1 - Um ômega diferente

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Jeon Jungkook's P.O.V.

É definitivamente difícil ser um ômega, filho de um casal e família constituída pela a maioria, de alfas. Penso que, por esse fato, eu ainda não tive um cio, ou algo parecido. Já fui encaminhado para muitas diferentes consultas com médicos, que diziam que, mesmo essa demora, eu estava saudável. Mesmo eu achando ter nascido defeituoso, eu felizmente, tenho uma família que me ama muito e, consequentemente, me protege até de mais. Foi um sacrifício eu convencer meu pai de me deixar jogar basket na escola, porque, na cabeça dele, meu cio poderia vir e, os outros garotos poderiam se aproveitar de mim e, eu não tiro a razão dele, pois, ele estava certo que, aquilo poderia realmente acontecer, já que o time, era constituído apenas por alfas, os descolados da escola.

Consegui fazer um acordo, no entanto, de que eu deveria tirar notas muito altas e, sempre voltar para casa na hora certa, sempre avisando com antecedência qualquer possível atraso. Minha mãe, Marli, acha que eu deveria aproveitar todas minhas chances e oportunidades, mesmo sendo um ômega e, esse mundo, ser um perigo. Ela possuí olhos escuros, como os meus, porém, cabelos claros, sendo estrangeira. Meu pai, é igual a mim, então, talvez seja por isso que ele me protege tanto, já que seu filho único é tão parecido consigo e teve a fatídica sorte de nascer ômega.

Outra sorte que penso em ter, é o fato de meus pais serem mente aberta, sobre o fato de que, como eu sou ômega, consequentemente eu ficaria com um homem alfa. Fiquei nervoso, com a conversa, já que eu ainda não havia pensado sobre namoro, mas, eles estavam preocupados em ter certeza de que eu não tivesse medo em me abrir com eles, caso eu conhecesse alguém.

Já, na hora do café da manhã, em plena segunda, pronto para ir tomar café e, ir para a escola, de jaqueta preta, moletom cinza, calça jeans preta e um tênis vans; ouço uma pequena discussão vinda da cozinha, com as vozes de meu pai e, meu tio, Dojun. Chego sorrateiro, com a mochila nos ombros, escutando o porquê de tudo aquilo.

- Não sei porquê você dá tanta liberdade para esse garoto - meu tio diz, claramente irritado, sendo ouvido em seguida, o som da xícara sendo posta na mesa. Somos uma família grande e, com uma grande fortuna. Meu tio, sendo solteiro, decidiu morar com seu querido irmão e sobrinho, acredito eu, por pura diversão - ele é ômega! Já possuí dezessete anos! Deveriam estar procurando alguém para casar com ele! - gritou.

- Ele é jovem, está na fase de querer descobrir as coisas - meu pai se pronunciou, se sentando na ponta da mesa, próximo do meu tio, começando a tentar comer o café da manhã - Marli e eu concordamos que ele precisa disso, mesmo sendo, perigoso para ele - diz cabisbaixo. Sinto meus olhos lacrimejarem, quando uma mão pousa no meu ombro, me fazendo soltar um leve grito e, ser descoberto. Era minha mãe.

- Vamos comer, querido - puxou meu queixo e deixou um beijo em minha bochecha. Assenti e a segui para dentro da cozinha, tendo o olhar sério do meu tio sobre mim e, um sorriso vindo do meu pai.

- Sente aqui, Jungkook, eu fiz panquecas, sei que você adora - disse aparentemente mais feliz, diferente de segundos atrás. Meu pai, realmente, me ama muito e faz de tudo por mim.

- Obrigado, pai - me sento ao seu lado, logo começando a comer. Porém, foi a todo tempo, desconfortável, com os olhos fumegantes de meu tio, sobre mim. Não sei, sinceramente, porque ele ainda mora conosco. Acho que ele deveria encontrar logo sua parceira e dar o fora.

- Isso é roupa para se usar em uma escola particular, garoto? - ouço meu tio dizer em desdém.

- Pare com isso, Dojun, é uma roupa devidamente apropriada e, quem decide se ele pode usar ou não, sou eu, a mãe dele - minha mãe se pronuncia, largando um prato de panquecas com certa força, ao lado do meu tio, com um olhar irritado. É, ter pais alfas, tem lá suas vantagens.

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