Loki e Thor, como se arrumaram primeiro, seguiram antes para a casa de Sif. Cada um usando a sua máscara e trajando roupas diferentes das que usavam habitualmente. O intuito daquele baile era se camuflar.
Sigyn seguiu depois. Foi sozinha, mesmo que Balder estivesse aguardando-a no saguão de entrada do palácio.
Usava um vestido vermelho, longo, de magas compridas e com poucos detalhes, já que a princesa era conhecida por seus vestidos incrivelmente bordados. Queria passar despercebida. Tanto pelos convidados do baile quanto pelo seu próprio noivo.
Caminhou devagar pelo salão e não evitou alguns olhares curiosos. Essa era a brincadeira, tentar descobrir quem era quem. Quando ficasse claro que uma pessoa havia sido reconhecida, essa revelava o rosto.
Haviam outras quatro ruivas, com a mesma tonalidade de cabelo que o dela, então poderia se camuflar tranquilamente.
Usava uma máscara que descia de uma ponta sobre a têmpora, passando por sobre os olhos bem maquiados e por fim se encerrando em outra ponta, no lado oposto do rosto, em direção ao queixo, de forma a lhe ocultar quase toda face. Era feita de veludo preto e detalhes em renda, com vários arabescos e contas. Apenas deixava evidentes seus olhos azuis, que permanecia observando a festa, atentamente.
Também tentava identificar alguém. Já sabia quem era Sif e Dirta, justamente porque viu seus vestidos enquanto estava arrumando a deusa da guerra, mas não ousou aproximar-se delas. Percebeu Fandral mais ao fundo, porque esse fez questão de não usar máscara. Disse que as damas iriam ficar chateada se ele escondesse os seu magnifico rosto.
Identificou também Volstagg, que não se afastava da mesa de comida e Hogun, por causa de sua habitual falta de humor. Ele estava encostado em uma das vigas do lugar, com os braços cruzados. Sem contar que não trocou as suas roupas. Parecia que havia sido arrastado para a festa, provavelmente por Fandral.
Mas não eram eles quem ela queria encontrar. Não identificava seu irmão e muito menos Loki. Achou até que o deus da trapaça havia usado uma nova aparência para si. Se caso fosse, seria o campeão daquela brincadeira.
Encostou-se em uma das paredes e continuou observando a todos, até que lembrou-se do que Loki e ela acertaram algumas semanas antes. Levou sua mão até um dos brincos e o retirou. Voltou a caminhar e virou-se de costas para uma parede, quando Balder entrou no salão. Não podia deixá-lo reconhecê-la.
- Você não me ouviu, não é? - perguntou aquela voz tão familiar as suas costas. Ela não conseguiu evitar sorrir.
- Não te ouvi em que? - questionou enrubescendo.
- Aquele vestido. - Ele olhou para a roupa da ruiva. - Ainda acho que teria feito bastante sucesso. - Loki sorriu ao falar e recebeu uma tapa no braço, no mesmo instante em que Sigyn virou-se rindo. Ele vestia uma roupa mesclada entre o marrom, preto e vermelho. Completamente divergente do que usava, tanto que não parecia ser Loki ali. O verde era característico dele. A máscara, também preta, era semelhante a de Sigyn. Exceto na parte superior, que era arredondada. Os cabelos negros estavam penteados para trás e os olhos pareciam mais claros aquela noite. - Em que precisa de mim? - perguntou olhando a orelha da mulher, faltando o brinco.
- Só queria ter certeza que você estava atento. - respondeu ela sem desviar o olhar de Loki. Na verdade, queria ter a companhia dele.
- Eu sempre estou. - respondeu sorrindo. Os músicos começaram a tocar e Loki estendeu a mão para a ruiva. - Dança comigo?
- Achei que não fosse convidar. - respondeu segurando na mão do deus e sendo guiada até a pista de dança. Foi um dos primeiros casais que se dispuseram ali. Era comum que os bailes iniciassem com uma música lenta e que seguissem músicas dançantes por toda a noite e não seria diferente nesse. Sigyn aproximou-se de Loki enquanto o deus segurava em sua fina cintura. A mão esquerda da ruiva pousou no ombro de Loki enquanto que a direita, apertava a mão do moreno.
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Sobre Humanos e Deuses | Loki
FanfictionDurante muito tempo, Roxie ficou sob os cuidados e treinamentos do governo dos Estados Unidos. Tempo consideravelmente grande para um humano, mas soava apenas como um piscar de olhos para ela. Ela não era uma humana comum. Depois de todo esse tempo...