Capítulo 30

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Anahí se sentou em seus joelhos e ele a abraçou por detrás.
-Vamos ao México. Terá que fazer as coisas bem.
Isso de fazer o amor sem estar casados não está bem. Não?
-Não
-Mas não me arrependo de nada do que fizemos ontem à noite. Isso foi a consumação, a noite de bodas, só que antes de nos casar. Agora vamos fazer a bem.
-Adoro-te - disse-lhe ela apaixonadamente.
-Desejo-te muito.
Alfonso lhe tocou então o abdômen, acariciando lhe.
-Esta noite -sussurrou. Depois de que nos casemos. Então nos sairá melhor ainda. Mais lento, mais doce...
Anahí tremeu e se agarrou contra ele, mas ele se afastou sorrindo.
-Primeiro te case comigo, logo já nos deitaremos juntos.
-Não sei se lembra de que já o temos feito.
-E eu já te hei dito que, esta vez, o vamos fazer bem.
-Venha, levanta. Quero chamar a Maite para ver se Chris e ela nos podem acompanhar.
-Acho que como vão as coisas , podemos que seja um casamento duplo -disse Anahí .
Alfonso a olhou nos olhos.
-Eu tinha ciúmes de Chris.
-E eu de Maite. Quando beijou-te naquela noite, queria mete-lhe a mão na cara dela.
-Sim, eu vi. Esse foi o único indício de esperança que ficava.
Anahí abriu a boca e ia seguir falando, mas ele se inclinou e lhe pôs os lábios em cima. Preferiu não protestar e lhe aconchegou os braços no pescoço... Isso foi o gesto mais educado do mundo...mas sim era o único que ela podia amar.
Foram ao México e ali, Anahí e Alfonso disseram sim com um tom tremendamente solene, enquanto May e Chris lhes olhavam da primeira fila de bancos da igreja.

Anahí o olhou enquanto ele dizia as palavras rituais. Poncho estava tão nervoso que, quando chegou o momento de lhe pôr ele anel no dedo quase que caiu no chão.
Depois, ao terminar a cerimônia, inclinou-se para beijar a sua esposa
Era um dia lindo, e Anahí se sentia como uma princesa de contos de fadas. Ambos se foram da igreja e ela ainda não podia acreditar no que tinha acontecido.. Quando, em um certo momento, Poncho sugeriu que podiam parar em um bar no outro lado da fronteira para tomar algo, Anahí estava muito contente para negar-se ir.
-Não é bonito? -suspirou Maite quando Alfonso e Chris foram pegar as bebidas.
- Encantou-me seu casamento e creio que a Chris também -disse ela sorrindo, - porque me propôs que nos casássemos quando estavam em metade da cerimônia.
-Espero que sejam tão felizes como somos nós –lhe respondeu ela sonhadora.
- Também espero. Apesar de...
-Que demônios quiseste dizer com isso de te aparte, muchachito?
A voz de Poncho, era profunda e irritada, soou ao outro lado do salão como uma chicotada.
Anahí abriu então a boca para dizer: -Alfonso, não...Quando o som do primeiro soco estrelando-se fortemente contra uma mandíbula ainda, mais forte ressonou no silêncio que se formou de repente.
Anahí apertou as dentes.
-Não. -murmurou quando viu Poncho pegando-se com outro homem de sua mesma envergadura.
-No dia de meu casamento, não... Não antes de minha noite de núpcias!
-Poncho é resistente - disse-lhe May.
-Não se preocupe. Tudo vai ficar bem.
Um homem, que até então havia estado ao lado do oponente de Poncho, agarrou uma cadeira. Anahí ficou em pé em um salto, ia atacar a seu marido com a cadeira!

-Annie, não! –gritou May
Mas Anahí já estava atirando. Saiu como uma louca, para chegar à briga antes de que a cadeira a fizesse na cabeça de Poncho. Quando esteve a um par de metros, agarrou um vaso de cristal de em cima de uma das mesas e a atirou na cabeça do homem, com água e tudo.
O homem duvidou então um instante e ficou olhando-a.
-De modo que igualdade de direitos, né?
Pois bem, garota vc se preparou..
-E o que aconteceu com o tradicional cavalheirismo dos homens do oeste? -perguntou Anahí em voz alta.
Conforme dizia essa, introduziu o joelho direito entre as pernas do homem e, quando este se inclinou para agarrá-la no pescoço., levantou-o violentamente.
-Parece que isto lhe faz dano de verdade», pensou Anahí quando lhe viu cair no estou chão retorcendo-se de dor.
Anahí sorriu, satisfeita consigo mesma
- Poncho... -começou a dizer.
Justo nesse momento, o homem com quem seu flamejante marido tinha estado trocando bofetadas, encaixou- lhe uma especialmente forte e bem dirigida que lhe fez retroceder indo cair exatamente em cima de Anahí. Ambos perderam o equilíbrio e aterrissaram sobre uma jardineira.
Empapada e suja, escutava os ruídos da briga enquanto tentava voltar-se para se pôr em pé.
Soou uma sirene e minutos mais tarde, foi extraída da jardineira por um enorme policial que não parecia ter o mínimo senso de humor.
-Podemos lhe explicar tudo isto - disse-lhe ela com seu mais delicioso tom de voz.
-Estou seguro de que pode, senhora; mas, também posso lhe assegurar que ouvi isso anteriormente. Vamos.
-Mas acabamos de casarmos -continuou ela quando viu Poncho sair a rastros entre dois policiais. 
-Parabéns -respondeu-lhe inexpressivamente o policial.
-Vou lhes levar a sua suíte para a lua de mel.
Enquanto esperavam na delegacia de polícia para que tomassem declaração e lhes dessem a multa, Anahí estava apoiada na parede do corredor ao lado de seu marido, tinha o cabelo cheio de barro e restos de folhas, e o vestido estava completamente em trapos.
Alfonso esclareceu garganta e suspirou.
-Bom, querida -disse sorrindo. Tem que admitir que te proporcionei um dia de casamento que não esquecerá nunca. Anahí não disse nada, mas a expressão de sua cara refletia muito às claras seu mau humor.
Poncho se aproximou mais a ela.

-Está -zangada comigo?
-Furiosa, obrigado.
-Toda uma senhora, sim senhor -sussurrou ele sorrindo com tanto amor que a Anahí lhe aconteceu um aborrecimento.
-É horrível! -murmurou.
-Mas, quero-te tanto! Poncho riu encantado. - Minha encantadora e brega mulher cheia de barro. Céus, tombou a esse vaqueiro! Nunca me havia sentido tão orgulhoso de ti... Mas não o volte a fazer, querida. Não quero que vá brigando por aí, embora seja para me salvar. Especialmente, agora -acrescentou ele lhe olhando à cintura.
-Recorda que ainda não sabemos nada.
Anahí se ruborizou e olhou nos olhos. Sabia exatamente ao que se referia.
Poncho se inclinou e a beijou meigamente.
-Espero está-lo - sussurrou ela.
-Podemos asseguramos, se quiser –replicou Alfonso com uma voz cheia de paixão. 

Tal como é - ayaOnde histórias criam vida. Descubra agora