As situações drásticas requerem medidas drásticas, e ninguém tinha estado antes mais desesperado do que ela estava nesse momento, pensou. Deu-se conta de que a cerca tinha sido pintada recentemente. O alpendre estava bonito- pintado de branco parecia diferente. Além disso, também havia umas cadeiras e uma mesa brancas...
Houve alguns ruídos no interior da casa quando chamou. A porta se abriu e Poncho apareceu então recortado contra a luz do interior. Estava totalmente nu!
Poncho ficou vesgo e a olhou como se tratasse de um sonho.
_Annie? -perguntou.
A verdade era que ela também estava tratando de repor do choque que lhe tinha produzido o lhe ver assim... Teve que fazer um verdadeiro esforço para levantar a vista e lhe olhar no rosto.
-Posso entrar?
Ele se afastou e se passou uma mão pelo cabelo, limitando-se a olhar, Anahí entrou então na casa. A impressão que recebeu então foi quase tão grande como a de quando viu Poncho. O destroçado e velho mobiliário tinha desaparecido e, em seu lugar, a casa estava mobiliada com robustos móveis de madeira estofados em cores nata e chocolate. O carpete marrom
era espessa e as cortinas faziam jogo com os estofos. Para terminar de impressionada, a preciosa chaminé tinha sido arrumada e era tão bonita como ela sempre tinha imaginado que
podia chegar a ser.
-A casa ficou preciosa - disse-lhe então, forçando-se a lhe olhar à cara.
-O que está fazendo aqui a estas horas da noite?
Anahí lhe olhou de cima abaixo e se ruborizou.
-Recebendo lições de anatomia.
Ele também olhou para baixo e sorriu.
-Bom, devia ter avisado antes.
-Suponho que sim.
-Quer que ponha um pouco de roupa ou já não te importa?
Anahí olhou nos olhos. Tinha esperado tanto... os nervos voltaram a assaltá-la. Poncho necessitava um barbeado, mas tinha um aspecto tão masculino, que desejou lhe acariciar.
Anahí lhe aproximou, observando como seus olhos se entreabriam dubitativamente. .
-Quero...que venha à cama comigo -conseguiu lhe dizer.
-Já te disse esta tarde o que penso disso.
-Já sei.
Anahí lhe tocou então o peito e se deu conta de como ele se estremecia. Agarrou-lhe as mãos, mas ela conseguiu deslizar os dedos lentamente para baixo, com o que o corpo de Poncho se estremeceu ainda mais.
-Não o faça - murmurou ele.
Era muito fácil. Mas do que se imaginou. Apertou seu corpo contra o dele e lhe aconteceu a mão que ficava livre pelo pescoço para lhe fazer baixar a cabeça.
- Me ajude -sussurrou então, juntando ambas as bocas e lhe beijando meigamente.
Adorou sua imediata resposta. Tinha sabor de uísque. Ao princípio foi um pouco desagradável, mas o calor de sua boca o suavizou e ela terminou por acostumar-se ao forte sabor.
Ela agarrou então pelos ombros.
-Annie, não podemos... Por Deus, você é virgem!
-Sim, você vais ser meu primeiro homem.
Isso fez que as mãos de Poncho tremessem. Anahí ficou então nas pontas dos pés, roçando seu corpo brandamente contra o dele, de forma que Poncho percebe-se algo completamente curioso. Ela suspirou.
-Vai ser algo muito bonito -disse ela com os lábios juntos aos dele-. A noite mais formosa.
Anahí lhe deixou então para ir fechar a porta. Quando voltou onde estava lhe levantou os braços.
-se Importaria em me levar?
Poncho se inclinou então como se estivesse em transe e a agarrou nos braços. Anahí apoiou a cabeça em seu pescoço, sentindo o tremendo pulsar do sangue ali, sentindo também como seu corpo se estremecia de desejo enquanto a levava a escuro dormitório e a, deixava sobre a cama.
-Querida...
-Ponha as mãos aqui -disse-lhe ela conduzindo suas mãos para os botões do vestido.
Ele murmurou algo e lhe tremeram os dedos enquanto lhe desabotoava o vestido. Anahí se sentou, fazendo que este se deslizasse sobre seu corpo e se voltou a deitar. Seu corpo parecia pálido à mortiça luz da lua que penetrava pela janela. Estendeu os braços.
-Veem aqui, querido. – sussurrou.
Nem sequer tinha medo, desejava-lhe, queria ter um filho dele. Pelo menos, essa noite ia se assegurar disso, se não podia obter nada mais. Se ele a rechaçava, ficaria a, esperança, a pequena esperança de ficar com uma parte dele.
-Annie- disse Poncho deitando-se a seu lado na cama como um cordeiro que fora ao matadouro.
-Tranquila -murmurou ele, Anahí tremeu ligeiramente quando as mãos de Poncho a percorreram das coxas até os seios.
-Tem medo. - disse ele então.
-Para mim, isto é muito misterioso a partir de agora -explicou-lhe ela tranquilamente.
-Eu... eu conheço a mecânica do assunto, mas não sei o que vou sentir. Sabe? Poncho, vai me doer muito?
-Não temos por que fazê-lo.
-Tenho que fazê-lo. Tenho que fazê-lo!
- Por quê? -perguntou-lhe ele.
As mãos de Poncho estavam como grudadas com seu corpo, e ela se estirou como um gato quando lhe acariciaram, encantada com essas amostras de carinho e sensibilidade.
-Quero um menino –murmurou Anahí. - Quero teu filho
Ele se estremeceu então grosseiramente; conteve a respiração e apertou o rosto contra seu corpo. Sim, pensou ela lhe apertando mais, tinha funcionado. Agora ele não seria capaz de deter-se, ou de detê-la. Agora ia acontecer, porque tinha conseguido lhe levar a uma situação em que não havia outra saída. A boca de Poncho se uniu a dela enquanto a acariciava de uma forma muito excitante. Anahí começou então a gemer e a retorcer-se sob o doce tortura de suas mãos. Alfonso continuou sua exploração com a boca e não deixou nem um só centímetro de seu corpo sem percorrer, o que a fez gritar e lhe sussurrar coisas que a tivessem feito morrer de vergonha à luz do dia.
Quando Anahí sentiu o peso de seu corpo sobre o dela, voltou a estremecer-se e Poncho lhe acariciou as costas para tranquilizada.
-Não o vamos fazer com pressas -disse-lhe brandamente- Anahí, fechou os olhos um momento, vou ligar a luz.
-Não...
-Sim -respondeu-lhe ele beijando-a e acendendo a luz da mesinha de cabeceira.
Anahí abriu então os olhos. Estava em uma situação completamente nova para ela e tinha medo de que ao acender a luz ele não seguisse adiante.
-Já lhe disse isso em outra ocasião. Quero verte - disse-lhe ele então.
-Veio aqui virgem e estamos a ponto de fazer algo extraordinário juntos. Me deixe... ver o que te passa... por favor.
O corpo de Anahí voltou a tremer, mas não disse nada. .
Passou-lhe as mãos pelos largos ombros, pelo peito, no rosto. Notou mover-se e suas pupilas se dilataram. Estava um pouco nervosa, mas lhe voltou a acariciar o cabelo, tranquilizando-a, enquanto aproximava os quadris.
-Não - murmurou ele quando ela tratou de afastar-se. A voz lhe tremeu, mas seu sorriso era real, seus olhos lhe disseram... que a estava amando.
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Tal como é - aya
RomansaO mal educado granjeiro Alfonso Herrera queria aprender boas maneiras para assim apaixonar a uma mulher, e Anahí Puente era a única pessoa do povo que teria a suficiente educação para levar a cabo esse trabalho. Nenhuma outra mulher se atreveu a apr...