"O Gatilho"

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15 de Março, 1974

Segundo dia de missão. 

Ontem rastreamos cinco alvos, interceptei cartas e papéis de aluguéis de carros. Caminhos por uma praça perto de onde estávamos, limpamos e montamos as armas, relemos os arquivos e planejamos sete planos de ataque diferentes. 

- Vamos conseguir eliminar três amanhã e dois no último dia. - Bucky limpava o cano de uma arma enquanto eu rosqueava um silenciador em uma pistola.

- Não vai ser difícil... Eles são alvos, mas não acreditam que são importantes a este ponto. 

- Ao ponto de serem mortos?

- Você me entendeu... - Sorri discretamente. - Nosso segundo dia aqui não está sendo tão ruim quanto eu pensava... Tenho arrepios só de pensar que vamos voltar para a Sibéria. 

- Nem me fale... - Percebi que ele balançou a cabeça bruscamente. - Vão me reiniciar e me congelar de novo...

- Eu sei que teremos mais algumas missões juntos... Você...

- Não vamos bolar nada agora... Me dê mais duas missões... Na quarta nós tentamos. Não temos garantia de nada...

- Você acha que não vai dar certo?

- Nunca se sabe... Olha lá! Ele está ali! - Bucky saltou da cadeira, engatilhou a arma enquanto fechava a cortina. Abrimos alguns buracos na parede ontem de noite para enfiarmos o cano, e na hora certa, o soldado poderia acertar nossos alvos em cheio.

Um homem entrou na sala do prédio à frente do nosso. Michelle Sainte e seus dois comparsas Hugo e Hilbert Guida. 

- Você tem que ser rápido, as armas são de alta mira e calibre grosso. - Meu binóculo mostrava até os poros dos homens armados.

Bucky não respondeu. 

Apenas atirou. 

Os corpos caíram um por um e mal tive tempo de associar o que estava acontecendo. 

- Pronto, venha. - Ele se levantou e me puxou pela mão. Guardamos as armas em um estojo e fomos em direção a recepção. - Já alterei a data e disse para o recepcionista que não ficaríamos aqui para o dia todo da última estadia por conta de um passeio imperdível. Finja.

Bucky estava no modo Soldado Invernal semiconsciente. Um oficial do exército sempre acata suas ordens. Não importa quem as dê.

- Me dá a faca e a pistola. - Parei atrás dele enquanto esperávamos o elevador. 

- Por que? Para quê?

- Tem algo estanho com o recepcionista. Só me dê a minha arma. 

- No meu bolso esquerdo. - Enfiei a mão no sobretudo dele e coloquei os objetos no meu. 

O senhor da recepção estava lendo um jornal atrás da bancada, mas resolveu nos parar.

- Tão cedo? - Ele fitava o papel cheio de notícias. 

Nós dois o encaramos. Coloquei o dedo no gatilho. 

- Temos que ir para não perder o trem. 

- Muito bem, agentes. Hail HYDRA. - O homem sorriu e mordeu uma cápsula de cianureto. 

- Por que ele se matou?

- Sabe demais e se for pego poderá ser torturado... 

- E dar uma descrição física de quem matou o trio ternura. 

Cavaleira das Trevas • Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora