「 capítulo trinta e cinco 」

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Eu amava Alice, juro, ela era uma amiga incrível

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Eu amava Alice, juro, ela era uma amiga incrível.

Mas, naquele momento, tudo o que eu queria era jogá-la pela janela.

Como alguém com uma aparência tão bela quanto a de uma fada, tinha uma energia e uma especialidade em irritar tão grande?

A vidente passara a tarde vagando pelo meu quarto, procurando maquiagens, cremes, sapatos e acessórios que combinassem com o vestido que a mesma havia desenhado – vestido esse que, aliás, ela não me permitiu ver até aquele momento.

A situação tomou proporções tão estressantes que eu quase me refugiei no escritório de Charlie – quase –, todavia, preferia enfrentar a tempestuosa animação de Alice, às perguntas de meu pai. Quem vai te levar ao baile? Eu o conheço? Céus, o empresário era completamente incoerente quando o ciúmes o atacava.

Preferia lidar com Alice.

Depois de um longo banho, a vampira me fez sentar na cama, para fazer a maquiagem. Quis dizer que eu sabia fazer aquilo sozinha, mas, a animação da mesma era tão grande, que não pude recusar.

– Precisamos de um ponto de cor. – Disse ela, logo passando algum batom em meus lábios.

A vidente puxou meus cabelos de um lado para o outro, com grampos cobertos por strass e pérolas.

Alice achou saltos em um tom de vermelho nos fundos de meu armário, e, finalmente, depois de me fazer colocar o vestido de olhos fechados, ela me deixou em frente ao espelho.

Eu estava completamente sem palavras.

De alças finas, o vestido acinturado cinza tinha um tule com pequenos brilhantes em toda sua estrutura, como estrelas salpicadas em um céu cinzento. A saia se abria em camadas de tule e brilho, parando pouco acima de meus joelhos, a parte de trás continuava até poucos milímetros do chão, em uma cauda completamente coberta por strass.

Os grandes focos de cor eram os saltos vermelhos e minha boca, exatamente da mesma cor.

A vampira havia colocado os grampos em meio ao coque cheio que fora feito na base do pescoço, com alguns poucos fios caindo sob meu rosto. Meus olhos tinham um contorno delineado e brilhoso, dando ainda mais destaque ao prata que minha iris fornecia.

O único acessório era o amuleto – o colar que Jasper me dera.

Eu nunca havia me visto de uma forma tão maravilhosa antes. O reflexo no espelho não era apenas uma adolescente bem vestida, era muito mais. A pessoa que me encarava era uma mulher misteriosa, uma bruxa extremamente poderosa e segura de si. Era a melhor versão de Isla Good Swan.

Sorri para Alice, emocionada.

– Obrigada, Alice. – A abracei, e seus braços frios rodearam minha cintura – Eu não me sinto tão linda assim desde que Bella se foi, – Sussurrei – obrigada por trazer essa parte de mim para fora. – A vidente afagou minhas costas.

Isla - 𝒋. 𝒉𝒂𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora