「 capítulos trinta e nove 」

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Renée usava um vestido preto, tinha os olhos levemente vermelhos, e um pequeno sorriso nos lábios

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Renée usava um vestido preto, tinha os olhos levemente vermelhos, e um pequeno sorriso nos lábios.

Ao meu lado, a postura de Jasper ficou rígida, enquanto ele passava um de seus braços a minha frente, de forma protetora.

– Você... Está linda, Isla. – Disse ela, me observando de cima a baixo – Se tornou uma bela mulher.

– Não graças a você. – Rosnei – Não tem o direito de estar aqui.

Ela deu alguns passos a frente, e Jasper se colocou entre nós, pronto para me defender do que quer que fosse. Coloquei uma mão em seu braço, chamando a atenção do loiro.

– Está tudo bem, Jasper, – Sussurrei – nos dê um momento, por favor.

O vampiro olhou uma última vez para a mulher a nossa frente, assentindo para mim. Ele se afastou o suficiente para parecer não ouvir, mas eu sabia que prestaria atenção em tudo o que ocorreria, pronto para intervir caso fosse necessário. Jasper se preocupava comigo.

Cruzei os braços, encarando Renée.

– O que quer? – Questionei, direta.

– Eu fiquei sabendo o que aconteceu, – Justificou ela – precisava ver como você estava.

– Você não estava preocupada quando nos deixou. – Resmunguei.

Minha mãe deu alguns passos a frente, eu, porém, dei alguns passos para trás. Ela assentiu, entendendo meu distanciamento.

– Eu estava completamente perdida, Isla, – Ela disse – achei que seria melhor se eu me afastasse de tudo relacionado a Bella, tanto por mim, quanto por vocês, não estou tentando justificar o que fiz, mas gostaria de saber como você está.

Uma lágrima desceu por seu rosto, e pude ouvir um pedaço de meu coração se partir. Renée Good perdera a filha mais velha, e então se afastou de tudo que a lembrava isso – finalmente, olhando aquela mulher levemente semelhante a mim, entendi seus motivos.

De alguma forma, meu coração ficou em paz. E eu sabia que não era Jasper.

Eu sabia que Bells e papai estavam juntos agora, tinha esse consolo. Minha mãe, porém, não tinha mais a quem recorrer, ou no que acreditar.

Ela estava perdida, e eu era a única coisa de sua antiga vida que parecia intacta. Ou quase isso.

Dei dois passos em sua direção.

– Foi difícil, no começo, – Confessei – nós nos mudamos para a cidade de papai, Forks, você lembra? – Ela deu um sorriso triste.

– Charlie amava aquela cidade. – Concordei.

– Eu estava em um estado catatônico até nos mudarmos, – Virei o rosto, na direção em que Japser fora – mas eu conheci novas pessoas, e elas me ajudaram a superar. – Ela seguiu meu olhar.

– Ele é bom para você? – Assenti – Então fico feliz por isso.

Nos encaramos por um momento, reconhecendo as mudanças. Renée parecia cansada, tinha alguns poucos fios brancos, e seu rosto estava corado do choro; fora isso, ela parecia a mesma.

A mulher deu um passo a frente, com um olhar levemente esperançoso.

– Eu poderia conhecer você novamente, Isla? – Inclinei a cabeça.

Uma parte de mim quis dizer sim, desesperadamente, sentia falta de minha mãe. Porém, a outra parte – a mais sensata –, falou baixinho, de forma discreta.

Valia a pena?

Valia a pena todo o esforço para esconder o sobrenatural da vida de Renée? Valia a pena ter meu coração partido, quando eu precisasse fingir minha morte para que ela não suspeitasse de minha imortalidade? Valia a pena correr o risco de reabrir aquela ferida?

Encarei a mulher.

– Desculpe, mãe, – Disse – sinto que nosso tempo se foi, somos completamente diferentes agora, e seguimos caminhos distintos, – Eu lhe estendi uma das mãos – foi bom reencontrá-la, e é bom dar um desfecho para essa fase em nossa vida.

Ela assentiu, e sua mão encontrou a minha.

– Foi bom conhecer você, filha. – Eu assenti.

– Foi bom conhecer você, mãe.

Minha mãe se afastou, colocando uma singela flor branca sob o túmulo de Bella, e uma vermelha sob o túmulo de Charlie. Ela me olhou de cima a baixo uma última vez, e então, partiu.

Diferentemente da outra vez, meu coração continuava inteiro, e eu sabia que aquela ferida tinha se curado.

Essa parte de minha vida não me machucaria mais.

Jasper se aproximou, me envolvendo em um abraço. O qual retribuí prontamente.

– Seus sentimentos estão tranquilos, querida. – Ele deu um selar em minha testa – Gosto disso.

– Eu estou tranquila, – Respondi – meu pai irá reencontrar Bella, e poderei vê-los, em algum momento, seja em sonhos ou com o feitiço, – Expliquei ao loiro – finalmente tive um desfecho concreto para a história com minha mãe... – Eu respirei fundo – Me sinto levemente melancólica, mas vejo uma luz no fim do túnel. – Jasper sorriu.

– E eu caminharei com você até essa luz. – Ele entrelaçou nossas mãos – Deixe-me levá-la para casa, querida.

Meus olhos se focaram no vampiro a minha frente, meu prata em seu dourado. E eu consegui sorrir levemente. Finalmente eu entendi como o destino funcionava.

Se, a quatro séculos atrás, Carlisle Cullen não tivesse salvado Velothy Good do enforcamento, ela não teria feito a maldição; sem ela, eu e Bella não teríamos nascido e, sem isso, Bella não teria o câncer, já que eu era a escolhida da magia Good; se Bella não morresse, e Renée não fosse embora, eu e Charlie jamais teríamos saído da Inglaterra e, eu não teria encontrado o amor.

Não teria conhecido Jasper Withlock.

Não teria conhecido Jasper Withlock

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Ok, eu não esperava por isso

Vocês conseguem notar o quão madura a Isla está agora? Conseguiu entender e aceitar as decisões da mãe, e percebeu que estender aquilo só causaria mais dor para ambas

Que orgulho cara, sério

Esse capítulo mostrou o quanto a Isla cresceu, e o quanto ela mudou durante tudo isso, ela ainda está triste, mas ela está conseguindo agir com mais clareza do que no começo, é tão lindo de ver isso

Jasper do lado dela o tempo todo me deixou boiola
É isso

Isla - 𝒋. 𝒉𝒂𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora