Capítulo 11

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Anahí não tinha sequer um par de jeans velhos, assim que ficou uns de última moda, uma camiseta a raias de muitas cores e uns mocasines. Quando se olhou no espelho pensou que, pelo menos, essa roupa era a menos formal que a que levava habitualmente.
Poncho não estava esperando-a lá fora quando chegou ao rancho e ela ficou duvidando um momento quando a chamou do interior convidando-a a entrar na casa. Não gostava de muito estar a sós com ele na casa; mas se aguentou e entrou.
-Um momento - disse-lhe ele da porta de atrás da casa.
Os dormitórios deviam estar por aí, mas ela não os tinha visto nunca.
-Não se preocupe - respondeu-lhe ela.
Ao cabo do momento, ouviu a porta da habitação, Anahí se virou e, ao voltar-se teve que esforçar em apartar a vista de novo. Evidentemente, acabava de dar uma ducha. Estava completamente vestido, à exceção da camisa, que levava na mão, o que lhe proporcionou uma ampla visão de seu musculoso e bronzeado torso. Já o tinha visto sem camisa outras vezes, mas não podia explicar-se por que lhe turvava tanto vede assim agora.
-Está elegante até com calças jeans - murmurou ele-. É que não pudeste encontrar algo mais velho?
-Isto está velho - disse-lhe voltando-se para ele e encontrando-se o mais perto do que se imaginou.
De repente, chegou-lhe o aroma da colônia que tinha jogado Poncho; era uma de seus favoritas.
-Cheira bem.
-Sim? Por que está tão nervosa? -perguntou-lhe enquanto ficava a camisa e se aproximava mais a ela. Estiveste a sós comigo outras vezes.
- Sempre tinha estado vestido.
-Ah, é por isso? -disse-lhe ele enquanto se deixava deliberadamente os botões superiores da camisa sem grampear-. Não me diga que isto te turva?
Anahí ficou sem respiração sem saber por que. A boca lhe secou, mas quase nem se deu conta disso.
Então, ele a agarrou as mãos e as levou a peito, de forma que ela pudesse sentir a dureza de seus músculos.
-Vá músculos que tem! -disse-lhe ela sorrindo, tratando de não dado importância, mas as pernas quase não podiam sustentá-la em pé.
-Claro, meu trabalho é muito duro - disse-lhe ele enquanto começava a mover suas mãos e as dela de uma forma sensual por todo o peito-. Como é que não te trouxeste roupa para pescar?
-É... é que não tenho - respondeu-lhe ela.
Era incrível que pudessem estar assim, mantendo essa conversação tão tola, enquanto que seus atos se faziam cada vez mais íntimos.
O peito de Poncho subia e abaixava cada vez com mais rapidez.
Levou as mãos de Anahí até seus próprios mamilos, de forma que pudesse notar como lhe pulsava o coração. Ele lhe aproximou ainda mais e sua respiração lhe chegou a mover os cabelos das têmporas. Ela desejava sua boca desesperadamente e sabia que ele se deu conta. Não podia compreender essa súbita e imperiosa necessidade por Poncho e sua estranha reação ante sua proximidade e contato. Não entendia nada.
A habitação pareceu voltar-se escura e privada. Não se ouvia nada nela, exceto suas respirações e o ruído do relógio da parede.

Nesse momento, Poncho aproximou sua boca à frente da de Anahí enquanto fazia que baixasse as mãos do peito até a cintura. Ela protestou levemente com um gesto.
-Não lute comigo -disse-lhe ele brandamente. Não tem nada que temer...
Mas sim que o havia! Sua própria reação ante o que ele estava fazendo era aterradora. Notou como as pernas de ambos se juntavam e, então, emitiu um leve gemido de prazer, que não passou desapercebido a Poncho.

Sua cabeça se aproximou ainda mais. Os olhos de Anahí se fecharam e notou como a calidez de sua respiração passava ao longo de todo seu rosto, da frente até a boca, passando pelos olhos e o nariz. Sem preocupar-se com sua possível resposta, jogou para trás a cabeça e abriu a boca lhe convidando. Esperou, respirando seu fôlego enquanto essa ansiada boca se aproximava. Seria mais agradável esta vez ou voltaria a lhe fazer dano? Se perguntou ela.
-Senhor Herrera!
O grito soou como um canhão.
Poncho levantou então a cabeça, como voltando de outro mundo.

-O que acontece, Chris? -perguntou enquanto fechava a camisa e se dirigia para o alpendre.
Anahí lhes ouviu falar, parecia-lhe algo completamente irreal.
Ainda estava tremendo, e sua boca ainda desejava o beijo que não tinha recebido. Olhou para Poncho com admiração, deixando que seus olhos percorressem a tremenda masculinidade de suas costas e quadris. Recordava, perfeitamente em contato de sua pele, seu aroma... Quando se cruzo de braços, deu-se conta de que tinha os mamilos completamente endurecidos: Tratou de manter sob controle seu corpo. Era evidente que lhe desejava. Desejava tudo o que ele podia lhe dar, o contato de sua pele, de sua boca... Quase o disse em voz alta, dada a força desse desejo, essa urgência que não havia sentido nunca antes. As doces lembranças do homem que tinha ficado em seu passado se evaporaram completamente durante esse recente acesso de paixão e tinham sido substituídos por uma emoção muito diferente, uma violenta necessidade que nunca antes tinha experiente.
Que atitude poderia agora adotar frente a Poncho, depois de haver lhe entregue tão completamente? Ele era um homem e, certamente, não duvidaria em tomar aquilo que lhe oferecesse, apesar de sua antiga amizade. Se ela se dedicava a atuar como uma mulher sedutora, o que poderia esperar-se? Ele era humano. Esclareceu-se garganta quando ele voltou a entrar na habitação. Se pudesse encontrar uma desculpa para voltar-se para casa...
-Vou te buscar uma vara de pescar - disse-lhe sorrindo. Tem um chapéu?

Tal como é - ayaOnde histórias criam vida. Descubra agora