「 capítulo dezenove 」

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Naquela manhã, eu me sentia um zumbi

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Naquela manhã, eu me sentia um zumbi.

Um zumbi extremamente ansioso.

Chegar a conclusão que, de fato, eu gostava de Jasper mais do que somente como amigo, me deixava completamente apavorada. Como agiria perto dele agora? Eu tinha certeza dos meus sentimentos, como poderia disfarçá-los para o vampiro?

Respirei fundo seguidas vezes antes de sair do carro, e, enquanto caminhava apressadamente pelo estacionamento, sentia o olhar do major queimando em minhas costas. Não ousei encará-lo.

Jéssica não parava de falar sequer um minuto durante a aula, ansiosa para o baile.

– Já tem uma roupa? Deveríamos ir juntas para comprar! Eu, você, Lauren, e Angela, o que acha? – Ela me bombardeava com seus questionamentos, enquanto apenas recebia respostas evasivas de minha parte.

Eu encarava um ponto fixo da sala, quando senti leves pontadas em minha cabeça. Fechei os olhos, respirando fundo. A magia era forte demais.

A quanto tempo eu não a usava?

Não demorou muito para que minhas mãos começassem a formigar, enquanto eu expirava devagar. Me lembrei das palavras de Elizabeth – eu precisava daquele amuleto de concentração.

Gradativamente, a dor de cabeça foi se tornando mais intensa, e, o mais discretamente que consegui, coloquei a mão dentro da mochila, trocando as cores dos livros. Logo o formigamento sumiu, entretanto, minha cabeça continuava latejando. Aquilo não era o suficiente.

Já no intervalo, Alice me arrastou para a mesa de sua família novamente, e sequer pude negar, seria mais seguro se eu estivesse com outros seres sobrenaturais naquele estado.

Me joguei na cadeira ao lado de Jasper, apoiando a cabeça nas mãos.

– O que aconteceu? – Perguntou ele, provavelmente sentindo a dor que vinha de mim.

– Estou sem usar magia a dias, sinto como se minha cabeça fosse explodir a qualquer momento. – Murmurei, tentando respirar fundo.

– Podemos pedir a Carlisle que lhe dê algum remédio, se quiser. – Ouvi a voz de Edward, porém, sequer movi meus olhos ao respondê-lo.

– Não precisa, obrigada, eu sei do que preciso. – O feitiço de concentração.

Eu precisava fazê-lo. Hoje.

Aguentei firmemente o restante das aulas, abrindo minha boca somente quando necessário, me concentrando apenas no som de minha respiração. Eu precisava manter a calma, nada poderia explodir ou pegar fogo misteriosamente.

Edward me olhou preocupado quando passei correndo por seu Volvo prateado, mas sequer falei algo – eu precisava do grimório, do feitiço que Elizabeth havia dito.

Meu carro fez um barulho de derrapagem conforme corria pelas ruas de Forks, desesperada por alívio. Para tentar diminuir os tremores que se iniciaram, comecei a trocar as cores de qualquer coisa que encontrava no carro: lenços, chaveiros, cartelas de remédio... O que quer que aliviasse aquela sensação angustiante.

Isla - 𝒋. 𝒉𝒂𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora