendo. Eu e meu empresário. Eu e Jaime Soares.