Final 1 - "pé no chão"

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Olá queridos leitores. Nossa fic chega ao fim e como prometido ha dois finais. Pra aqueles que vão ler os dois o começo é igual, muda quando elas saem do restaurante, aí vocês podem pular no outro final.

Nota: Pra quem estiver com dificuldade de entender minha bagunça 😁, quando o texto estiver escrito igual a esse(itálico) preciso que vocês imagem a 📷 voltando no tempo pra mostrar a cena e quando o texto estiver normal é como se a 📷 voltasse pro presente. Só isso mesmo. Boa leitura ❤️❤️

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Antes que Lena pudesse começar fizemos nosso pedido. Ela foi de ostra, já eu pedi algo mais simples, sinceramente nunca tive o desejo de provar esse prato, mas ela pareceu estar bem habituada.

- Quando saí da sua casa fui direto pra mansão dos Luthor. Não pisava lá há muito tempo. Me lembro de me esconder na casa da arvore toda vez que meu pai ficava bêbado, era o meu refugio.

Permanecia em silencio, acho que ela precisava mesmo desabafar. Seu rosto havia mudado completamente numa triste melancolia.

- Chamei uma psicóloga pra que fizéssemos as seções na mansão. Por mais difícil que fosse aquele era meu lar desde pequena. Quando meu pai me trouxe pra morar com ele, Lex estava jogando xadrez e não demorou muito pra que eu compartilhasse da mesma paixão. Levou algumas semanas pra que eu conseguisse falar.

- Lena, estamos nisso há semanas e não respondeu nenhuma das minhas perguntas.

- Me lembro de ter respondido.

- Respostas como: bom, eu não sei, acho que sim não são respostas. Preciso que comece a falar.

- "..."

- Ok. Me responde uma coisa. Por que quer fazer isso?

Dei de ombros.

- Acho que tá fazendo isso pelas razões certas mas pelo motivo errado.

- Como assim?

- Disse que queria se livrar de algumas necessidades pra poder viver uma vida correta com uma certa pessoa. Finalmente ter um relacionamento, como você mesmo disse certo?

- Sim.

- Só que você tem que entender, Lena, que tentar mudar por outra pessoa só funciona até certo ponto. E esse ponto é o fato de eu estar aqui, mas não vai passar disso até que queira fazer isso por você.

- Aquelas palavras me acertaram em cheio, Kara. Não tinha certeza se eu queria mudar, tava tão acostumada a ser do jeito que eu era. Era tão mais fácil.

- Mas não era o melhor, era?

- Não. Um dia não aguentava mais os pesadelos, as crises de choro, a vontade de... sentir dor.

Engoli em seco com a lembrança do que presenciei no armazém, ver Lena daquele jeito, tão necessitada foi um dos momentos mais tensos da minha vida.

- Então um dia eu contei tudo o que passei pra doutora.

- Está ressentida por que acha que sua mãe te abandonou.

- Ela preferiu as drogas a mim.

- Então acredita no que sua mãe adotiva disse. Sobre sua mãe ter desistido de você por não conseguir sustentar o vicio e a filha?

- Faz sentido. Um dia estava brincando com Lex de esconde-esconde e entrei no quarto dos meus pais. A carteira do Lionel estava em cima do criado-mudo com uma foto sobressaltada, eu a puxei e vi uma mulher magra, com olheiras terríveis e o braço cheio de marcas de agulha. Tava deitado sobre uma cama, parecia morta. Meu irmão apareceu atrás de mim dizendo que aquela era minha mãe instantes antes de morrer de overdose, que era por isso que papai nunca falava dela, por que não queria que eu soubesse que fui trocado por aquilo. Duas semanas depois ele faleceu numa viagem a trabalho.

Minha Nova Chefe (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora