3 Capítulo

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Estava nervoso.. porque? Nem eu sei, minha laranjinha me tem em suas mãos, pode ser muito rápido, mas eu já sinto algo muito forte por ela... E olha que eu nunca tive relacionamentos sérios, na verdade.. nenhum, não passava de algumas peguetes, só. Nem mesmo pro 2 passo eu fui, eu sou muito reservado... Não quero sair com qualquer garota e pegar uma doença.. Então aqui estou eu.. um homem de 24 anos  virgem! Se eu ligo? Quero que vá todo mundo pra puta que pariu, tô nem aí. As pessoas gostam de rotular muitas coisas, como o cara tem que ser o pegador, o experimente, e a mulher a reservada, casar virgem, aaa vão se foder! Sociedade hipócrita, o homem pega quem ele quiser, assim como a mulher também pode pegar quem ela quiser, se eu sou virgem não foi por falta de opção, foi porquê eu quis, e vai continuar sendo assim até a minha laranjinha querer algo a sério comigo... Ah siim... Pela laranjinha eu sou capaz de tudo.
Vejo o horário e era umas 4 horas, me arrumo, pego a coleira do Bob, e vou pra casa da Laranjinha.. estou com saudades dela.. Eu vou me foder muito se ela não quiser algo sério comigo... A mulher me tem de quatro sem ao menos saber.
Chego em sua casa, toco a campanhia, ela aparece com uma roupa MINÚSCULA,  e o meu pau agredece muito pela recepção, ótima recepção na verdade, encaro seus seios que estão com o bico a mostra por conta que ela não está usando sutiã, puta merda... Ela quer acabar comigo só pode.... Ela nos convida pra entrar e faz carinho no meu cachorro, traidor. Eu queria esse carinho também :(.

— Você poderia ter avisado que estava vindo... Olha pro meus trajes. - Fala encarando a própria roupa, depois me encara. Ah querida... Se você soubesse o quão maravilhosa ficou nesse traje....
— Está linda assim. - A vejo corar.
— Então, vamo se sentar e conversar um pouco.. eu quero saber mais sobre você... Acho que uma conversa séria legal né?
— Sim, pode ser... - Falo e tiro a coleira do Bob que já vai se deitando no chão, deve estar cansado de tanto caminhar.
— Mas antes pode pegar um pouco de água pro Bob? Ele deve estar com cede.. caminhamos um pouco.
— Certo, eu tenho uma vasilhinha de cachorro lá na lavanderia, só um momento vou pegar. - Fala e saí, e eu como não sou idiota já olho pra sua bunda.... Pqp, se segura Scott.. KRL.

Vou buscar a vasilha pro Bob, percebo seu olhar me secando... Será que ele gosta de mim de alguma forma? Porque se for só pra ser mais uma eu não vou aceitar... Vou falar com ele sobre isso, somos adultos, não tem porquê ficar enrolando. Pego a vasilha vou na cozinha coloca água, pego uma jarra de água na geladeira e um copo e levo pra sala coloca a jarra com o copo na mesinha e a vasilha com água no chão pro Bob, que logo vem beber.

— Peguei pra você, deve estar com cede também. - Aponto pra jarra com água, ele logo se serve bebendo.
— Então... Eu queria saber primeiro uma coisa... Se for pra se aproximar de mim com o intuito de querer só uma noite eu sugiro que pare! Sério, tem várias mulheres que dariam de tudo pra ter você, mulher mais bonita que eu até... Então se for essa a sua intenção eu peço pra que vá embora.. - Falo sem olhar em seu rosto.

Sinto quando ele vem até mim, me faz virar o rosto em sua direção... Nosso rosto está a centímetros de distância, ele me encara.. sinto nossas respirações ofegantes, quando ia pronunciar uma palavra ele me cala com um beijo, sinto suas mãos em minha cintura em um aperto possessivo, porém não machucando, fico na ponta dos pés pra poder o beijar melhor, envolvo minhas mãos em seu pescoço, ele me suspende me colocando em sua cintura, o beijo começou lento e carinhoso, agora já estava selvagem e rápido, sinto suas mãos em minha bunda em um aperto gostoso, soltei um gemido abafado pelo beijo, sinto algo duro encostado na minha barriga, nós afastamos pela falta de ar, o olho e sinto minha cara pegando fogo, escondo meu rosto eu seu pescoço e ele ri, dou um tapa em seu ombro.

— Eu não quero uma noite... Nem 2 noites... Eu quero mais que isso, eu sinto algo muito forte por você... Eu quero ter uma família com você... Eu sei que isso é tão repentino... Aconteceu rápido... Porém eu já não consigo viver sem a sua presença, você me faz bem Laranjinha. - A faço olhar pra mim e vejo seu rosto corado, lhe dou um selinho.
— Eu também gosto de você... Já que isso está esclarecido vamos conversar e nos conhecer melhor... - tento descer do seu colo mais ele não deixa e me puxa mais fazendo uma fricção com nossas intimidades, gemi com o atrito.
— Não saia. - Falo e me sento no sofá com ela em meu colo, sua cara vermelhinha só me deixa mais duro,  mais não vou fazer nada disso ainda, eu sei que a minha Laranjinha é virgem... Só o seu jeito já demonstra muito isso.
— Então... Me fala sobre o seus pais?
— Eu não conheci eles... Eles morreram quando eu ainda era um bebê, fui criando em um orfanato.

Vejo sua carinha de dor ao lembrar disso, será que essas pessoas do orfanato machucava ele? Fiquei triste e com raiva só de imaginar isso, puxo sua cabeça pro meu peito fazendo um cafuné.

— Tá tudo bem bebê, não precisa falar sobre isso se não quiser.. sei que deve ser ruim.
— Não tudo bem... Eu vou falar, assim fica mais fácil de falar sobre o meu "segredo" também.. e o motivo dele, lá no orfanato eles eram muito rígido, não podia mexer em nada e se quebrasse algo... Levava uma surra. - Falo com uma dor no peito, me recordando das lembranças de anos atrás.

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Estava correndo com os meninos quando Alex derruba o vaso de vidro importado, ele era muito novinho, tinha apenas 4 anos.. Eu tinha 10, sabia que iriam bater nele de qualquer jeito, então quando a diretora apareceu eu assumi a culpa.

— Me desculpa Tia, eu estava correndo... Foi sem querer. - Falo olhando pro chão.
— SEU MULEQUE IMPRESTÁVEL, ALEM DE ÓRFÃO, SÓ ME DÁ PREJUÍZO, VOCÊ VAI VER SÓ SUA PRAGA. - E me carrega pra sala da tortura.. era uma sala de limpeza na verdade... Porém toda vez que alguma criança "aprontava" algo, ela trazia pra cá e batia... E dessa vez não foi diferente.

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— Que filha dá PUTA DESGRAÇADA, como ela teve coragem de fazer isso com uma criança??? Meu Deus... - Falo olha pra sua carinha triste e me corta o coração... Vejo seus olhos no meu seio, mas disfarço, deve ser porque eles estão próximos do seu rosto só isso.
— Mas então me fala sobre você.. vamo esquecer isso, tá no passado, já superei...
— Certo, bom... Meus pais morreram e eu vivi com a minha avó... Que morreu recentemente.. Aprendi tudo com ela... Vovó Ana era um doce... Amava cozinhar.. meu avô era apaixonado por ela, ela fazia tudo com um carinho... Mesmo depois de velhos o amor deles não se acabou. - suspiro me recordando dos momentos bons.
— O nosso vai ser assim também. - Falo e a vejo corar, sorri.

O Garoto do ÔnibusOnde histórias criam vida. Descubra agora