Minha Ceo insuportável.

Familiaridade

— E agora? Há mais alguma coisa quê devemos fazer? — Ela me perguntou enquanto eu ajustava a menina na cadeira que havíamos acabado de comprar.

— Não, agora só nos resta esperar duas semanas para termos os resultados nas mãos. — Respondi finalizando o encaixe do sinto de segurança para o bebê.

— Serão duas longas semanas... — Ela suspirava angustiado.

Ela ligou o carro e saímos do estacionamento da clínica. Demoramos cerca de uma hora para chegar a casa dela.

— Você só comeu porcarias nas últimas horas , não foi? — Perguntei a garotinha.

— Ah, com certeza. — Minha chefe terminou por responder. — Peça o jantar naquele restaurante que costumo a pedir no trabalho.

— Sim, senhora. — Eu não tinha ido a empresa, mas meu dia foi tão corrido quanto era no trabalho.

Liguei para o restaurante e me esforcei na cozinha para dar o melhor a pequena. Ovo mexido com tomate, arroz e de sobremesa, doce de abóbora. Estava servindo a bebê, quando notei minha chefe com os olhos fixados no prato.

— O jantar a ainda vai demorar, quer um pouco? — Perguntei vendo a vontade nos olhos dela.

— Se você diz que vai demorar, seria bom comer algo por enquanto. — Ela se sentou ao nosso lado na bancada invés de sentar na frente como de costume.

Antes dela se juntar a nós o prato era dividido entre colheradas para o bebê e para mim, mas agora teria que dar para os três. Parei de comer e sem prestar muito atenção, acabei fazendo aviãozinho para a bebê e para minha chefe também, e ela nem mesmo se recusou a ganhar comida na boca.

A campainha tocou e fui com a bebê pegar os pedidos, minha chefe tinha ido ao banheiro. Deixei as sacolas em cima da bancada e fui para a sala com a bebê nos braços e o telefone na mão.

— O que acha de darmos um nome pra você? — Perguntei para menina que sorria toda vez que eu lhe dizia algo.

Pesquisei por vários sites e vi muitas ideias, mas ainda não tinha um nome que ficasse bem na pequenina.

— O quê está vendo? — Minha chefe apareceu com o prato em cima de minha cabeça, ela vistoriava meu celular.

— Estou tentando encontrar um bom nome para esta pequena. — Disse rolando a página do site.

— Eu acho que lhe cairia bem, Allison.

— Allison?

— Sim, minha avó se chama assim. Como ela morreu, acho que seria uma homenagem apropriada. — Suas palavras me deixavam feliz.

Então se o teste desse positivo, minha chefe criaria a filha da forma que se deve.

Eu conhecia pessoas que viverão por muito tempo em orfanatos e pelo que me contaram a vida é difícil para um órfão.

Ouvi-la dizer aquilo me deixou mais relaxada e então resolvi que aceitaria aquele nome de bom grado, mesmo que a pequena menina não fosse minha, ainda sim era como se fosse desde o momento em que a vi sorrir para mim.

— Será perfeito então. — Sorri para minha chefe e brinquei com Allison lhe ensinando seu novo nome.

Ficamos na sala por um bom tempo conversando e nos divertindo, como se fosse natural aquela atmosfera de família.

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