Longa Madrugada

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"Eu acredito que nós estamos apenas um sonho de distância, de quem nós seremos" -Edge of  great. Julie and the Phantoms.

***

Steve Rogers não conseguia dormir aquela noite, a casa estava cheia, mas silenciosa, Jarvis estava na sala com Natasha e James estava no escritório com Tony, e o empregados na cozinha. Steve já havia subido e descido as escadas umas três vezes, nada tinha mudado, além do fato, de Peter ter ido dormir na casa da namorada, foi uma sugestão de Tony, levando em consideração que o garoto estava tendo crises de ansiedade, e Tony precisava que pelo menos um de seus filhos estivesse bem, pelo menos Peter ele podia proteger.

Steve suspirou e saiu do quarto, esperar por uma ligação, um e-mail ou o que fosse estava insuportável naquela madrugada, várias informações que não batiam, que atrapalhavam as buscas e tudo por que algumas pessoas eram gananciosas  demais para colocarem a mão na consciência e não atrapalhar uma família, outras pessoas apenas queriam ajudar, mas estavam confusas e atrapalhava mais, e então havia um pequeno número de pessoas màs que davam notícias falsas apenas por diversão, e todos os outros Steve poderia entender, mas essas pessoas não, não entrava na cabeça de Steve como alguém poderia fazer isso. E não havia defesa.

Steve pensou em ligar para Ransom, mas não saberia o que dizer, não sabia se o irmão se importava com Morgan e tentava transparecer que não, ou se ele realmente apenas, não se importava.

Steve parou, e se, seu irmão fosse como aquelas pessoas ruins que apenas fazem coisas ruins por fazer sem nenhum remorso? Steve sentiu uma dor no peito que nada tinha haver com a dor física, mas o aperto de realização, se isso fosse verdade, então não restava nada a ser salvo no irmão. Steve entrou na sala do piano de Tony, o órgão estava destapado e aberto, a sala estava no escuro, exceto como da outra vez, a luz da lua entrava na sala, Steve foi até a janela e abriu mais puxando as cortinas para o lado, ele gostava dessa sala, gostava do jeito que ela era simples, e ficava intrigado em como a luz da lua era forte naquele cômodo, talvez por que a lua era cheia, ele deu uma risada aliviada com os pensamentos os levando a filmes antigos sobre vampiros.

  Steve nunca gostou de filmes de vampiros, nunca viu apelo em gostar da escuridão, mas até aí, ele nunca tinha estado em uma mansão com uma sala apenas para o piano que era iluminada pela luz da lua, ele riu de novo. O que se passava na cabeça de Tony Stark? Ele passou a mão levemente pelos teclados, e então se sentou na cadeira, ele arrumou os óculos sob o nariz novamente e tocou a tecla preta, o som saiu leve e baixo, tocou a tecla branca, o som leve mas mais alto, ele não entendia nada sobre piano, as aulas eram muito caras para que sua mãe pudesse  pagar quando ele se interessou, ele desistiu da ideia quando cresceu para poder ajudar em casa, era só algo que ele queria, mas não podia ter, nada novo para uma criança que cresceu com limitações financeiras. Isso o fez lembrar de seu pai, das suas origens que ele descobriu recentemente, e ainda não acreditava que a mãe tivesse escondido algo tão importante durante tantos anos, como ela pôde fazer isso? E sua avó, que escondeu uma criança da própria filha? Cada um tinha um segredo pior, e no fim foram ele e Ransom quem pagaram por isso.

- Sabe tocar? - Steve levou um susto, levou a mão ao coração e sorriu para si, pelo menos não era nenhum vampiro, era apenas Tony.

- Não - Steve diz se virando para o bilionário -, as aulas eram muito caras para que nós pudéssemos pagar.

- Você e Ransom? - Tony perguntou encostado na porta.

- Hm não, era apenas eu e minha mãe, ela adoeceu muito jovem, e então eu tive que trabalhar, e aulas de musica eram um luxo que eu não podia pagar, por mais que eu quisesse.

- O que sua mãe tem?

- Depressão, por último câncer.

- Ela se orgulha de você?

O UsurpadorOnde histórias criam vida. Descubra agora