"A Mudança"

778 64 26
                                    


10 de Junho, 2013

- Nossa, você parece um cadáver em forma e bem conservado. - Uma voz bem próxima ao meu ouvido me atordoava ainda mais. 

Minha cabeça girava e não tinha controle sobre meus movimentos. Aos poucos associei o timbre com uma figura: Yelena. A Viúva me arrastava pela instalação da HYDRA enquanto saia da suspensão. 

- Vou te levar até o aeroporto e de lá você embarca para Nova Iorque. Natasha está lá, te esperando. - A loira me senta em algum lugar e começa a me maquiar, ajeitar meu cabelo e me trocar. - Não, não sei onde está Bucky. 

Devo ter apagado por alguns minutos, mas quando acordei estava em um carro. 

- Acorda! Preciso de contar uma coisa! - Belova me chacoalhava. - A HYDRA está atuando de forma diferente e a Sala Vermelha não existe da mesma forma. Estão encobertos pelo governo russo e operando através da SHIELD, uma organização que supervisiona heróis.

- Bom dia para você também. - A luz penetrava o fundo da minha cabeça e agonizava meu ser. - E qual é minha missão?

- Viver? Achar seu namorado? Se unir aos heróis? - Yelena para o carro no acostamento antes de prosseguirmos. - Helena, você não foi feita para ser vilã! Corrija isso! Naquela bolsa tem tudo o que você possa precisar e o que eu posso te fornecer. 

A jovem volta a dirigir.

- Obrigada! - Toco no ombro da moça. - Pelo que eu me lembre, Nat quer ver você! 

Ela me olha, com um brilho nos olhos. 

- Romanoff irá me ver, mas não agora. 

Viajamos ao som de uma cantora desconhecida mas que repetia inúmeras vezes "Bad Romance". 

- Boa sorte, Agente55. - Yelena segura minha mão. - Não se esqueça disso.

Ela pisca, me solta e fecha a porta do carro. Entre meus dedos estava a corrente que Bucky me dera anos atrás. 

Entro naquela grande aglomeração de pessoas e me deixo levar pela multidão. Começo a olhar tudo o que Belova enfiara em meus bolsos, incluindo um papel escrito "Não estamos mais em 1992, leia isso:

Cara Fazia, sei que você mora no interior da Sibéria e não anda muito por estes lados civilizados. Temos câmeras de segurança, celulares, alarmes, internet, computadores, cartões de crédito e débito, muitos carros, metrô, ônibus e tudo em maior e mais perigosa/poderosa escala. Se cuide. Com amor, Hannah."

Pego o papel e o enrolo. Acho um isqueiro no bolso e finjo que seguro um cigarro. Espero o papel queimar e o jogo na lata de lixo mais próxima. 

Compro um jornal que trazia notícias mundiais. 

"Capitão América... Homem de Ferro... SHIELD... Rússia, ex- URSS..."

Espera, espera! Capitão América? Seu nome real é Steve Rogers, amigo de infância de James! Yelena disse alguma coisa sobre eu estar indo para Nova Iorque, onde Natasha está, e pelo que parece a sede de um grupo chamado Vingadores, onde Rogers frequenta, fica por lá. 

Embarco e espero pacientemente até chegar pela primeira vez na América do Norte. Após dez horas em um avião muito diferente do que estava acostumada, respiro o ar nova-iorquino e gosto. 

- Com licença! - Chamo uma senhora que aparentemente trabalha nesta barraca de flores. - Você sabe como chegar aqui? 

Aponto para a foto de uma tal Torre Stark. Ela sorri.

Cavaleira das Trevas • Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora