「 capítulo quatorze 」

18.2K 1.8K 704
                                    

Primeiramente, o ruído de passos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Primeiramente, o ruído de passos. Logo em seguida uma porta, e senti o peso do que deveria ser outro cobertor sob mim.

Meu corpo inteiro doía, e me recusei a abrir os olhos, se essa era a morte, afinal – se algo realmente existia após –, poderia passar a eternidade apenas ali, dormindo. Prestei atenção nos cheiros ao meu redor: madeira, terra e... Cachorro? O cheiro forte cachorro molhado me obrigou a abrir os olhos, ainda que meu corpo implorasse por descanso.

Jacob Black estava encharcado de água da cabeça aos pés, mexendo em algo dentro do guarda roupa, era possível ver seu cabelo pingando no chão. Havia uma poça ao seu redor.

Olhei em volta devagar, tentando me localizar. O quarto era pequeno, completamente de madeira escura, havia uma cama – que eu estava deitada –, um guarda roupa e uma cômoda ao meu lado. Era aconchegante.

Aos poucos me lembrei do que aconteceu – de quem eu era, e do quê eu fiz. Então... Onde eu estava?

– Se for o céu, eu esperava algo mais... Branco e azul, – Disse para a figura de Jacob, já que possivelmente não era o próprio – e se for o inferno, eu esperava algo mais quente.

Jacob jogou a cabeça para trás ao rir, espirrando água em mim.

– Você não morreu, Isla. – Ele se virou, e seus bíceps se projetaram aos meus olhos, qual era o problema dele com camisas?

– Como não? – Se eu sobrevivi a queda, eu morreria afogada, havia pulado com a certeza de que não conseguiria voltar.

– Eu te salvei.

Meus olhos se arregalaram, focando no moreno a minha frente.

– Você o quê? – Me sentei bruscamente, ainda que sentisse todos os meus membros doerem.

– Você ia morrer afogada, de nada. – Ele deu de ombros, passando a mão no cabelo molhado.

De nada? Eu queria morrer! – Por um segundo, ele parou de respirar, me encarando.

– Acho que não entendi. – Ele deu uma leve risada, incrédulo.

– Eu estava tentando me matar, – Suspirei, passando as mãos pelo rosto – e você estragou tudo.

– Me desculpe por salvar sua vida, ingrata. – Jacob cruzou os braços, sentando-se na borda a cama e molhando o colchão – Pode me contar o que aconteceu?

Abri e fechei a boca algumas vezes, o que eu lhe diria? "A muitos séculos, uma bruxa chamada Velothy Good fez uma maldição para as bruxas descendentes, no caso eu, e aí por minha culpa minha irmã morreu" ou quem sabe "Então Jacob, o garoto vampiro que eu gosto me apresentou a família dele, e seu pai vampiro me contou que conheceu uma bruxa do século 17, ele salvou uma das filhas e por causa disso eu sou uma bruxa" ?

Isla - 𝒋. 𝒉𝒂𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora