Rebecca sente que está ficando louca desde que os pensamentos começaram a consumi-la. Não gostou de perder sono, mas amou imaginar a mão de Sarocha junto da sua, e seus braços sendo capazes de envolver o corpo que é maior do que o seu. Enquanto imagina, sente que é a coisa mais certa do mundo, mas depois se arrepende, temendo não ter o direito de colocar Sarocha em tal emboscada. É um ciclo sem fim. Rebecca amaldiçoa sua mente, que nunca a obedece, que sempre se aventura em cenários tão surreais que acabam fazendo-a acreditar em veridicidades absurdas, como se fossem fantasias existentes e utopias possíveis. [...] Enquanto está parada na porta, analisando a reação de Rebecca, Sarocha não pode deixar de reparar que é a primeira vez que alguém que não faz parte de sua família adentra seu quarto. A sensação é estranha, a deixa nervosa. Ela imagina se Rebecca vai querer se deitar na sua cama. Não se importaria se o cheiro dela ficasse em seu travesseiro, ela gosta do cheiro de Rebecca, e da voz de Rebecca... e de conversar com Rebecca. Resumindo, Rebecca é uma das poucas pessoas de quem Sarocha genuinamente gosta.
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