O Garoto do Ônibus

Prólogo

              (Capítulo revisado✅)

POV Clara

Fecho  minha loja e suspiro cansada, porém feliz! Foi muito duro abrir minha própria loja, muitas noites mal dormidas mas hoje graças a Deus tenho meu próprio negócio, que anda muito bem. Todos amam a minha lojinha de doces, não é luxuosa mas é um local acolhedor e muito organizado. Caminho em direção ao  ponto de ônibus pacificamente, chegando lá me encosto no banco esperando o ônibus, vejo no celular e ainda faltava 10 minutos pro ônibus passar, observo que algumas pessoas estavam me olhando e cochichando.. será que é por conta das minhas sardas? Eu não tenho problema com minha aparência... Muito menos com meu corpo, gosto dele como é, quem não gosta paciência. Porque quem tem que gostar sou eu!

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Pov Scott

Saio do trabalho, hoje o dia foi bem agradável, porém cansativo. Só quero chegar no meu apartamento, ver a minha bola de pelo tomar um banho comer e cair na cama... Eu fico pensando muito em ter alguém comigo... Uma pessoa que me ame e me dê carinho, balanço a cabeça espantando esses pensamentos, quanto mais eu pensar nisso pior... Aliás quem iria me aceitar com esse problema que eu tenho?.. Pois é! Ninguém.
Caminho até o ponto de ônibus, observo uma ruiva extremamente linda, pqp ela é PERFEITA!!! Tanto de rosto tanto de corpo.. Fiquei hipnotizado... Imagina eu e ela.. e o Bob, eu tenho certeza que ele iria amar ela, balanço a cabeça de novo, nem a conheço euem, vi ela agora é estou assim? Meu Deus! Eu não sou assim não. Vejo que estão olhando pra ela e ela se sente desconfortável, observo o porque deles estarem observando tanto e cochichando, ela se vira de costas e posso observar a mancha de sangue em sua calça.. Oh... Ela não deve nem imaginar, e as pessoas nem pra avisar, bando de ridículos! Me aproximo dela, tiro o casaco e coloco em sua cintura, ela se vira assustada, e eu falo.

— Sua calça está manchada de sangue, infelizmente as pessoas não tem o bom senso de avisar ou pelo menos disfarçar. - A vejo arregalar os olhos e logo cora.

— Oh... Eu.. meu Deus... Por isso estão me encarando, aí que vergonha. - Olho pra baixo sentindo minhas bochechas queimarem.

— Hora, não sinta.. é algo normal, as pessoas que não sabem naturalizar isso. - Sorrio com seu jeito tímido, ela vermelha desse jeito só me faz  acha-la mais linda.

— O seu casaco... eu agradeço, mas não posso aceitar, você deve estar com frio, eu tiro o meu, obrigada mesmo assim. - Quando ela faz menção de tirar a  interrompo.

— Não estou com frio, pode ficar eu insisto.

— Tudo bem... É.. é... Você costuma pegar o ônibus esse horário? Pra eu.. é.. entregar de volta pra você. - Me olha e eu fico hipnotizado mais uma vez, saio do transe.

— Sim, costumo sair esse horário.

— Então amanhã eu lhe entrego. - Sorri, ele sorri de volta e que sorriso senhoras e senhores, já falei que além de educado é um Deus grego? Aii Deus, quem dera viu.

Vejo o ônibus se aproximando, entramos. Me sentei perto da janela e ele  ao meu lado.

— Então é... Do que você trabalha? - O olhei querendo falar mais com ele e saber sobre sua vida.

— Sou engenheiro civil e você?

— Sou confeiteira, tenho minha própria loja, abri recentemente. - Sorri.

— Onde fica? Quem sabe eu não passe para degustar um dos seus deliciosos doces. - Falei brincalhão, e ela soltou uma risada gostosa de se ouvir.

— Fica perto do ponto.. não tem uma loja das casas Bahia ali perto?

— Sim.

— Então, seguindo reto você acha uma lojinha de doces, é a minha. - Falo e coloco uma mexa do cabelo atrás da orelha.

— Irei amanhã pela manhã. - Sorri.

— Ficarei feliz em atende-lo. - Sorri de volta.

Minha parada já estava próxima, me levanto e tento alcançar a cordinha mas é muito alta, ele vendo meu desespero se levanta e puxa... Só aí me dou conta de seu tamanho.. Dios... O homem é um poste humano, ele tem uns 2 M, juro.. não tô brincando, comparado a mim que tenho 1,62... Olho pra ele ruborizada, minha cara bate no seu peitoral, o olho, ele também me encara e sorrio tímida. Passo por ele e desço , fico triste por não estar na sua presença, mas logo mudo minha feição pois ele disse que vai passar em minha lojinha amanhã, balanço minha cabeça.. o que estou pensando? O vi hoje... Deus... Eu não sou assim, esqueci isso Clara. Falei comigo mesma, fui caminhando até minha casa, entrei fechei a porta e fui pro quarto, tomei um banho, saí do banheiro vesti meu pijama  olho o casaco dele encima da cama, não sujou de sangue.. falar em sangue, eu tenho que ir em um ginecologista.. minha menstruação é toda desregulada, olha o que essa maluca me fez passar, se bem que foi uma coisa boa... Pelo menos eu conheci ele.. coloco seu casaco no meu guarda roupa, me deito e caio num sono profundo.

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Assim que ela saí do ônibus me sinto triste... Um sentimento de vazio, mas amanhã como falei, irei na sua loja.. quem sabe não viro um cliente frequente, sorrio com a idéia de vê-la todos os dias.. Alguns minutos passam e desço no meu ponto, entro no prédio e vou direto pro elevador, coloco meu andar, logo sou recebido por uma bola de pelo feliz.

—Oiii garotão, eai? Aprontou muito? - Falo com Bob, ele balanço o rabinho e coloca a língua pra fora eufórico, nada melhor que uma recepção dessas, na verdade... Teria como melhorar... Tento esquecer a idéia e vou até meu quarto. Tomo meu banho, fico só com uma cueca como de costume e caio no mundo dos sonhos.