"A Encruzilhada"

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07 de Maio, 2023

- São meia-noite e ele está meia hora atrasado! - Sam estava ficando cada vez mais desgostoso. - Por que você insistiu tanto em vir, Bucky?

- Precisamos por um ponto final nisso tudo... Terminar o capítulo "Zemo". - James andava de um lado para o outro, em cima da travessia que nos proporcionava uma vista panorâmica entre o clube e a danceteria. 

Sinto uma presença. Empunho a arma ao ver o reflexo de um coldre duplo de ombro brilhante. 

- Zemo. - Anuncio sua chegada. 

- Perdoem meu atraso. Estava afastando alguns policiais. - O homem de sobretudo preto se aproxima. - Ah sim, uma beleza estonteante, reflexos impecáveis, uma cicatriz na costela esquerda e uma tatuagem de estrela no mesmo lado... Soldada Invernal.

- Que péssimo te ver, Comandante. - Abaixo a arma ao ver James tomando minha frente.

- Por que? Por que se aliar a nós? 

- Além de vocês terem a força necessária para derrubar o Agente Americano, quero seguir em frente com meus compatriotas... Preciso que uma pessoa aliada a ele se alie a mim.

- Para quê, berinjela? - Zemo esmaga sua touca roxa ao escutar o deboche de Sam. - Para você se virar contra nós depois de tudo?

- Tenho aliados que podem nos ajudar a derrubar esse homem. - Hemult começa a andar por entre nós e segue em direção ao Clube.

Andamos por uma viela movimentada até chegar no local. 

- Aqui está muito movimentado, prestem atenção neste rosto. - O sokoviano mostra uma foto: uma moça de cabelos ruivos encaracolado e sardas. 

Começamos a procurar em todos os cantos até entrarmos na multidão dançando no centro do lugar. 

- James! - Quatro homens me arrastam, cada um segurando uma extremidade de meu corpo. Me debato e me desvencilho da gangue. 

Corro para fora do lugar, afim de sair da multidão e ir para um lugar mais calmo. Um carro se aproxima em alta velocidade e tudo o que posso fazer é aproveitar a carona. Pulo no teto do carro e espero que percebam. Posso ver ao longe a travessia que estávamos uma hora atrás. O carro freia bruscamente, e aproveito a inércia para me lançar em direção a estrutura metálica da passagem. Me jogo por cima do guarda corpo e corro para fora da região badalada. 

Avisto a moto de Bucky estacionada no mesmo lugar onde ele a deixou. Faço uma ligação direta e saio em disparada. Em uma avenida não muito longe dali percebo cinco carros pretos tentando me alcançar. Disparo com minha única arma especial, além da arma com tranquilizantes no lugar de balas: com esse calibre grosso, posso atingir o pneu da frente de cada um dos carros e fazer com que capotem. 

O barulho dos carros raspando no asfalto, sem rumo, causa arrepios. Mas logo são substituídos por balas vindo de duas motos e dois snipers. Atinjo os snipers enquanto tento despistar os pilotos. 

Ouço outra moto, mas pelo som do acelerador é igual a essa. James. 

Sam passa voando por mim enquanto tenta jogar a moça agarrada a sua perna no chão.

Barnes atinge os dois pilotos.

- Tudo bem? - Ele berra por cima dos barulhos a nossa volta.

- Encontraram ela? - Sorrio ao ver Wilson com a mulher. - Acho que estão se dando bem... Bem mal. 

- Então você está bem. - Ele ri. - Os homens que te puxaram trabalham para o Agente Americano.

- Ou seja, para o governo. - Bucky assente.

Cavaleira das Trevas • Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora