Alberto
Deixei a Kate na mansão. Ela não se opôs em ir para casa quando soube que sua mãe ficaria pelo menos mais um dia no hospital. O médico achou melhor assim. E nós confiavamos nas suas orientações. E depois de ouvirmos toda a história pela boca do Lucio, tivemos uma perspectiva diferente. Eu só aceitei o sobrenome Fernan para que o processo terminasse logo. Eu estava cansado demais. Sinceramente estou farto. Esse assunto vem me saturando desde que tomei ciência. Assim que entrei na casa do Leandro, o encontrei conversando com seu pai. Eles se levantaram e vieram até mim. Pareciam preocupados.
- Que caras são essas? Avisei que tudo estava bem.
- Não sei como você consegue estar assim tranquilo. Tentaram te matar.
- A mãe da Kate não está bem. Isso foi um surto.
- Sei... E onde estava até agora? - O pai do Leandro me perguntou sério.
- Kate e eu fomos à academia. Lá encontramos o Lucio Fernan.
- Sério? E aí?
- Ele pediu uma reunião. Preencheu as lacunas da minha história. Descobri que tenho uma avó materna viva.
- É mesmo? - Leandro falou empolgado. - E o que mais?
- Ele me ofereceu o seu sobrenome.
- E você, o que disse?
- Resolvi aceitar. Vai ser mais rápido por causa do DNA.
- Fico surpreso com isso. Você não queria nem vê-lo pintado à ouro. - Caminhamos para a sala e nos acomodamos.
- Eu não terei uma relação de pai e filho com ele. Apenas quero resolver as coisas da maneira mais simples.
- Se é assim que prefere. - O pai do Leandro falou parecendo tranquilo.
- E a Kate? Como está? É verdade que vocês se acertaram? - Leo me perguntou curioso.
- Sim. Eu amo essa mulher. Desisti de lutar contra.
- Muito bem. Eu já sabia disso.
- E o apartamento que te pedi?
- Espera. - Leandro se foi em direção ao escritório.
- Você está sabendo que a Lusan comprou algumas empresas da Katarina?
- Sim. Fiquei sabendo pelo Lucio. Ele quem cuidou da negociação, certo?
- Pelo que o Leandro disse, sim.
- Eu quero designar um CEO para o meu lugar. A Lusan precisa de atenção nesse momento e eu me sinto cansado.
- Posso indicar alguém da minha confiança.
- Obrigado pelo apoio de sempre. Eu não sei o que faria sem vocês.
- Uma férias prolongadas. É disso que você precisa. - Leandro disse voltando para sala. Colocou as chaves em cima da mesinha de centro.
- Três quartos e morderno. Fique a vontade para usar até viajar para a França. Ei pai, falei em casamento e ele levou a sério.
- Você poderia fazer o mesmo. Quero ser avô ainda neste século. Você só quer saber de aventuras.
- Deixe para o Beto a função de te dar netos. Eu tenho amor demais para dar a uma única mulher. E amo a liberdade.
- Eu não posso falar nada. Já fui um conquistador como você. Mas é perda de tempo. Depois que encontrei sua mãe, percebi isso.
- Enquanto não encontro minha cara metade, vou curtindo a vida.
- Tente não se matar até lá.
Nós três gargalhamos.
Eu não tinha pensado muito sobre isso. Eu estou praticamente me casando com a Kate. Estou tão satisfeito com isso, mas não quero que ela se sinta pressionada a nada. Embora eu não sinta que seja assim. Ela parece tão feliz quanto eu. Além do mais, já vivemos sob o mesmo teto. Embora tenha sido algo totalmente diferente.Resolvi deixar esses temores para lá. Nos amamos, e estamos felizes com os passos que estamos dando.Eu tinha acabado de desligar o telefone. Estava conversando com minha amiga do Colégio. Ela quem me ligou para passar as últimas notícias das aulas e também para saber como eu estava. Se ofereceu para fazer um trabalho em dupla sozinha, desse modo eu só teria que me preocupar com as provas. Eu lhe agradeci profundamente. Eu não sabia de onde tiraria cabeça para estudar para os exames da semana que vem, mas tinha que focar.
De repente o telefone toca outra vez. É o professor Gerad. Eu estranhei um pouco, atendi para matar minha curiosidade.
- Bom dia? Katarina?
- Pois não professor.
- Querida estou ligando para lhe dar sinceros pesames. Não tive como vê-la hoje.
- Obrigada professor. Muito atencioso da sua parte.
- Por nada, querida. Tenho um outro assunto para tratar com você. Mas não se sinta Obrigada, certo? É apenas uma proposta.
- Pode falar professor.
- Eu vou produzir dois espetáculos neste fim de ano. Como você só irá viajar após as festas eu gostaria de lhe propor um papel em um destes espetáculos.
- Sério?! - Perguntei espantada.
- Sim! É um evento a parte da Academia. Você terá uma remuneração. Vamos fazer apenas algns atos do Quebra nozes e O Lago dos cisnes. Quero você no Quebra Nozes. Achei magnífico quando apresentou em seu teste. Mas como lhe falei, não quero que se sinta pressionada.
- Não se preocupe professor. Eu vou ter muito prazer em trabalhar com o senhor.
- Senhor está no céu mocinha. Que maravilha. Você pode vir depois de amanhã no meu Studio?
- Sim. É só me dizer onde fica.
- Certo. São Paulo vai vibrar com você.
Eu apenas sorri do outro lado. Que bom que minha vida está tomando um caminho bom. O luto está brigando com a minha felicidade, e eu não sei se é muito lógico, mas estou sentindo que ele está perdendo.
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Fragilidade ( EM REVISÃO)
Storie d'amoreCaro leitor, imagine estar no último ano da sua colégio e da Academia de dança e desde sempre sofrer pressão dos pais para ser sucessora no grupo empresarial, o que faria? Largaria seu sonho e viveria o que seus pais impuseram? Alberto também tem um...