DNA

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Chegando a clínica, um silêncio acompanhou nosso caminho até a recepção do local. Minha chefe, eu e a garotinha, entramos no laboratório depois de esperar por pouco tempo na recepção.

— Sra. Montgomery, por favor segure o bebê. — A enfermeira me pedia e eu demorei um tempo para entender.

— Ah, eu não...

— Só segure logo a garota Meredith. — Minha chefe estava irritada pela médica estar tirando sangue dela.

Primeiro me confundiam com a esposa e agora ela me chama pelo nome sem colocar o senhorita na frente, aí fica difícil explicar a situação.

Me concentrei no que a enfermeira pediu, e só depois voltei minha atenção novamente para ela. Minha chefe estava um pimentão de nervosa e medo. Pelo que aprendi durante o tempo de serviço com ela, Addison Montgomery tinha pavor de injeções.

— Eu vou segurar. Mas quer que eu te ajude também? — Perguntei rindo da cara dela.

— Alguém vai tirar férias permanentes se continuar com esses sorrisinhos no rosto. — Suas palavras me fizeram engolir em seco.

— Já entendi. — A graça tinha morrido.

Acabando a coleta dos materiais, minha pequenina começou a chorar. Nós saímos do laboratório e um enfermeiro conhecido trouxe um doce para a calmar a garotinha.

— Obrigada Deluca. — Disse agradecendo.

— Você ainda se lembra de mim? — Ele pareceu feliz.

— Claro, foi minha salvação nas aulas de inglês. Como eu poderia esquecê-lo.

— Ah, que nada, só ajudei um pouco. — Ele continuava tímido como sempre.

— Não seja modesto, passava quase 10 horas seguintes estudando por uma semana.

— Foram tantas assim?

— Pois é, todo o esforço valeu a pena. — Disse me lembrando que gabaritei a prova.

— Estes devem ser sua esposa e filha, não é? — Ele estendeu a mão para minha chefe. — É um prazer conhecê-la.

Eu não sabia como explicar e só imaginava a confusão que seria.

— O prazer é meu. — Minha chefe a cumprimentou antes que eu dissesse algo. — Nos desculpe, mas precisamos ir.

— Ah, claro. Não quis interrompê-las.

— Vamos Meredith. — Ela pegou em minha mão e partimos para o estacionamento.

Nem me deixou ter chance de me despedir do meu amigo. Que Mulher chata, até parece que não queria que eu conversasse com Deluca

O mais estranho é que antes ela sempre evitou ter qualquer contato físico, no entanto pegava em minha mão tão firmimente quê parecia não querer solta-la nunca mais. 

Minha Ceo insuportável.Onde histórias criam vida. Descubra agora