「 capítulo quarenta e um 」

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Deixei que Carlisle se acomodasse na sala, enquanto eu colocava o cobertor em meu quarto e ia lavar o rosto

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Deixei que Carlisle se acomodasse na sala, enquanto eu colocava o cobertor em meu quarto e ia lavar o rosto.

Prendi meus cabelos desajeitadamente, pouco me importando com o pijama de moletom lilás que usava.

Respirei fundo, enquanto descia as escadas e me sentava na poltrona a sua frente.

– Pois não, Carlisle? – Ele me lançou um olhar carinhoso.

– Primeiramente, gostaria de dizer que sinto muito por seu pai, – Prendi a respiração – pela maneira como foi criada, posso dizer que ele era um grande homem. – Foquei o olhar em minhas mãos.

– Sim, ele era.

Ficamos em silêncio por um momento, em respeito a Charlie. Poucos minutos depois, o Cullen tomou a palavra.

– Isla, eu gostaria de saber, – Ele se curvou, cruzando as mãos na frente do corpo – pretende morar aqui por muito mais tempo?

Refleti a respeito, olhando em volta. Eu sabia que, se ligasse a TV, o primeiro canal seria o de futebol americano, e, o segundo, baseball. Eram os passatempos de meu pai. Na cozinha, haviam duas canecas coloridas, uma cinza e outra preta, com desenhos. No banheiro do corredor, tinham duas toalhas, uma amarela, e uma verde. Na garagem, estavam estacionados dois carros, e uma moto.

Não, eu jamais conseguiria viver ali por muito mais tempo.

Como quando Bella morreu, e Renée fora embora, eu não consegui viver em Manchester por muito tempo, tudo era feito para quatro pessoas, e então, repentinamente, eram apenas duas.

– Não, não vou conseguir ficar aqui. – Ele assentiu.

– Imaginei isso, – Ele deu um sorriso acolhedor – sabe, Isla, de algum modo, eu me sinto responsável por você. – Inclinei a cabeça, confusa.

– O que quer dizer?

– Cuidei de Velothy até que ela atingisse a maioridade, mas pouco tive contato com Elizabeth, – Um arrepio passou por meu corpo, ao lembrar dos testes – você, em contrapartida, é a Good mais próxima a mim, pude acompanhar desde a descoberta de seus poderes, até agora. – Franzi o cenho, ainda sem entender – Acompanho cada passo de sua evolução, Isla.

Assenti, concordando. Realmente, eu havia evoluído, tanto como bruxa, quanto como pessoa.

Mesmo com toda essa tristeza causada pelo falecimento de Charlie, eu sentia meu psicológico muito mais preparado para enfrentar o luto, e o que viria junto. Durante todos esses meses, eu amadureci de uma maneira avassaladora e, olhando para a Isla que chegara em Forks, poderia quase sentir orgulho de mim mesma.

– Obrigada. – Disse eu, baixo.

– Eu gostaria de lhe fazer uma proposta, Isla.

Carlisle, pela primeira vez desde que eu o conheci, parecia subitamente ansioso.

– Diga, Carlisle. – Ele assumiu um olhar esperançoso.

– Gostaria de morar conosco? – Encarei o vampiro mais velho, em choque.

– O que? – Ele se levantou, vindo até mim e segurando uma de minhas mãos, de maneira paternal.

– Todos são adotados, você bem sabe, – Assenti – Isla, você está com Jasper agora, todos nós adoramos sua companhia; você é da família para nós. – Ele sorriu – Gostaria que pensasse a respeito. Se juntar concretamente a nossa família.

– Mas... As pessoas sabem que sou filha de Charlie, seria confuso. – Argumentei.

– Nós iremos embora, estamos aqui a muito tempo, e os humanos estão começando a suspeitar. – Ele se levantou – Pense nisso, Isla.

Não muito tempo depois, o médico se foi, me deixando com sua proposta em mente.

Voltei para o escritório de Charlie, onde passei horas a fio, olhando cada detalhe daquele cômodo, cada parte de meu pai.

Não conseguia dormir, apenas observando nossa casa, pensando no que Carlisle havia proposto. Morar com os Cullen? Ser adotada por Carlisle?

Obviamente, eu nunca o chamaria de pai – eu tinha um pai, ou tive –, esse posto jamais seria retirado de Charlie. Entretanto, de alguma forma, a ideia me parecia estranhamente reconfortante; pertencer a uma família novamente, ou, o mais próximo que um clã de vampiros com dons conseguia se igualar a uma família.

Era madrugada quando ouvi um barulho em meu quarto e, enrolada no cobertor, com um abridor de cartas em mãos, comecei a caminhar cautelosamente em direção ao cômodo. Todavia, parei no meio do caminho, encarando o objeto em minhas mãos.

Revirei os olhos para mim mesma – céus, eu era uma bruxa, o que eu estava pensando com um abridor de cartas em mãos?

Deixei o objeto no chão silenciosamente, ainda com o cobertor enrolado em meu torno. Abri uma das mãos ao lado do corpo, pronta para usar minha magia.

Encostei a orelha na porta de meu quarto, tentando ouvir algo, entretanto, não havia mais nada. Abri a mesma devagar, analisando cada pedaço do lugar.

A janela estava aberta, e um vento gélido atravessava as cortinas, olhei em volta, notando algo em minha cama.

Era uma pequena caixinha, a qual peguei cuidadosamente, receosa. Ao abrí-la, o cobertor em meu corpo caiu, refletindo meu choque.

Havia um anel muito bem trabalhado, em ouro, com uma pequena pedra prateada no topo, assim que tirei o anel de sua caixinha, um bilhete caiu sob a cama. Eu o peguei com as mãos tremendo.

A letra de Jasper foi impossível de não reconhecer.

Vamos ficar juntos pela eternidade, querida.
Venha viver conosco.

- J

Ok vocês me pegaram, Carlisle realmente quer que Isla vá morar com eles

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Ok vocês me pegaram, Carlisle realmente quer que Isla vá morar com eles

Vocês percebem que, se Charlie estivesse vivo, doutor Cullen jamais daria essa ideia?

Ok Jasper, o que foi isso, um pedido de casamento? Um pedido de adoção? Seja mais específico por favor

Boiolei com o bilhetinho no final

Faltam 3 capítulos para o fim, como se sentem?
Eu me sinto destruída

Isla - 𝒋. 𝒉𝒂𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora