Capítulo Final

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Anahí riu.
-Lembra-te da canção que escrevi eu, que se chamava Dois mundos?
Ela assentiu.
-Escrevi-a para nós. Pensava que, se algum dia me desse conta, lhe poderia cantar isso e que, talvez, diria algo.
-E eu estava muito ocupada sentindo ciúmes de May para prestar atenção à letra –murmurou Anahí.
-Cantarei isso esta noite enquanto fazemos amor.
-Aqui, na cadeia?
-Maite e Chris virão a qualquer momento pagar a fiança e tirar-nos daqui. Não se preocupe, querida, tudo ficara bem. A próxima vez que aconteça algo assim, não atarei a golpes. De acordo?
Anahí pôs-se a rir, amava-lhe com todo seu coração.
-De acordo, mas não troque, querido, - quero-te TAL COMO É.
Ele a olhou durante um comprido momento antes de dizer .
-Eu não sou um...
-cavalheiro.
-Nem eu uma senhora inocente, lembra-te de ontem à noite?
Poncho estremeceu e a beijou rapidamente.
Ali perto estavam também apoiados contra a parede dois homens levemente bêbados que lhes olhavam. Anahí acreditou lhes conhecia, eram os da briga.
- Não é essa a loira que me atirou o floreiro? -perguntou-lhe um ao outro.
_Sim, parece.
-E não é essa loira a que me deu um joelhada que me deixou sem sentido?
-Exatamente a mesma.
O homem sorriu então.
-Esse homem não sabe a sorte que tem -disse em voz alta referindo-se a Poncho.
Poncho olhou então pra eles sorrindo também.
-Não sabe você, colega -murmurou e voltou a olhar a ela.
Annie sorriu também, sentindo-se como se tivesse bebido champanha e lhe tivesse subido à cabeça.
-Querido e, com respeito à briga...
- Sim?
-Poderíamos ter alguma de vez em quando?
Não puderam continuar a conversação porque nesse momento May e Chris chegaram para lhes tirar de lá. Não importava. Já estavam fazendo planos para a noite e contando-lhe em voz baixa a seu encantador e flamejante marido.

Tal como é - ayaOnde histórias criam vida. Descubra agora