Capítulo 30 - Sensações

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A gente ainda se pegava na parede, eu estava em seu colo enquanto a Luthor me incendiava com seus beijos no meu pescoço e suas mãos apertando minha bunda.

- Lena, eu preciso.

- Do quê?

- De você, eu quero você agora.

- De que modo?

Ah caramba, ela não tava ajudando. Não era óbvio? Afastei seu rosto do meu pescoço e olhei no fundo dos seus olhos, necessitada.

- Você sabe como.

Ela me fitou, séria, nunca vi seus olhos tão escuros e ardentes como agora. Ambas respirando com dificuldade e com muito cuidado a morena me pôs no chão.

- Suba - ela disse, e não foi um pedido. Sentia o desejo apertar bem no fundo da minha barriga.

- Agora. - ordenou. Obedeci subindo as escadas com o coração na boca.

Andava de um lado pro outro, aguardando, com minhas entranhas apertando com antecipação e fome, sem saber o que ela tinha em mente. A morena entrou no quarto, colocou na mesa de cabeceira um potinho de morango e uma taça de vinho branco sob meu olhar atento e curioso. Fiquei boquiaberta, sem acreditar no que ela pretendia fazer. Morangos, leite condensado e corpos, que combinação.

Em seguida, retirou os travesseiros, lançando-os ao chão e depois o edredom. O ambiente já estava a meia luz, só com a luminária da cabeceira acesa. Então ela caminhou até a penteadeira, tirou o celular do bolso da calça e segundos depois o pôs sobre a superfície. Uma batida lenta eletrônica e hipnótica encheu o quarto. Uma mulher começa a cantar, eu nunca a ouvi, mas sua voz é suave e rouca. Oh deus, uma música erótica, isso me transporta pro dia em que dancei pra ela, mas agora não sou eu quem vai ditar as regras.

- Tire a roupa. Lentamente.

Fiquei paralisada sob seu olhar aquecido, sensual e desafiador. Parada ela me analisa, então começo a desabotoar minha casa, como havia pedido, lentamente, sem deixar de olha-la. A peça caí ao chão, abri o botão da calça e desci o zíper, pressionando minhas coxas juntas numa tentativa de controlar a pressão crescente.

- Para. - murmurou quando minha mão já estava no quadril, pronta pra descer a roupa.

Seus olhos verdes e quentes me encaram com fascinação, seu dedo indicador corre sobre os lábios vermelhos.

- Vire-se e tire.

Fiz o que me pediu, sentindo a batida do meu coração rasgar contra meu peito eu desci o jeans tendo o cuidado de empinar um pouco a bunda. Praticamente ofegante, me encontrava só de lingerie, de costas, esperando, a doce e quente antecipação que pesava no fundo da minha barriga.

Um tempo depois sua respiração está na minha nuca, suas mãos passeiam pela minha cintura, meu abdômen então ela me puxa contra seu corpo.

- Sabe o quanto me enlouquece? - sussurrou roçando os lábios na minha pele. Céus, arrepios, a pulsação, a umidade entre minhas pernas, eu já estou tão pronta mas ela continua com seu jogo.

Lena subiu sua mão direita até meu seio, apertou e depois segurou meu pescoço levemente, deitando minha cabeça no seu ombro. Com a outra mão ela descia tão sensualmente pra minha intimidade.

- Eu quero te amarrar. - oh, prendi a respiração quando me alcançou lá.

- E te vendar. - deus, estava quase tendo uma convulsão ao passo que a palma da sua mão esfregava meu clitóris, sem pressão.

- Concorda com isso sra. Danvers? - como poderia dizer não quando já estava rendida, tremendo.

- Sim. - respondi de olhos fechados, mais suplicando do que qualquer outra coisa, aproveitando o pouco que me dava.

Senti seus lábios esticarem num sorriso na minha orelha, a morena mordeu de leve, passeou pelo meu corpo e me virou rápido e bruto, nos colocando novamente.

Suas mãos mergulham no meu cabelo e puxam minha cabeça pra trás, e me beija, duro, sua língua é implacável e impiedosa. Ela soltou o fecho do meu sutiã, se afastou da minha boca e me fitou ofegante enquanto retirava as alças pelo meu braço, até joga-lo pra longe. O jeito que apreciava meu corpo me deixava querendo, impaciente, meu juízo completamente disperso.

- Vamos ver o que temos pra você. - Lena sorriu, foi até o guarda roupa e abriu uma gaveta. Pegou um tecido fino de cor vinho e um tapa olhos de dormir preto.

Voltando até mim, a mulher enrolou o tecido no punho e colocou com toda calma a máscara nos meus olhos. Tudo ficou escuro, minha respiração automaticamente acelerou deixando minha boca seca.

- Os punhos. - obedeci os juntando e esticando na sua direção. A seda passava entre meus pulsos até que senti um, dois nós firme me apertando. Seria impossível escapar.

- Lena.

- Calma. Relaxa.

Seus lábios tocaram o meu suavemente e tão rápido ela me empurrou na cama, me imobilizando debaixo dela, sujeitando meus braços acima da minha cabeça.

- Fique quieta, assim. Ou amarro suas mãos pra trás. Entendeu?

- Sim. - sussurrei engolindo em seco, incapaz de mais nada.

A Luthor saiu de cima de mim, não conseguia ouvir seus movimentos, não sabia se estava perto ou longe, tudo o que tinha era meus sentidos e audição. Minha atenção agora se perdia na música, aquele som só aumentava minha excitação, ressoando através do meu corpo.

Minha Nova Chefe (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora