「 capítulo trinta e oito 」

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Os preparativos para o velório foram um borrão em minha mente, tinha a vaga sensação de Jasper estar ao meu lado a cada instante, mas não conseguia ter certeza

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Os preparativos para o velório foram um borrão em minha mente, tinha a vaga sensação de Jasper estar ao meu lado a cada instante, mas não conseguia ter certeza.

Durante as noites, o mesmo velava meu sono, garantindo que eu dormisse o suficiente e, pela manhã, enquanto eu tomava banho e me vestia, o Withlock saia para caçar.

E então, hoje seria o velório de Charlie.

Meus cabelos não tinham nada de especial, meu vestido era preto e simples, nos pés, tênis – lembrar que Alice surtaria caso visse aquilo me fez dar um leve sorriso. Até mesmo o amuleto parecia apagado, como se a magia lamentasse minha perda.

Jasper não soltou minha mão em qualquer momento desde que saímos de minha casa, até mesmo dentro do táxi, o loiro tentava, a todo instante, me manter calma. Mas, ele não precisava se preocupar, eu me sentia entorpecida.

Não haviam mais lágrimas, nem soluços ou lamentações – havia nada.

O Withlock segurava em meus ombros, me sustentando, enquanto caminhávamos em direção a cerimônia. Haviam muitos amigos do meu pai lá, todos ficaram sabendo o motivo de meu retorno.

Registrei rapidamente o rosto de algumas pessoas em minha memória, nas poucas vezes em que prestei atenção no que me diziam.

– Sinto muito, nem sei o que dizer.

– Se precisar de qualquer coisa, pode me ligar.

– Seu pai era um homem incrível.

Eu sabia daquilo. Sabia que tinha o melhor pai que alguém poderia querer. Ou tive.

A cerimônia foi realizada ao ar livre; papai passara tanto tempo trancado em escritórios, que parecia justo lhe dar o sol ao menos uma vez. Ainda que o dia estivesse nublado.

Quando me posicionei na frente, para ouvir os discursos – as despedidas –, senti a mão firme de Jasper em minha cintura, e um beijo gentil em meus cabelos. Ele estava ali comigo.

Mas meu pai não estava mais.

Ouvi por vários minutos sobre como meu pai era um homem inteligente, um bom amigo, e um bom pai – coisas que eu já sabia. Eu sabia que meu pai era um empresário incrível; eu sabia que os amigos dele o amavam; eu sabia que Charlie era um pai perfeito. Ouvir pessoas falando sobre isso não diminuía minha dor.

Ao fim da tarde, as pessoas começaram a ir embora, e o caixão fora lacrado.

Quando terminaram de enterrar Charlie, eu me ajoelhei ao seu lado, falando pela primeira vez desde que o dia tinha se iniciado.

– Preciso ficar sozinha. – Sussurrei para Jasper, que logo se afastou.

Olhei para a lápide ao lado, de Bella.

R.I.P
Isabella Marie Good Swan
Amada filha e irmã mais velha
Nossa Bells

Passei os dedos pelas palavras gravadas no mármore, e olhei para a lápide de Charlie.

R.I.P
Charlie Swan
Amado pai e amigo
Sei que você sempre estará comigo

Suspirei, finalmente deixando uma lágrima solitária cair.

– Por que você tinha que ir agora, pai? – Perguntei – Tanta coisa anda acontecendo, eu queria que nós pudéssemos ficar juntos no sofá, vendo filmes de terror como da última vez. – Dei um leve tapinha na terra ao meu lado – Você ficou assustado com aquele palhaço, não minta para mim.

Fiquei um tempo alternando meu olhar de uma lápide para a outra. Minha família estava ali.

– Você agora está com Bells, e eu espero que ela seja uma boa guia do outro lado, – Olhei para a lápide de minha irmã – ambos sabemos que ela nunca foi muito boa em seu senso de direção. Eu queria te contar tudo o que aconteceu até agora...

Olhei em volta. Jasper estava a vários metros, de costas, apoiado em uma árvore. Não havia mais ninguém no cemitério.

– Eu conheci Jasper em meu primeiro dia, mas demorou um pouco até que começássemos a conversar, pouco depois do meu acidente, você lembra, não é? – Questionei inutilmente – Algo estranho ocorreu naquele dia, eu parei a van antes que ela me atingisse. – Dei de ombros – Foi como uma bola de neve, até que as coisas começaram a se encaixar; papai, eu sou descendente de uma bruxa que foi enforcada pela inquisição. – Cruzei as pernas, me aproximando mais da lápide – E, analisando as datas, faz sentido, ela foi enforcada dia 19 de Julho, no meu aniversário, dá pra acreditar?

Tentei sorrir, falhando miseravelmente. As lágrimas começaram a cair de maneira descontrolada, enquanto eu me curvava, soluçando dolorosamente. A dor da perda era insuportável.

Eu queria tanto morrer.

– Por que você tinha que me deixar, papai? – Falei, baixo – Por que as coisas sempre dão errado para mim? Por que vocês dois tinham que me deixar? – Olhei para a lápide de Bells, ainda chorando – Por que você me fez prometer aquilo? Eu poderia estar com vocês agora!

Senti braços frios em meu corpo, me abraçando. Apoiei meu rosto no ombro de Jasper, chorando copiosamente, enquanto o loiro apenas acariciava meus cabelos.

– Chore, querida, – Disse ele – eu estou aqui.

O Withlock aguardou que eu me acalmasse, sem me soltar em momento nenhum. Era noite quando a água em meu corpo se esgotou, e eu me sentia vazia por dentro novamente.

Jasper segurou minhas mãos, enquanto me erguia. Ele tirou a terra de minhas roupas enquanto eu encarava a lápide de Charlie.

– Eu virei te visitar, pai, – Eu falei – eu prometo que sempre virei.

– Você sempre foi mais apegada a ele. – Disse alguém atrás de nós.

Me virei rapidamente, em choque. A quanto tempo eu não ouvia aquela voz? Todavia, eu a reconheceria em qualquer ocasião.

– Mãe?

Socorro

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Socorro

Ela faz a desidratação delah

Gente do céu, eu mal acredito que estamos chegando na reta final, estamos nos últimos capítulos dessa história incrível
Não tô pronta, e vocês?

E agora? Renée do nada?
O que vocês acham que vai acontecer? Façam suas apostas!

Isla - 𝒋. 𝒉𝒂𝒍𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora