Capítulo 12

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-Não.
-Aqui tem um -disse-lhe aproximando-se do roupeiro e lhe arrojando um que lhe viria bem - - Era meu. Bom, vamos.
Acompanhou-a à porta antes de que tivesse a mínima oportunidade de protestar e, minutos mais tarde, estavam dando saltos com o carro, atravessando os pastos em direção à poça onde ele estava acostumado a banhar-se e pescar.
-Antes nos banhávamos aqui -disse-lhe ele quando chegaram e se sentaram em uma fresca sombra ao lado da borda-. Ainda o fazem alguns meninos; mas para o que é muito bom este lugar é para pescar.
Quando ele agarrou o pote dos vermes e trespassou um no anzol, Anahí olhou-o com uma certa cara de asco.
-Por favor... disse-lhe brandamente.
Seus olhares se encontraram e ficaram assim durante uns instantes, antes de que ela voltasse a olhar o pote de isca de peixe.
-Agora te ensinarei como fazê-la.
-Mas Poncho
-Cala-se e olhe...
A expressão de asco do Anahí se fez mais evidente enquanto lhe preparava seu anzol.
-Olhe que tem o coração brando -disse-lhe-. Acredito que não vá poder te levar nunca a caçar coelhos.
-Bom, já sabe que não iria, assim não te me ocorra pedir isso.
-May vai dar uma festa na próxima sexta-feira de noite -disse-lhe ele enquanto lançava a linha à água.
-Sim?
-Uma dessas reuniões sociais, conforme acredito. Para lhe mostrar o local aos amigos.
-Está orgulhosa dele.
Passou um momento antes que voltassem a falar.
- Vai? -perguntou-lhe ela.
Poncho soltou uma leve risada.
-Já sabe que eu não gosto dessas coisas.
-Eu poderia te ensinar a se comportar ali - disse-lhe ela olhando ao chão.
-É?
-Agora já tem a roupa adequada. Tudo o que precisa saber é uns quantos passos de dança e como falar com as pessoas.
Ele ficou olhando durante um comprido instante.
-Sim, é certo.
-Bom. Quer ou não?
-Que se quiser o que?
-Que se quiser que te ensine?
-Acredito que talvez você seja a que necessita que lhe ensinem.
O rosto do Anahí se acendeu; sabia perfeitamente ao que se referia Poncho. Sentia-se como uma jovenzinha em sua primeira entrevista.
-Eu já sei dançar.
-Já está voltando a confundir deliberadamente o que te quero dizer - lhe respondeu ele renda-se brandamente.
-Acreditava que tínhamos vindo a pescar.
- E o estamos fazendo.
-Quer aprender a dançar ou não? -perguntou-lhe ela impacientemente.
-Suponho que sim.
-Poderia vir a minha casa amanhã de noite, se quiser – lhe disse-. Vou fazer sopa.
Ele a voltou a ficar olhando outro comprido momento.
-De acordo.
Nesse momento, Anahí viu que a cortiça começava a mover-se e logo que pôde dissimular sua excitação quando sentiu que o peixe mordia o anzol. Atirou do cano muito logo e o anzol foi enganchar se em sua camiseta.

- Mas o que fez? Queria mandá-lo à Lua?
-Minha camiseta favorita -disse ela ao ver que o anzol lhe tinha parecido justo em cima de seu seio.

- Mas o que fez? Queria mandá-lo à Lua?
-Minha camiseta favorita -disse ela ao ver que o anzol lhe tinha parecido justo em cima de seu seio.
-Fica quieta, já lhe tiro isso e -replicou ele ficando de joelhos junto a ela.
Anahí não pensou em quão íntimo ia ser isso. Para tratar de recuperar o anzol, a mão de Poncho deslizou pelo interior da camiseta. Anahí não usava sutiã e esse descobrimento fez que Poncho se sobressaltasse.
Seus olhares se cruzaram; mas, em realidade, ao que ela estava prestando atenção nesse momento era ao contato de seus dedos contra seus seios nus, e seu corpo estava reagindo a isso.
-Poncho, posso tirar isso eu.
-Não, deixe pra mim - respondeu-lhe enquanto seus dedos se moviam delicadamente por sua pele fazendo ela se estremecer.
Os ásperos dedos de Poncho continuaram movendo-se pela suave pele de Anahí. Os dois eram alheios a tudo o que lhes rodeava.
Inclusive as rãs pareciam haver ficado mudas. Tudo era silencioso a seu redor da pequena poça; não existia nada, exceto a temerosa cara de Anahí e as duras expressões de Poncho, além disso só o som da respiração deles quando passou uma de suas mãos por detrás da cabeça dela.
Anahí protestou levemente, mas ele moveu brandamente a cabeça e lhe aproximou o rosto.
-Fique tranquila, Annie. -murmurou quando seus lábios lhe roçaram a boca- Quão único quero é comprovar ao que sabem seus beijos quando estou sóbrio.
-Poncho, sua mão... -murmurou ela enquanto tratava de impedir que a exploração seguisse seu curso lhe agarrando.

Tal como é - ayaOnde histórias criam vida. Descubra agora